Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Armstrong, Anderson da Costa |
Orientador(a): |
Lima, João Augusto Costa |
Banca de defesa: |
Braga, Adriana Lopes Latado,
Ladeia, Ana Marice Teixeira,
Guimarães, Armênio Costa,
Rochitte, Carlos Eduardo,
Lima, João Augusto Costa |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Escola de Medicina e Saúde Pública
|
Programa de Pós-Graduação: |
Pós-Graduação de Mestrado e Doutorado em Medicina e Saúde Humana
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www7.bahiana.edu.br//jspui/handle/bahiana/38
|
Resumo: |
As doenças cardiovasculares são importantes causas de morbidade e mortalidade. Estratégias de prevenção cardiovascular primária utilizando dados de ecocardiografia são potencialmente úteis à prática clínica, porém carecem de avaliação metodológica rigorosa. OBJETIVO O objetivo primário é testar a hipótese de que hipertrofia ventricular esquerda e remodelamento atrial esquerdo, mensurados em adultos jovens, são preditores de risco cardiovascular e oferecem valor incremental sobre os métodos tradicionais. Nos objetivos secundários, investigamos a relação das medidas de remodelamento com disfunção ventricular sistólica e diastólica, os determinantes longitudinais de remodelamento atrial e o perfil de reprodutibilidade das medidas ecocardiográficas de massa ventricular esquerda e dimensão atrial esquerda. MÉTODOS Esta tese foi realizada como fruto da parceria científica entre a Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e o Hospital Johns Hopkins. Os dados foram obtidos a partir de grandes estudos de coorte prospectivos e de revisão sistemática da literatura. O remodelamento cardíaco foi avaliado a partir de medidas de massa ventricular esquerda, classificação de hipertrofia ventricular, medida linear anteroposterior do átrio esquerdo e da área atrial esquerda. Em relação ao objetivo primário, o valor incremental foi avaliado por predição independente, poder discriminatório, calibração e reclassificação de risco pelo net reclassification improvement. Em relação aos objetivos secundários, foi investigada a associação longitudinal de remodelamento cardíaco e risco cardiovascular com função ventricular através da fração de ejeção do ventrículo esquerdo e de um novo índice de relaxamento cardíaco. Determinantes do remodelamento atrial esquerdo ao longo de 20 anos foram avaliados em modelos multivariados. Parâmetros de precisão e acurácia das medidas ecocardiográficas foram testados. RESULTADOS Oito artigos científicos compõem a tese. Como resultado do objetivo primário, hipertrofia ventricular demonstrou valor incremental para risco cardiovascular por todos os métodos estatísticos avaliados, mas dimensão atrial falhou em reclassificar o risco da população estudada. Em relação aos objetivos secundários, hipertrofia ventricular relaciona-se com função sistólica após 20 anos e disfunção diastólica é preditora de eventos cardiovasculares. Pressão arterial e obesidade são os principais determinantes do remodelamento atrial em 20 anos. As medidas ecocardiográficas de dimensões cardíacas mostram robusto perfil de reprodutibilidade. CONCLUSÃO A utilização racional da medida de hipertrofia ventricular pode auxiliar na avaliação do risco cardiovascular primário de populações jovens, mas o valor da dimensão atrial na reclassificação de risco é incerto. Medidas ecocardiográficas de hipertrofia ventricular e remodelamento atrial esquerdos podem estar alterados em fases subclínicas das doenças cardiovasculares. |