Avaliação comportamental e eletrofisiológica do sistema visual em camundongos com anemia a partir de um modelo de colite aguda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: GOMES, Luana Aparecida Silva lattes
Orientador(a): ROCHA, Fernando Allan de Farias lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Comportamento
Departamento: Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/13856
Resumo: As doenças inflamatórias do intestino (DII) correspondem às principais causas da anemia e deficiência de ferro e tendem afetar tecidos metabolicamente ativos e distantes das áreas de inflamação, como a retina. A partir deste contexto, é interessante investigar o comportamento responsivo do sistema visual através de testes psicofísicos e eletrofisiológico em animais com DII. O presente trabalho objetivou avaliar as alterações no comportamento e na fisiologia do sistema visual em camundongos com anemia induzida, a partir de um modelo de colite aguda. Para tanto, utilizou-se 18 camundongos, divididos em três grupos: controle; anemia (induzida por Dextran Sulfato de Sódio – DSS); e anemia mãe (animais filhos de mães com colite induzida. A indução com DSS foi realizada durante 6 dias antecessores ao teste, que ocorreram no período entre 60 e 90 dias de vida dos animais. Após a indução, as respostas eletrofisiológicas foram coletadas utilizando-se o eletrorretinograma de campo total como medida eletrofisiológica e foram medidas as respostas escotópicas (bastonetes, mista 1 e mista 2) e fotópticas (de cones 1Hz, cone S e Flicker em 12, 18, 24 e 30 Hz). Além disso, foram realizados testes comportamentais, com treino ao bebedouro e avaliação da percepção de contraste, por meio de estimulo de grades senoidais, disposto em diferentes frequências. A análise estatística foi feita com o teste ANOVA uma via, com pós- teste Tukey, considerando p<0,05, como significante. Foram encontrados redução das amplitudes das respostas em microvolts (μV) aos 60 dias nas seguintes respostas: onda-b de mista 1 (anemia: 28,12 e ± 7,96; anemia-mãe: 42,180 e ±8,525), onda-a de cone 1 Hz (anemia 39,85 e ± 12,74); cones S (anemia 36,64 e ± 9,09 μV); Flicker de 18 Hz (anemia: 25,12 ± 5,62; anemia mãe: 38,37 ± 7,1); 24 Hz (anemia: 22,46 ± 8,38; anemia mãe: 29,41 ± 9,676) e 30 Hz (anemia:14,4 ±3,25; anemia mãe: 27,13 ± 5,51). Aos 90 dias, redução na onda b de bastonetes (anemia: 57,06 ±6,7) , mista 1(anemia: 45,69 ± 7,86 e anemia mãe: 56,03 ± 17,130), onda a de respostas fotópica de cone 1 Hz (anemia 25,99 ± 5,11) e cones S (anemia 31,04 ± 4,83), Flicker 18 Hz (anemia 29,1±9,01) e Flicker 30 Hz (anemia: 41,8 ± 5,09; anemia mãe: 32,72 ± 11,4). Houve elevação no tempo implícito em milisegundos (ms) em bastonetes (anemia 24,68 ± 3,48 ms) e resposta Flicker de 12 Hz (anemia: 21,69 ± 4,65; anemia mãe 22,14 ± 4,42) aos 60 dias. Cone S (anemia 13,35 ± 1,18) e Flicker de 24 Hz (anemia mãe 28,4 ± 3,87) aos 90 dias. Os testes comportamentais evidenciaram diminuição das respostas dos grupos anemia e atraso na aprendizagem de resposta de pressão a barra, em comparação ao controle. Portanto, a anemia prejudica a função visual tanto escotópica quanto fotópica, acometendo as células da retina de roedores com anemia e com anemia de origem materna, bem como acarreta na dificuldade de execução de tarefa de aprendizagem comportamental no treino realizado na caixa de condicionamento operante.