Alienação das sociedades mercantis e as panacéias contemporâneas : o coaching e sua função social alienante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Alves, Laís Trajano
Orientador(a): Mueller, Rafael Rodrigo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unesc.net/handle/1/7475
Resumo: Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Desenvolvimento Socioeconômico.
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Para tal adequação às necessidades do capital se faz necessário certo ‘treinamento’, ‘aperfeiçoamento’, desenvolvimento de determinadas competências do indivíduo que trabalha, e o coaching, ao menos de imediato, parece ser um método adequado para cumprir essa função. Diante da atual demanda pelo coaching, que vem ganhando espaço nas diferentes esferas da existência, tanto na esfera pessoal quanto na profissional, parece-nos importante olhar para essa realidade contemporânea por uma perspectiva crítica, a fim de buscar identificar eventuais contradições e interesses para sua aplicação, bem como consequências individuais e sociais. Nesse contexto, buscamos compreender qual a função social desempenhada pelo coaching na sociedade das mercadorias, tanto no aspecto econômico quanto na sua influência na produção das subjetividades. Mediante uma pesquisa bibliográfica de natureza básica, e utilizando-se do materialismo histórico dialético e da teoria marxiana, buscamos desenvolver uma reflexão crítica a cerca do objeto de estudo. Nesse sentido nos foi possível apreender as origens do coaching e sua aplicação e função social na sociedade da mercadoria como uma função social profundamente alienante, uma vez que, nas atuais condições da relação entre capital e trabalho, a função social assumida pelo coaching se dá no sentido de ser um meio pelo qual a força de trabalho se adequa às necessidades da sociedade da mercadoria, torna-se uma mercadoria mais atrativa, mais adequada às demandas do capital. O coaching assume um papel social alienante e reificante, uma vez que, por meio dele, intensifica-se o processo realizado pelo capital de transformação dos valores humanos em valores burgueses, reforçando a percepção do indivíduo que trabalha de que sua ‘realização pessoal’ e a obtenção de uma ‘vida plena de sentido’ estão diretamente relacionadas à capacidade ou incapacidade do indivíduo de se doar mais e mais ao seu trabalho alienado. No decorrer desse trabalho é possível apreender como se dá o fenômeno da alienação em uma perspectiva materialista histórica dialética e como esse fenômeno aparece na sociedade contemporânea, sendo o coaching apenas uma das formas dos complexos alienantes da sociedade da mercadoria, talvez a que está mais em voga no momento.CoachingTrabalhoTrabalho alienadoAlienaçãoFetiche da mercadoriaSociedades comerciaisAlienação das sociedades mercantis e as panacéias contemporâneas : o coaching e sua função social alienanteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UNESCinstname:UNESCinstacron:UNESCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALLaís Trajano Alves.pdfLaís Trajano Alves.pdfapplication/pdf1013129http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/7475/1/La%c3%ads%20Trajano%20Alves.pdf88adf3ebe19d1e81f07eeeb2a95da1c2MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/7475/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD521/7475oai:repositorio.unesc.net:1/74752020-02-26 15:52:15.163UNESCdspace@unesc.netTk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=
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