Em(poder)amento das mulheres líderes no contexto do estado do Rio Grande do Sul: história de vida e ações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Hübner, Dedilhana Lamare Manjabosco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/5775
Resumo: Esta dissertação teve como objetivo compreender o poder manifesto nas histórias de vida das mulheres líderes, investigando sua percepção no contexto do estado do Rio Grande do Sul. Para atingir o objetivo proposto, buscou-se: (i) conhecer a trajetória pessoal e profissional de mulheres líderes; (ii) identificar e descrever as ações realizadas pelas mulheres líderes; (iii) investigar a percepção da mulher líder sobre seu poder de ação. Neste estudo, tem-se o empoderamento da mulher líder como um processo de busca por poder ou por maior poder por meio da realização de ações que contemplem seus objetivos pessoais e profissionais com liberdade para realizar escolhas e tomar decisões a despeito das relações de poder e valores culturais de subordinação presentes nas estruturas sociais que condicionam as interações sociais. Trata-se de uma pesquisa social aplicada desenvolvida no nível descritivo por meio da estratégia de pesquisa história de vida e com abordagem qualitativa dos dados. O método adotado para a análise e discussão dos resultados foi a análise de conteúdo, adotando-se as técnicas análise categorial e análise das relações. Participaram da pesquisa nove mulheres que receberam reconhecimento pelo Prêmio Sebrae Mulher de Negócios e Troféu Mulher Cidadã concedido pela Assembleia Legislativa do estado do Rio Grande do Sul. Os resultados indicam mulheres com trajetórias pessoais e profissionais de líderes empoderadas, cujas ações desenvolvem-se em diversas áreas de forma a ampliar seus conhecimentos, o que fazem com empenho para dominar novas tecnologias e aplicá-las em seus negócios e/ou atividades produtivas. Ao adotarem tal comportamento na realização de suas ações, transformam o meio em que vivem e, ao mesmo tempo, passam a se reconhecerem líderes. Em suas histórias de vida, há evidências de que cada mulher tornou-se líder realizando ações que não permitiriam representar um processo único de empoderamento, mas algumas dimensões do referido processo são homogêneas e aproximam suas histórias de vida. A premiação recebida confere a cada mulher líder o reconhecimento do valor de suas ações e da sua própria história de vida. Conclui-se que as mulheres líderes apresentam diversos tipos de poder, mas há prevalência do poder de dentro, o empoderamento subjetivo que se refere à autoestima e à autoconfiança elevadas; do poder para, empoderamento cognitivo analítico dado ao fato de a mulher ter a capacidade para buscar informações e conhecimento; e do poder com, relacionado ao empoderamento político, decorrente do fato de que a mulher participa de ações coletivas e tem voz ativa nas decisões do âmbito público. Além de demonstrar que esses poderes a fazem agir com autonomia, conseguindo realizar transformações no meio ao qual pertence, atuam como agentes do desenvolvimento a cada nova ação idealizada e realizada.