Caracterização fenotípica, epidemiologia molecular e suscetibilidade aos antifúngicos dos agentes da criptococose em gatos domésticos (Felis catus) no Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Reis, Rosani Santos
Orientador(a): Trilles, Luciana, Gremião, Isabella Dib Ferreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://arca.fiocruz.br/handle/icict/64930
Resumo: A criptococose é uma micose sistêmica de distribuição mundial, causada por espécies dos complexos Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii, presentes no ambiente. Pouca atenção tem sido dada à criptococose em animais, destacando-se o gato, que apresenta notável suscetibilidade a estes agentes e pode ser sentinela para o risco da infecção humana. O perfil epidemiológico da criptococose felina é desconhecido no Brasil. O presente estudo teve como objetivo realizar a caracterização fenotípica e genotípica de Cryptococcus spp. e seu perfil de suscetibilidade antifúngica a partir de casos de criptococose felina e de fontes ambientais, além de correlacionar com os aspectos clínicos e epidemiológicos desta micose no gato doméstico. Foi realizado um estudo com 28 isolados de Cryptococcus spp. obtidos de 19 gatos no período de 2000 a 2020, e 8 isolados ambientais relacionados a dois casos de criptococose felina no Rio de Janeiro. Após identificação fenotípica dos isolados de Cryptococcus spp., estes foram caracterizados molecularmente, identificados os tipos sexuados, e avaliados fatores de virulência como produção de cápsula, melanina e termotolerância in vitro. A ploidia foi determinada por citometria de fluxo. As cepas clínicas e ambientais foram submetidas a teste de sensibilidade in vitro aos antifúngicos anfotericina B, itraconazol, fluconazol, voriconazol e flucitosina, pelo método de microdiluição em caldo (M27-A3, CLSI) Foram identificados 29 C. neoformans e sete C. gattii, entre isolados clínicos e ambientais. Todos os iaolados foram do tipo sexuado MAT α. Na análise molecular, foi encontrado 63,9 % (n = 23) do tipo molecular VNII, 16,7 % (n = 6) de VNI e 19,4 % (n = 7) de VGII. No total, 17 subtipos moleculares foram identificados. Foram identificadas 6 cepas diploides, todas VNII. O tipo molecular VGII apresentou maior termotolerância e produção de melanina, sugerindo maior virulência. VNII foi mais sensível ao estresse térmico (40°C). A maioria das cepas (94,4%) foi wild type nos testes de suscetibilidade antifúngica. Apenas duas cepas foram non-wild type, uma frente fluconazol e outra fluconazol, voriconazol e itraconazol. As cepas isoladas de gatos com a forma fixa da criptococose e daqueles cujo desfecho foi alta clínica, apresentaram volume de cápsula menores, que das cepas da forma disseminada da doença e de desfecho "óbito". O elevado percentual do tipo raro VNII na população estudada pode estar associado à grande incidência de lesões cutâneas, já que o VNII apresentou maior sensibilidade a temperaturas elevadas. O gato doméstico pode ser sentinela para a criptococose devido a sua suscetibilidade aos agentes da micose, pois foram isolados dos gatos genótipos descritos em humanos, bem como genótipos novos. O presente estudo, com foco na criptococose felina, traz uma preciosa contribuição para epidemiologia molecular e questionamentos quanto ao nicho ecológico do VNII e, como e o quanto estaríamos expostos a esse tipo molecular
id CRUZ_6b93104268efa573dcde35f62e103719
oai_identifier_str oai:arca.fiocruz.br:icict/64930
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str
spelling Reis, Rosani SantosTrilles, LucianaGremião, Isabella Dib Ferreira2024-07-11T14:31:19Z2024-07-11T14:31:19Z2022REIS, Rosani Santos. Caracterização fenotípica, epidemiologia molecular e suscetibilidade aos antifúngicos dos agentes da criptococose em gatos domésticos (Felis catus) no Rio de Janeiro. 2022. 127 f. Tese (Doutorado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas) - Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, 2022.https://arca.fiocruz.br/handle/icict/64930A criptococose é uma micose sistêmica de distribuição mundial, causada por espécies dos complexos Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii, presentes no ambiente. Pouca atenção tem sido dada à criptococose em animais, destacando-se o gato, que apresenta notável suscetibilidade a estes agentes e pode ser sentinela para o risco da infecção humana. O perfil epidemiológico da criptococose felina é desconhecido no Brasil. O presente estudo teve como objetivo realizar a caracterização fenotípica e genotípica de Cryptococcus spp. e seu perfil de suscetibilidade antifúngica a partir de casos de criptococose felina e de fontes ambientais, além de correlacionar com os aspectos clínicos e epidemiológicos desta micose no gato doméstico. Foi realizado um estudo com 28 isolados de Cryptococcus spp. obtidos de 19 gatos no período de 2000 a 2020, e 8 isolados ambientais relacionados a dois casos de criptococose felina no Rio de Janeiro. Após identificação fenotípica dos isolados de Cryptococcus spp., estes foram caracterizados molecularmente, identificados os tipos sexuados, e avaliados fatores de virulência como produção de cápsula, melanina e termotolerância in vitro. A ploidia foi determinada por citometria de fluxo. As cepas clínicas e ambientais foram submetidas a teste de sensibilidade in vitro aos antifúngicos anfotericina B, itraconazol, fluconazol, voriconazol e flucitosina, pelo método de microdiluição em caldo (M27-A3, CLSI) Foram identificados 29 C. neoformans e sete C. gattii, entre isolados clínicos e ambientais. Todos os iaolados foram do tipo sexuado MAT α. Na análise molecular, foi encontrado 63,9 % (n = 23) do tipo molecular VNII, 16,7 % (n = 6) de VNI e 19,4 % (n = 7) de VGII. No total, 17 subtipos moleculares foram identificados. Foram identificadas 6 cepas diploides, todas VNII. O tipo molecular VGII apresentou maior termotolerância e produção de melanina, sugerindo maior virulência. VNII foi mais sensível ao estresse térmico (40°C). A maioria das cepas (94,4%) foi wild type nos testes de suscetibilidade antifúngica. Apenas duas cepas foram non-wild type, uma frente fluconazol e outra fluconazol, voriconazol e itraconazol. As cepas isoladas de gatos com a forma fixa da criptococose e daqueles cujo desfecho foi alta clínica, apresentaram volume de cápsula menores, que das cepas da forma disseminada da doença e de desfecho "óbito". O elevado percentual do tipo raro VNII na população estudada pode estar associado à grande incidência de lesões cutâneas, já que o VNII apresentou maior sensibilidade a temperaturas elevadas. O gato doméstico pode ser sentinela para a criptococose devido a sua suscetibilidade aos agentes da micose, pois foram isolados dos gatos genótipos descritos em humanos, bem como genótipos novos. O presente estudo, com foco na criptococose felina, traz uma preciosa contribuição para epidemiologia molecular e questionamentos quanto ao nicho ecológico do VNII e, como e o quanto estaríamos expostos a esse tipo molecularCryptococcosis is a systemic mycosis distributed worldwide, caused by Cryptococcus neoformans and C. gattii species complexes present in the environment. Little attention has been paid to cryptococcosis in animals, especially cat, which has a remarkable susceptibility to these agents and can be a sentinel for the risk of human infection. The epidemiological profile of feline cryptococcosis is unknown in Brazil. The present study aimed to perform the phenotypic and genotypic characterization of Cryptococcus spp. and its antifungal susceptibility profile from feline cases of cryptococcosis and from environmental sources related to those cases, in addition to the correlation with clinical and epidemiological aspects of this mycosis in domestic cats. The study was carried out with 28 isolates of Cryptococcus spp. obtained from 19 cats from 2000 to 2020, and 8 environmental isolates related to two cats with cryptococcosis. After phenotypic identification, the isolates were molecularly characterized. Mating types, molecular types and subtypes were identified, and virulence factors such as capsule production, melanin and in vitro thermotolerance were evaluated. Ploidy was determined by flow cytometry. The clinical and environmental strains were submitted to antifungal susceptibility tests in vitro against amphotericin B, itraconazole, fluconazole, voriconazole and flucytosine, using the broth microdilution method (M27-A3, CLSI) The study identified 29 C. neoformans and seven C. gattii among clinical and environmental isolates. All isolates were mating type MAT α. The molecular analysis identified 63.9 % (n = 23) of VNII molecular type, 16.7 % (n = 6) of VNI and 19.4 % (n = 7) of VGII. In total, 17 molecular subtypes (STs) were identified. Six diploids strains were found, all VNII. The molecular type VGII showed greater thermotolerance and melanin production, suggesting higher virulence. VNII was more sensitive to heat stress (40 °C). Most strains (94.4 %) were wild type on the susceptibility tests. Only two strains were non-wild type, one against fluconazole and another against fluconazole, voriconazole and itraconazole. Strains isolated from cats with the fixed form of cryptococcosis and from those whose outcome was clinical discharge had smaller capsule volumes than strains with the disseminated form of the disease and with "death" outcome. The molecular type VGII (C. gattii) was more thermotolerant and melanin producer. The high percentage of the rare type VNII in the population studied may be associated with a high incidence of skin lesions, since VNII was more sensitive to high temperatures. The domestic cat can be a sentinel for cryptococcosis due to its susceptibility to the cryptococcosis agents, as the same genotypes were described in humans. The present study, focusing on feline cryptococcosis, makes a valuable contribution to the molecular epidemiology of the disease and raise questions about the ecological niche of VNII and the extent of the human exposition to this molecular typeFundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porCriptococoseEpidemiologiaMLSTGatosFatores de VirulênciaCryptococcosisEpidemiologyMLSTCatsVirulence FactorsCriptococoseEpidemiologiaGatosFatores de VirulênciaTipagem de Sequências MultilocusCaracterização fenotípica, epidemiologia molecular e suscetibilidade aos antifúngicos dos agentes da criptococose em gatos domésticos (Felis catus) no Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2022Instituto Nacional de Infectologia Evandro ChagasFundação Oswaldo CruzRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://arca.fiocruz.br/bitstreams/0c8eca41-57ea-4709-b496-cb319cfd262e/download8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51falseAnonymousREADORIGINALrosani_reis_ini_dout_2022.pdfrosani_reis_ini_dout_2022.pdfapplication/pdf9809639https://arca.fiocruz.br/bitstreams/048d0c1d-6cb7-4160-bb39-dcea75b54192/download5b14ee39cc5b90516513f07af01f1357MD52trueAnonymousREADTEXTrosani_reis_ini_dout_2022.pdf.txtrosani_reis_ini_dout_2022.pdf.txtExtracted texttext/plain102645https://arca.fiocruz.br/bitstreams/fe2fff25-d73d-4377-a4a9-59b3542db2aa/downloadf3404f9ed1dac1cdd6d382767aa90645MD57falseAnonymousREADTHUMBNAILrosani_reis_ini_dout_2022.pdf.jpgrosani_reis_ini_dout_2022.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg3141https://arca.fiocruz.br/bitstreams/5e5d9652-3f57-4a16-834e-e7e406876935/download7f70ce107d24963a40535552cb6e8710MD58falseAnonymousREADicict/649302025-07-29 20:02:05.203open.accessoai:arca.fiocruz.br:icict/64930https://arca.fiocruz.brRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352025-07-29T23:02:05Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)falseTk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=
dc.title.none.fl_str_mv Caracterização fenotípica, epidemiologia molecular e suscetibilidade aos antifúngicos dos agentes da criptococose em gatos domésticos (Felis catus) no Rio de Janeiro
title Caracterização fenotípica, epidemiologia molecular e suscetibilidade aos antifúngicos dos agentes da criptococose em gatos domésticos (Felis catus) no Rio de Janeiro
spellingShingle Caracterização fenotípica, epidemiologia molecular e suscetibilidade aos antifúngicos dos agentes da criptococose em gatos domésticos (Felis catus) no Rio de Janeiro
Reis, Rosani Santos
Criptococose
Epidemiologia
MLST
Gatos
Fatores de Virulência
Cryptococcosis
Epidemiology
MLST
Cats
Virulence Factors
Criptococose
Epidemiologia
Gatos
Fatores de Virulência
Tipagem de Sequências Multilocus
title_short Caracterização fenotípica, epidemiologia molecular e suscetibilidade aos antifúngicos dos agentes da criptococose em gatos domésticos (Felis catus) no Rio de Janeiro
title_full Caracterização fenotípica, epidemiologia molecular e suscetibilidade aos antifúngicos dos agentes da criptococose em gatos domésticos (Felis catus) no Rio de Janeiro
title_fullStr Caracterização fenotípica, epidemiologia molecular e suscetibilidade aos antifúngicos dos agentes da criptococose em gatos domésticos (Felis catus) no Rio de Janeiro
title_full_unstemmed Caracterização fenotípica, epidemiologia molecular e suscetibilidade aos antifúngicos dos agentes da criptococose em gatos domésticos (Felis catus) no Rio de Janeiro
title_sort Caracterização fenotípica, epidemiologia molecular e suscetibilidade aos antifúngicos dos agentes da criptococose em gatos domésticos (Felis catus) no Rio de Janeiro
author Reis, Rosani Santos
author_facet Reis, Rosani Santos
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Reis, Rosani Santos
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Trilles, Luciana
Gremião, Isabella Dib Ferreira
contributor_str_mv Trilles, Luciana
Gremião, Isabella Dib Ferreira
dc.subject.other.none.fl_str_mv Criptococose
Epidemiologia
MLST
Gatos
Fatores de Virulência
topic Criptococose
Epidemiologia
MLST
Gatos
Fatores de Virulência
Cryptococcosis
Epidemiology
MLST
Cats
Virulence Factors
Criptococose
Epidemiologia
Gatos
Fatores de Virulência
Tipagem de Sequências Multilocus
dc.subject.en.none.fl_str_mv Cryptococcosis
Epidemiology
MLST
Cats
Virulence Factors
dc.subject.decs.none.fl_str_mv Criptococose
Epidemiologia
Gatos
Fatores de Virulência
Tipagem de Sequências Multilocus
description A criptococose é uma micose sistêmica de distribuição mundial, causada por espécies dos complexos Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii, presentes no ambiente. Pouca atenção tem sido dada à criptococose em animais, destacando-se o gato, que apresenta notável suscetibilidade a estes agentes e pode ser sentinela para o risco da infecção humana. O perfil epidemiológico da criptococose felina é desconhecido no Brasil. O presente estudo teve como objetivo realizar a caracterização fenotípica e genotípica de Cryptococcus spp. e seu perfil de suscetibilidade antifúngica a partir de casos de criptococose felina e de fontes ambientais, além de correlacionar com os aspectos clínicos e epidemiológicos desta micose no gato doméstico. Foi realizado um estudo com 28 isolados de Cryptococcus spp. obtidos de 19 gatos no período de 2000 a 2020, e 8 isolados ambientais relacionados a dois casos de criptococose felina no Rio de Janeiro. Após identificação fenotípica dos isolados de Cryptococcus spp., estes foram caracterizados molecularmente, identificados os tipos sexuados, e avaliados fatores de virulência como produção de cápsula, melanina e termotolerância in vitro. A ploidia foi determinada por citometria de fluxo. As cepas clínicas e ambientais foram submetidas a teste de sensibilidade in vitro aos antifúngicos anfotericina B, itraconazol, fluconazol, voriconazol e flucitosina, pelo método de microdiluição em caldo (M27-A3, CLSI) Foram identificados 29 C. neoformans e sete C. gattii, entre isolados clínicos e ambientais. Todos os iaolados foram do tipo sexuado MAT α. Na análise molecular, foi encontrado 63,9 % (n = 23) do tipo molecular VNII, 16,7 % (n = 6) de VNI e 19,4 % (n = 7) de VGII. No total, 17 subtipos moleculares foram identificados. Foram identificadas 6 cepas diploides, todas VNII. O tipo molecular VGII apresentou maior termotolerância e produção de melanina, sugerindo maior virulência. VNII foi mais sensível ao estresse térmico (40°C). A maioria das cepas (94,4%) foi wild type nos testes de suscetibilidade antifúngica. Apenas duas cepas foram non-wild type, uma frente fluconazol e outra fluconazol, voriconazol e itraconazol. As cepas isoladas de gatos com a forma fixa da criptococose e daqueles cujo desfecho foi alta clínica, apresentaram volume de cápsula menores, que das cepas da forma disseminada da doença e de desfecho "óbito". O elevado percentual do tipo raro VNII na população estudada pode estar associado à grande incidência de lesões cutâneas, já que o VNII apresentou maior sensibilidade a temperaturas elevadas. O gato doméstico pode ser sentinela para a criptococose devido a sua suscetibilidade aos agentes da micose, pois foram isolados dos gatos genótipos descritos em humanos, bem como genótipos novos. O presente estudo, com foco na criptococose felina, traz uma preciosa contribuição para epidemiologia molecular e questionamentos quanto ao nicho ecológico do VNII e, como e o quanto estaríamos expostos a esse tipo molecular
publishDate 2022
dc.date.issued.fl_str_mv 2022
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2024-07-11T14:31:19Z
dc.date.available.fl_str_mv 2024-07-11T14:31:19Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv REIS, Rosani Santos. Caracterização fenotípica, epidemiologia molecular e suscetibilidade aos antifúngicos dos agentes da criptococose em gatos domésticos (Felis catus) no Rio de Janeiro. 2022. 127 f. Tese (Doutorado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas) - Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, 2022.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://arca.fiocruz.br/handle/icict/64930
identifier_str_mv REIS, Rosani Santos. Caracterização fenotípica, epidemiologia molecular e suscetibilidade aos antifúngicos dos agentes da criptococose em gatos domésticos (Felis catus) no Rio de Janeiro. 2022. 127 f. Tese (Doutorado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas) - Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, 2022.
url https://arca.fiocruz.br/handle/icict/64930
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://arca.fiocruz.br/bitstreams/0c8eca41-57ea-4709-b496-cb319cfd262e/download
https://arca.fiocruz.br/bitstreams/048d0c1d-6cb7-4160-bb39-dcea75b54192/download
https://arca.fiocruz.br/bitstreams/fe2fff25-d73d-4377-a4a9-59b3542db2aa/download
https://arca.fiocruz.br/bitstreams/5e5d9652-3f57-4a16-834e-e7e406876935/download
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
5b14ee39cc5b90516513f07af01f1357
f3404f9ed1dac1cdd6d382767aa90645
7f70ce107d24963a40535552cb6e8710
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1839716626997444608