O estudo do encéfalo na síndrome da imunodeficiência adquirida na Bahia, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Santos, Renée Amorim dos
Orientador(a): Queiroz, Aristides Cheto de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34481
Resumo: O envolvimento do sistema nervoso central (SNC) como causa de morbidade e mortalidade nos casos da Síndrome da Imunodeticiência Adquirida (AIDS) é evidenciado pela alta sequência das manifestações neurológicas e neuropatológicas. O comprometimento do SNC pode decorrer da ação direta do vírus, tendo como principal repercussão primária a encefalopatia pelo HIV ou de forma indireta pelo desenvolvimento de afecções oportunistas resultantes da imunossupressão. A variedade dos quadros neurológicos depende de vários fatores como: o estágio da doença, a forma de contaminação pelo vírus, a terapêutica utilizada e as diferenças regionais que favorecem a presença de associação com enfermidades de importância local. No Brasil, os estudos com séries mais representativas sobre as lesões do SNC nos pacientes com AIDS estão restritos ao Sudeste e Sul do país cuja realidade regional é distinta do Nordeste. Avaliar as alterações do encéfalo nos casos de AIDS em Salvador, Bahia. Determinar a prevalência de anormalidades pelo exame anatomopatológico e imuno-histoquímico. Estabelecer a sequência das infecções oportunistas e da encefalopatia pelo HIV e suas associações, estudando as características morfológicas. Detectar a presença do HIV no tecido cerebral. Comparar os dados obtidos com aqueles de outras regiões do Brasil e do mundo. O estudo consta de 62 casos consecutivos de AIDS necropsiados no Serviço de Anatomia Patológica do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (UFBA) no período de 1991 a 1999. Os encéfalos foram avaliados através do estudo macroscópico, histológico e imuno-histoquímico. A presença de HIV foi detectada utilizando-se imuno-histoquímica com o anticorpo monoclonal p24. O estudo mostrou elevada prevalência de lesões encefálicas ocorrendo em 93,5% dos casos, sendo que destes 61 % apresentaram alterações macroscópicas e 64,5% sintomas neurológicos. As infecções oportunistas foram responsáveis pelo maior número de lesões ocorrendo em 53% dos casos, assim distribuídas: toxoplasmose 29%, tuberculose 10%, criptococose 6,5%, histoplasmose 4,8%, citomegalovirose 4,8% e Leucoencefalopatia multifocal progressiva 3,2%. A lesão por ação direta do HIV foi observada em 9,5% dos casos e todos apresentaram intensa positividade para p24 em macrófagos e/ou células gigantes multinucleadas. Em 29% dos encéfalos sem alterações histológicas características da ação direta do HIV foi observada positividade para proteína p24 em macrófagos. Os resultados obtidos demonstram a importância do estudo microscópico do SNC no diagnóstico da encefalopatia por HIV e de infecções oportunistas na AIDS. Mostram ainda, que existem diferenças na sequência das alterações diretamente relacionadas com o vírus e infecções oportunistas, quando se compara com estados do Sul e Sudeste do Brasil e outras regiões do mundo. Destaca-se que a neurotuberculose foi a segunda infecção oportunista em frequência, diferentemente do que se observa no SuVSudeste do Brasil. Entre as alterações histológicas ressalta-se a elevada sequência de alterações no plexo coróide e epêndima sugerindo tratar-se de importantes portas de entrada e fontes de disseminação de doenças.
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A variedade dos quadros neurológicos depende de vários fatores como: o estágio da doença, a forma de contaminação pelo vírus, a terapêutica utilizada e as diferenças regionais que favorecem a presença de associação com enfermidades de importância local. No Brasil, os estudos com séries mais representativas sobre as lesões do SNC nos pacientes com AIDS estão restritos ao Sudeste e Sul do país cuja realidade regional é distinta do Nordeste. Avaliar as alterações do encéfalo nos casos de AIDS em Salvador, Bahia. Determinar a prevalência de anormalidades pelo exame anatomopatológico e imuno-histoquímico. Estabelecer a sequência das infecções oportunistas e da encefalopatia pelo HIV e suas associações, estudando as características morfológicas. Detectar a presença do HIV no tecido cerebral. Comparar os dados obtidos com aqueles de outras regiões do Brasil e do mundo. 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Em 29% dos encéfalos sem alterações histológicas características da ação direta do HIV foi observada positividade para proteína p24 em macrófagos. Os resultados obtidos demonstram a importância do estudo microscópico do SNC no diagnóstico da encefalopatia por HIV e de infecções oportunistas na AIDS. Mostram ainda, que existem diferenças na sequência das alterações diretamente relacionadas com o vírus e infecções oportunistas, quando se compara com estados do Sul e Sudeste do Brasil e outras regiões do mundo. Destaca-se que a neurotuberculose foi a segunda infecção oportunista em frequência, diferentemente do que se observa no SuVSudeste do Brasil. Entre as alterações histológicas ressalta-se a elevada sequência de alterações no plexo coróide e epêndima sugerindo tratar-se de importantes portas de entrada e fontes de disseminação de doenças.O envolvimento do sistema nervoso central (SNC) como causa de morbidade e mortalidade nos casos da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é evidenciado pela alta fi-equência das manifestações neurológicas e neuropatológicas. O comprometimento do SNC pode decorrer da ação direta do virus, tendo como principal repercussão primária a encefalopatía pelo HIV ou de forma indireta pelo desenvolvimento de afecções oportunistas resultantes da imunossupressao. A variedade dos quadros neurológicos depende de vários fatores como: o estágio da doença, a forma de contaminação pelo virus, a terapéutica utilizada e as diferenças regionais que favorecem a presença de associação com enfermidades de importância local. No Brasil, os estudos com séries mais representativas sobre as lesões do SNC nos pacientes com AIDS estão restritos ao Sudeste e Sul do país cuja realidade regional é distinta do Nordeste. OBJETIVOS - Avaliar as alterações do encéfalo nos casos de AIDS em Salvador, Bahia. Determinar a prevalência de anormalidades pelo exame anatomopatológico e imuno-histoquímico. Estabelecer a frequência das infecções oportunistas e da encefalopatía pelo HIV e suas associações, estudando as características morfológicas. Detectar a presença do HIV no tecido cerebral Comparar os dados obtidos com aqueles de outras regiões do Brasil e do mundo. MATERIAL E METODOS - O estudo consta de 62 casos consecutivos de AIDS necropsiados no Serviço de Anatomia Patológica do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (UFBA) no período de 1991 a 1999. Os encéfalos foram avaliados através do estudo macroscópico, histológico e imuno-histoquímico. A presença de HIV foi detectada utilizando-se imuno-histoquímica com o anticorpo monoclonal p24. RESULTADOS / CONCLUSÕES - O estudo mostrou elevada prevalência de lesões encefálicas ocorrendo em 93,5% dos casos, sendo que destes 61% apresentaram alterações macroscópicas e 64,5% sintomas neurológicos. As infecções oportunistas foram responsáveis pelo maior número de lesões ocorrendo em 53% dos casos, assim distribuídas: toxoplasmose 29%, tuberculose 10%, criptococose 6,5%, histoplasmose 4,8%, citomegalovirose 4,8% e Leucoencefalopatia multifocal progressiva 3,2%. A lesão por ação direta do HIV foi observada em 9,5% dos casos e todos apresentaram intensa positividade para p24 em macrófagos e/ou células gigantes multinucleadas. Em 29% dos encéfalos sem alterações histológicas características da ação direta do HIV foi observada positividade para proteína p24 em macrófagos. Os resultados obtidos demonstram a importância do estudo microscópico do SNC no diagnóstico da encefalopatía por HIV e de infecções oportunistas na AIDS. Mostram ainda, que existem diferenças na frequência das alterações diretamente relacionadas com 0 vírus e infecções oportunistas, quando se compara com estados do Sul e Sudeste do Brasil e outras regiões do mundo. Destaca-se que a neurotuberculose foi a segunda infecção oportunista em frequência, diferentemente do que se observa no Sul/Sudeste do Brasil. Entre as alterações histológicas ressalta-se a elevada frequência de alterações no plexo coróide e epêndima sugerindo tratar-se de importantes portas de entrada e fontes de disseminação de doenças.CAPES/FIOCRUZ.Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina. Salvador, BA, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil.porCentro de Pesquisas Gonçalo MonizSíndrome de Imunodeficiência AdquiridaHIVSistema nervoso centralInfecções Oportunistas Relacionadas com a AIDSComplexo AIDS DemênciaAcquired Immunodeficiency SyndromeHIVCentral nervous systemAIDS-Related Opportunistic InfectionsAIDS Dementia ComplexO estudo do encéfalo na síndrome da imunodeficiência adquirida na Bahia, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2001Coordenação de EnsinoUniversidade Federal da Bahia. Centro de Pesquisas Goncalo MonizMestrado AcadêmicoSalvador/BaPós-Graduação em Patologiainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34481/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALRenee Amorim dos Santos Estudo...2001.pdfRenee Amorim dos Santos Estudo...2001.pdfapplication/pdf12149278https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34481/2/Renee%20Amorim%20dos%20Santos%20Estudo...2001.pdf2aacb4bbb5a687229ac2a3a3735cb2c8MD52TEXTRenee Amorim dos Santos Estudo...2001.pdf.txtRenee Amorim dos Santos Estudo...2001.pdf.txtExtracted texttext/plain161376https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34481/3/Renee%20Amorim%20dos%20Santos%20Estudo...2001.pdf.txt75e499d3c2f8d766a97ff6c7c304cfa4MD53icict/344812019-07-30 02:01:32.566oai:www.arca.fiocruz.br:icict/34481Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-07-30T05:01:32Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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