Análise da sobrevida de uma coorte hospitalar de melanoma acral na cidade do Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2016 |
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Resumo: | O melanoma cutâneo é o câncer de pele mais letal. As taxas de incidência desta neoplasia estãoaumentando em todo o mundo e são maiores na Austrália, Estados Unidos e países da Europa Ocidental. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer para o ano de 2016 é de 5.670 casos novos, com umataxa de incidência bruta de 3,03 casos / 100.000 homens e 2,59 casos / 100.000 mulheres. A incidência do melanoma acral (MA) é baixa e é responsável por 2-3 por cento dos melanomas entre os caucasianos. No entanto, nas populações de origem asiáticas, hispânicas e negras, a proporção de MA é maior. Os fatores de risco provavelmente diferem dos outros subtipos de melanoma cutâneo (MC). Enquanto a associação da radiação ultravioleta com o desenvolvimento do melanoma cutâneo estábem definida, a etiologia do MA permanece incerta. Os estudos relatam uma pior sobrevidado MA quando comparado com o melanoma de localização não acral. Alguns autores acreditam que a pior sobrevida do MA poderia estar relacionada a um comportamento biológico mais agressivo do tumor. Outros autores valorizam o fato do diagnóstico do MA ser realizado em estágios mais avançados. O objetivo deste estudo foi avaliar os aspectos clínicos e sociodemográficos associados à sobrevida global e à sobrevida livre de doença, em uma coorte hospitalar de MA de um centro de referência oncológica na cidade do Rio de Janeiro. Observa-se nesse estudo que a idade média ao diagnóstico foi 65,41 anos. A ulceração e a mitose estiveram presentes na maioria dos tumores. Nesse estudo, o nível socioeconômico foi classificado como baixo quando o número de anos estudados foi menor ou igual a nove anos e alto quando superior. Nele, em 81,1 por cento dos pacientes, o nível foi baixo e esta variável esteve associada com a sobrevida global e sobrevida livre de recidiva. Até o presente, este estudo representa a maior coorte hospitalar mundial de melanoma acral e seus resultados apontam para a necessidade de implantar melhorias nas ações de diagnóstico precoce, principalmente na população idosa, dosexo masculino e de nível socioeconômico mais baixo. |
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Nunes, Luiz FernandoMendes, Gélcio Luiz QuintellaKoifman, Rosalina Jorge2019-01-03T17:42:11Z2019-01-03T17:42:11Z2016NUNES, Luiz Fernando. Análise da sobrevida de uma coorte hospitalar de melanoma acral na cidade do Rio de Janeiro. 2016. 68 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública e Meio Ambiente) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2016.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30867O melanoma cutâneo é o câncer de pele mais letal. As taxas de incidência desta neoplasia estãoaumentando em todo o mundo e são maiores na Austrália, Estados Unidos e países da Europa Ocidental. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer para o ano de 2016 é de 5.670 casos novos, com umataxa de incidência bruta de 3,03 casos / 100.000 homens e 2,59 casos / 100.000 mulheres. A incidência do melanoma acral (MA) é baixa e é responsável por 2-3 por cento dos melanomas entre os caucasianos. No entanto, nas populações de origem asiáticas, hispânicas e negras, a proporção de MA é maior. Os fatores de risco provavelmente diferem dos outros subtipos de melanoma cutâneo (MC). Enquanto a associação da radiação ultravioleta com o desenvolvimento do melanoma cutâneo estábem definida, a etiologia do MA permanece incerta. Os estudos relatam uma pior sobrevidado MA quando comparado com o melanoma de localização não acral. Alguns autores acreditam que a pior sobrevida do MA poderia estar relacionada a um comportamento biológico mais agressivo do tumor. Outros autores valorizam o fato do diagnóstico do MA ser realizado em estágios mais avançados. O objetivo deste estudo foi avaliar os aspectos clínicos e sociodemográficos associados à sobrevida global e à sobrevida livre de doença, em uma coorte hospitalar de MA de um centro de referência oncológica na cidade do Rio de Janeiro. Observa-se nesse estudo que a idade média ao diagnóstico foi 65,41 anos. A ulceração e a mitose estiveram presentes na maioria dos tumores. Nesse estudo, o nível socioeconômico foi classificado como baixo quando o número de anos estudados foi menor ou igual a nove anos e alto quando superior. Nele, em 81,1 por cento dos pacientes, o nível foi baixo e esta variável esteve associada com a sobrevida global e sobrevida livre de recidiva. Até o presente, este estudo representa a maior coorte hospitalar mundial de melanoma acral e seus resultados apontam para a necessidade de implantar melhorias nas ações de diagnóstico precoce, principalmente na população idosa, dosexo masculino e de nível socioeconômico mais baixo.Cutaneous melanoma is the most lethal skin cancer. The incidence rates of this cancer are increasing worldwide and they are higher in Australia, the USA and Western European countries. The National Cancer Institute of Brazil estimates, 5.670 new cases for the year 2016, with crude incidence rate of 3.03 cases / 100,000 men and 2.59 cases / 100,000 women. The incidence of acral melanoma (AM) is low and represents 2-3 percent of melanoma among Caucasians. However, in populations of Asian, Hispanic and African American origin, the proportion of AM is higher. Risk factors differ from other subtypes of cutaneous melanoma. While the association of the ultraviolet radiation and the development of cutaneous melanoma is well defined, the etiology of AM remains uncertain. The studies reported poor survival of AM when compared with the non-location AM. Some authors believe that the worse survival of AM could be related to a more aggressive biological behavior of tumor. Other authors attribute the worse survival to delayed diagnosis of AM. The aim of this study was to evaluate the clinical and demographic features associated with overall survival and disease-free survival in hospital cohort of AM in a cancer reference center in the city of Rio de Janeiro. The average age of patients at diagnosis was high (65.4 yo). The ulceration and mitosis were present in most tumors. In this study, the socioeconomic status was classified as low when the number of years of study was below or equal a nine years and high when was superior. In this study, 81,1% of patients, the socioeconomic status was low and this variable was associated with overall survival and recurrence-free survival. Until this moment, this study represents the world's largest hospital cohort of acral melanoma and their results point to the need to implement improvements in early diagnosis, especially in the older, male and lower socioeconomic status populations.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porMelanomaFatores prognósticosAnálise de sobrevidaMelanomaPrognostic factorsSurvival analysisMelanomaAnálise de SobrevidaDetecção Precoce de CâncerAnálise da sobrevida de uma coorte hospitalar de melanoma acral na cidade do Rio de JaneiroAnalysis of the survival of a hospital cohort of acral melanoma in the city of Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisFundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambienteinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/30867/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALve_Luiz_Fernando_ENSP_2016.pdfapplication/pdf1421966https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/30867/2/ve_Luiz_Fernando_ENSP_2016.pdfd0aadcd1a91bdb0929a734155c7309aeMD52TEXTluiz_fernando.pdf.txtluiz_fernando.pdf.txtExtracted texttext/plain132868https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/30867/3/luiz_fernando.pdf.txtaa089cbabe3c4184f2fa33e93320ea2eMD53ve_Luiz_Fernando_ENSP_2016.pdf.txtve_Luiz_Fernando_ENSP_2016.pdf.txtExtracted texttext/plain132868https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/30867/4/ve_Luiz_Fernando_ENSP_2016.pdf.txtaa089cbabe3c4184f2fa33e93320ea2eMD54icict/308672023-01-19 14:52:27.475oai:www.arca.fiocruz.br:icict/30867Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-19T17:52:27Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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