Avaliação da resposta imune do vetor Aedes aegypti à infecção por Mayaro vírus
Ano de defesa: | 2019 |
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Resumo: | O Mayaro vírus (MAYV) é um arbovírus do gênero Alphavirus, família Togaviridae, e o agente etiológico da febre do Mayaro, uma doença febril aguda, clinicamente semelhante à Dengue e Chikungunya. Apesar de ser uma arbovirose silvestre, muitos casos e surtos em áreas periurbanas já foram relatados para esta doença, aumentando a preocupação e vigilância epidemiológica, uma vez que o Aedes aegypti, o principal vetor urbano de DENV, ZIKV e CHIKV, possui capacidade para transmissão deste vírus. A urbanização do MAYV poderia trazer um sério problema de saúde pública. Uma das possíveis estratégias para o controle da transmissão do MAYV seria o uso de mosquitos Ae. aegypti transfectados com a bactéria Wolbachia (linhagem wMel), como vem sendo utilizado para dengue, Zika e chikungunya (www.worldmosquito.org). O objetivo principal deste estudo foi avaliar a participação de diferentes vias de resposta imune do Ae. aegypti em resposta à infecção pelo MAYV, e pela Wolbachia. Foram utilizadas 2 linhagens de Ae. aegypti - Br (mosquitos de campo coletados no Rio de Janeiro) e wMel_Br (linhagem de mosquitos transfectados com a cepa wMel da bactéria Wolbachia). Ambas as linhagens receberam três tratamentos diferentes: sacarose 10%, sangue sem MAYV e sangue com MAYV. Amostras dos mosquitos foram coletadas a 2, 4 e 7 dias após a infecção, seguindo-se pela extração do RNA total e síntese do cDNA. Primeiramente a carga viral de MAYV e a densidade de wMel foram quantificadas. Nossos resultados demonstram a capacidade de wMel em interferir na replicação do MAYV assim como demonstramos que mosquitos wMel_Br infectados com MAYV apresentaram um aumento na densidade de Wolbachia. Posteriormente, foram analisados, via quantificação relativa, o perfil de expressão de genes da via Toll (CACTUS e REL1), Imd (CASPAR e REL2), JAK/STAT (DOME e SOCS) e da via do siRNA (AGO2). Nossos resultados sugerem que a alimentação sanguínea foi um dos principais fatores responsáveis pelo aumento na expressão dos genes da via Toll e Imd e que o gene DOME tem sua expressão aumentada na presença de MAYV sugerindo a participação da via JAK/STAT. Apesar de ter-se um aumento na expressão de genes do sistema imune na linhagem wMel_Br, essa ativação do sistema imune não representa o principal mecanismo pelo qual o fenótipo de interferência a patógenos aconteça. O gene AGO2 não teve sua expressão alterada em mosquitos Br, porém teve uma expressão menor em mosquitos wMel_Br. Sabendo-se que a via do siRNA é uma das principais vias de controle de infecções virais em Ae. aegypti, nós investigamos funcionalmente a participação do gene AGO2 em ambas a linhagens. Para isto silenciamos o gene AGO2 de forma transiente utilizando a técnica do RNAi. Não houve alteração da carga viral ou densidade de wMel frente ao silenciamento transiente de AGO2. Apesar dos mecanismos envolvendo a resposta imune na infecção pelo MAYV em linhagens com e sem Wolbachia não estarem claros, nosso trabalho estabelece novas perspectivas e alvos potenciais para novas estratégias de intervenção no mosquito vetor. Entender as interações vírus-hospedeiro-Wolbachia são essenciais para o combate à transmissão do MAYV e outras arboviroses. Nosso trabalho também sugere novos marcadores moleculares que podem ser utilizados para determinação de resistência e suscetibilidades à infecção em populações naturais de mosquitos. |
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Sucupira, Pedro Henrique FerreiraMarques, João TrindadeMoreira, Luciano AndradeGuarneri, Alessandra AparecidaSouza Neto, Jayme Augusto deMoreira, Luciano Andrade2019-07-15T14:26:05Z2019-07-15T14:26:05Z2019SUCUPIRA, Pedro Henrique Ferreira. Avaliação da resposta imune do vetor Aedes aegypti à infecção por Mayaro vírus. 2019. 92 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)-Instituto René Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Belo Horizonte, 2019.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34088O Mayaro vírus (MAYV) é um arbovírus do gênero Alphavirus, família Togaviridae, e o agente etiológico da febre do Mayaro, uma doença febril aguda, clinicamente semelhante à Dengue e Chikungunya. Apesar de ser uma arbovirose silvestre, muitos casos e surtos em áreas periurbanas já foram relatados para esta doença, aumentando a preocupação e vigilância epidemiológica, uma vez que o Aedes aegypti, o principal vetor urbano de DENV, ZIKV e CHIKV, possui capacidade para transmissão deste vírus. A urbanização do MAYV poderia trazer um sério problema de saúde pública. Uma das possíveis estratégias para o controle da transmissão do MAYV seria o uso de mosquitos Ae. aegypti transfectados com a bactéria Wolbachia (linhagem wMel), como vem sendo utilizado para dengue, Zika e chikungunya (www.worldmosquito.org). O objetivo principal deste estudo foi avaliar a participação de diferentes vias de resposta imune do Ae. aegypti em resposta à infecção pelo MAYV, e pela Wolbachia. Foram utilizadas 2 linhagens de Ae. aegypti - Br (mosquitos de campo coletados no Rio de Janeiro) e wMel_Br (linhagem de mosquitos transfectados com a cepa wMel da bactéria Wolbachia). 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Entender as interações vírus-hospedeiro-Wolbachia são essenciais para o combate à transmissão do MAYV e outras arboviroses. Nosso trabalho também sugere novos marcadores moleculares que podem ser utilizados para determinação de resistência e suscetibilidades à infecção em populações naturais de mosquitos.The Mayaro virus (MAYV) is an arbovirus of the genus Alphavirus, family Togaviridae, and the etiologic agent of Mayaro fever, an acute febrile illness, clinically similar to Dengue and Chikungunya. MAYV is an emerging virus and has a mainly enzootic cycle involving non-human primates and mosquitoes of the species Haemagogus janthinomys. Despite being a silvatic arbovirus, many cases and outbreaks in periurban areas have been reported for this disease, increasing concern and epidemiological surveillance, since Aedes aegypti, the main urban vector of DENV, ZIKV and CHIKV has the capacity for transmission of this virus. The urbanization of the MAYV could pose a serious public health problem. One of the possible strategies for the control of MAYV transmission would be the use of Ae. aegypti mosquitoes transfected with the bacterium Wolbachia (wMel strain), as it has been used for dengue, Zika and chikungunya (www.worldmosquito.org). The main objective of this study was to evaluate the participation of different pathways of the Ae. aegypti's immune system in response MAYV infection, and also to Wolbachia infection. Two strains of Ae. aegypti - Br (wild mosquitoes collected in Rio de Janeiro) and wMel_Br (lineage of mosquitoes transfected with the wMel strain of the Wolbachia bacterium). Both strains received three different treatments: 10% sucrose, blood without MAYV and blood with MAYV. Mosquito samples were collected at 2, 4 and 7 days post-infection, followed by extraction of total RNA and cDNA synthesis. First, the viral load of MAYV and the density of wMel were quantified. Our results demonstrated the ability of wMel to interfere in MAYV replication as well as we demonstrated that wMel_Br mosquitoes infected with MAYV showed an increase in Wolbachia density. Afterwards, the expression profile of genes from the Toll pathway genes (CACTUS and REL1), Imd pathway (CASPAR and REL2), JAK/STAT pathway (DOME and SOCS) and the siRNA pathway (AGO2) were analyzed by relative quantification. Our results suggested that the blood supply was one of the main factors responsible for the increase in the expression of the genes from the Toll and Imd pathways and that the DOME gene has its expression increased in the presence of MAYV suggesting the participation of the JAK/STAT pathway in MAYV infection. Although there is an increase in the expression of immune system genes in the wMel_Br line, this activation does not represent the main mechanism by which the pathogen interference phenotype occurs. The AGO2 gene did not have its expression altered in Br mosquitoes, but had a smaller expression in wMel_Br mosquitoes. It is known that the siRNA pathway is one of the main routes of control of viral infections in Ae. aegypti. Thus, we functionally investigated the involvement of the AGO2 gene in both strains. For this, we mutate the AGO2 gene transiently using the RNAi technique. There was no change in viral load or wMel density in mosquitoes with transient silencing of AGO2. Although the mechanisms involving the immune response against MAYV infection in strains with and without Wolbachia are not clear, our work establishes new perspectives and potential targets for new intervention strategies in this vector mosquito. Understanding virus-host-Wolbachia interactions are essential for combating the transmission of MAYV and other arboviruses. Our work also suggests new molecular markers that can be used to determine resistance and susceptibility to infection in natural mosquito populations.CAPES, Ministério da Saúde, Fundação Bill & Melinda GatesFundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.porAedes aegyptiInterações patógeno-vetorSistema imuneMayaro vírusAedes aegyptiPathogen-vector interactionsImmune systemMayaro virus.Aedes aegyptiInterações Hospedeiro- ParasitaSistema imuneMayaro vírusAvaliação da resposta imune do vetor Aedes aegypti à infecção por Mayaro vírusinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2019Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Belo Horizonte, MG, BrasilUniversidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho. São Paulo, SP, BrasilMestrado AcadêmicoBelo Horizonte/MGPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-83082https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34088/1/license.txt9193a7c197bc67acd023525e72a03240MD51ORIGINALD_2019_Pedro Sucupira.pdfD_2019_Pedro Sucupira.pdfapplication/pdf4350326https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34088/2/D_2019_Pedro%20Sucupira.pdf048d633e84d5f7438fab9197c0493ba5MD52TEXTD_2019_Pedro Sucupira.pdf.txtD_2019_Pedro Sucupira.pdf.txtExtracted texttext/plain161787https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34088/3/D_2019_Pedro%20Sucupira.pdf.txt6f40203e218e6309cb1a0da256eba0ecMD53icict/340882019-09-09 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