Fitoplâncton como alimento para microcrustáceos e rotíferos nos períodos de seca e enchente no lago Tupé, Manaus-AM
Ano de defesa: | 2017 |
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Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
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Departamento: |
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País: |
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11369 http://lattes.cnpq.br/5664226512014558 |
Resumo: | O lago Tupé, localizado próximo a Manaus no Amazonas, é um lago de água preta de elevada riqueza de espécies fitoplanctônicas e zooplanctônicas. Os organismos do zooplâncton podem pertencer a diferentes categorias de tamanhos: microplâncton, mesoplâncton e macroplâncton; já os organismos fitoplanctônicos podem pertencer ao picoplâncton, nanoplâncton e microplâncton. Por terem tamanhos diferentes os organismos zooplanctônicos podem estar se alimentando de tamanhos diferentes de organismos fitoplanctônicos. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a importância de diferentes frações do fitoplâncton como alimento para microcrustáceos e rotíferos planctônicos nos períodos de seca (2015) e enchente (2016) no lago Tupé, Manaus-AM. As coletas foram realizadas em dois meses da seca e dois meses da enchente no lago Tupé (RDS do tupé). Como critério de amostragem utilizou-se a extensão da zona eufótica estimada com auxílio de medidas de transparência por disco de Secchi. Um tubo de PVC de 50 mm de diâmetro e 3 m de comprimento com uma válvula para retenção da água foi inserido nessa extensão e seu conteúdo foi colocado em um balde, homogeneizada e amostras de 2 L foram retiradas. Em laboratório, as amostras foram fracionadas para se obter o pico, nano e microfitoplâncton e depois a biomassa de cada fração foi medida através da clorofila-a. Um experimento foi colocado durante 24 horas no período de seca e enchente no lago Tupé. Amostras de zooplâncton e fitoplâncton foram coletadas com um tubo de PVC de 4 m de comprimento, depois foram levadas ao laboratório para serem analisadas. Os organismos zooplanctônicos foram contados e medidos. A amostra de fitoplâncton foi fracionada para se ter as diferentes frações de tamanho e, depois foi medida a biomassa de cada fração. A biomassa total da seca foi de 27,03 μg/L e a biomassa total da enchente foi de 36,59 μg ̸ L. Não houve diferença estatisticamente significativa entre a biomassa do pico nano e microfitoplâncton nos dois períodos. Na seca e na enchente houve diferença estatisticamente significativa entre microplâncton e mesoplâncton da amostra inicial e também da amostra final do experimento. A maior densidade dos organismos foi encontrada no experimento do período de seca. Os organismos zooplanctônicos não exerceram pressão de predação seletiva sobre apenas uma das frações de tamanho do fitoplâncton, exerceram pressão de predação sobre as três frações de tamanho do fitoplâncton. Estudos que levem em conta a pressão de predação sofrida pelos organismos zooplanctônicos e destes sobre organismos fitoplanctônicos são necessários para entender se os controles na cadeia trófica são top down ou bottom up. |
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Mendes, Raize CastroLeão, Bruno MachadoSilva, Edinaldo Nelson dos Santos2020-02-13T18:22:25Z2020-02-13T18:22:25Z2017-03-31https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11369http://lattes.cnpq.br/5664226512014558O lago Tupé, localizado próximo a Manaus no Amazonas, é um lago de água preta de elevada riqueza de espécies fitoplanctônicas e zooplanctônicas. Os organismos do zooplâncton podem pertencer a diferentes categorias de tamanhos: microplâncton, mesoplâncton e macroplâncton; já os organismos fitoplanctônicos podem pertencer ao picoplâncton, nanoplâncton e microplâncton. Por terem tamanhos diferentes os organismos zooplanctônicos podem estar se alimentando de tamanhos diferentes de organismos fitoplanctônicos. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a importância de diferentes frações do fitoplâncton como alimento para microcrustáceos e rotíferos planctônicos nos períodos de seca (2015) e enchente (2016) no lago Tupé, Manaus-AM. As coletas foram realizadas em dois meses da seca e dois meses da enchente no lago Tupé (RDS do tupé). Como critério de amostragem utilizou-se a extensão da zona eufótica estimada com auxílio de medidas de transparência por disco de Secchi. Um tubo de PVC de 50 mm de diâmetro e 3 m de comprimento com uma válvula para retenção da água foi inserido nessa extensão e seu conteúdo foi colocado em um balde, homogeneizada e amostras de 2 L foram retiradas. Em laboratório, as amostras foram fracionadas para se obter o pico, nano e microfitoplâncton e depois a biomassa de cada fração foi medida através da clorofila-a. Um experimento foi colocado durante 24 horas no período de seca e enchente no lago Tupé. Amostras de zooplâncton e fitoplâncton foram coletadas com um tubo de PVC de 4 m de comprimento, depois foram levadas ao laboratório para serem analisadas. Os organismos zooplanctônicos foram contados e medidos. A amostra de fitoplâncton foi fracionada para se ter as diferentes frações de tamanho e, depois foi medida a biomassa de cada fração. A biomassa total da seca foi de 27,03 μg/L e a biomassa total da enchente foi de 36,59 μg ̸ L. Não houve diferença estatisticamente significativa entre a biomassa do pico nano e microfitoplâncton nos dois períodos. Na seca e na enchente houve diferença estatisticamente significativa entre microplâncton e mesoplâncton da amostra inicial e também da amostra final do experimento. A maior densidade dos organismos foi encontrada no experimento do período de seca. Os organismos zooplanctônicos não exerceram pressão de predação seletiva sobre apenas uma das frações de tamanho do fitoplâncton, exerceram pressão de predação sobre as três frações de tamanho do fitoplâncton. Estudos que levem em conta a pressão de predação sofrida pelos organismos zooplanctônicos e destes sobre organismos fitoplanctônicos são necessários para entender se os controles na cadeia trófica são top down ou bottom up.The lake Tupé, which is located near Manaus, in the Amazonas state, is a black-water lake of great richness of phytoplanktonic and zooplanktonic species. The zooplanktonic organisms may belong to different size categories: microplankton, mesoplankton, and macroplankton; but the phytoplanktonic organisms may belong to picoplankton, nanoplankton, and microplankton. Because of the size difference, the zooplanktonic organisms might be feeding on phytoplanktonic organisms of different sizes. The goal of this research was to evaluate the importance of phytoplankton different fractions as food for microcrustaceans and planktonic rotifers in the low waters period (2015) and rising waters (2016) at the lake Tupé, Manaus-AM. The samples were conducted in two months at the low Waters period and two months in the rising Waters period at the lake Tupé (Reserve of Sustainable Development of Tupé). As sampling criteria, the estimated photic zone extension was used with the assistance of transparency measures by the Secchi disc. A PVC tube of 50 mm in diameter and 3 m in length with a water retention valve which was inserted in this extension and its content was placed in a bucket, homogenized and 2 L samples were taken. At the laboratory, the samples were fractionated in order to obtain the picoplankton, nanoplankton, and microplankton and later the biomass of each fraction was measured through the Chlorophyl-a. An experiment was placed at lake Tupé during 24 hours in the low Waters period and rising water period. The zooplanktonic and phytoplanktonic samples were collected with a PVC tube of 4 m in length, later they were taken to the laboratory to be analyzed. The zooplanktonic organisms. The zooplanktonic organisms were counted and measured. The phytoplankton samples were fractionated in order to obtain the differences in size fraction, and later, the biomass of each fraction was measured. The total low Waters period biomass was 27,03 μg/L, and the total rising Waters biomass was 36,59 μg ̸ L. There were no statistically significant differences between the biomass of the picoplankton, nanoplankton and microplankton in the two periods. The zooplanktonic organisms did not exercised selective predation pressure on just one of the phytoplankton size fractions. Instead, they exercised predation pressure on phytoplankton three size fractions.porInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPABiologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPIAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessBiomassaPicoplânctonFitoplâncton como alimento para microcrustáceos e rotíferos nos períodos de seca e enchente no lago Tupé, Manaus-AMinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional do INPAinstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPATEXTVersão Final da dissertaçãoRaize (1).pdf.txtVersão Final da dissertaçãoRaize (1).pdf.txtExtracted texttext/plain144738https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/11369/2/Vers%c3%a3o%20Final%20da%20disserta%c3%a7%c3%a3oRaize%20%281%29.pdf.txt7e1e0d16d07ddb35ebee9da5f94ae19eMD52THUMBNAILVersão Final da dissertaçãoRaize (1).pdf.jpgVersão Final da dissertaçãoRaize (1).pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1245https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/11369/3/Vers%c3%a3o%20Final%20da%20disserta%c3%a7%c3%a3oRaize%20%281%29.pdf.jpgc8826e031c1807ba415341539872b009MD53ORIGINALVersão Final da dissertaçãoRaize (1).pdfVersão Final da dissertaçãoRaize (1).pdfapplication/pdf1140529https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/11369/1/Vers%c3%a3o%20Final%20da%20disserta%c3%a7%c3%a3oRaize%20%281%29.pdf5107cfb58cf08154fdb1ba06343700e6MD511/113692020-03-10 15:32:55.399oai:repositorio:1/11369Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.inpa.gov.br/oai/requestopendoar:2020-03-10T19:32:55Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false |
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