Fatores relacionados ao estresse em estudantes de enfermagem

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Ribeiro, Taiana Dias de Matos
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Escola de Ciências Sociais e da Saúde; Brasil; PUC Goiás; Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Atenção à Saúde
• Palavras-chave em Português: Educação Superior; Estudantes de Enfermagem; Estresse Psicológico; Stress; Students Nursing; Stress Psychological; Education Higher; Ciências da Saúde
• Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4791

Trata-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa, construído na modalidade de artigo científico, cujo objetivo foi relacionar aspectos sociodemográficos e acadêmicos com o nível de estresse de estudantes de enfermagem. Participaram do estudo 100 acadêmicos do curso de graduação em enfermagem de uma Instituição de Ensino Superior (IES) privada do interior de Goiás. Como instrumentos foram utilizados a Avaliação de Estresse em Estudantes de Enfermagem (AEEE) e o Questionário de Perfil Sociodemográfico e Acadêmicos dos Estudantes de Enfermagem. A comparação dos escores do AEEE com o perfil sociodemográfico e acadêmico foi feita com os testes Mann-Whitney e KruskalWallis, seguido do teste de Dunnett. A correlação de Spearman foi utilizada para verificar a relação entre a idade e o desempenho acadêmico com os escores do AEEE. Em todas as análises foi adotado um nível de significância de 5% (p<0,05). Os estudantes de enfermagem apresentaram nos domínios do AEEE nível de estresse alto e muito alto em formação profissional (69%) e comunicação profissional (51%); nível médio de estresse em atividades práticas (38%); e baixo nível de estresse em gerenciamento do tempo (67%), ambiente (67%) e atividade teórica (46%). Tiveram maior nível de estresse estudantes do sexo feminino, que não moravam na cidade que estudavam, que não trabalhavam, com renda entre um e dois salários mínimos, que cursavam do quarto ao décimo período, que estavam em estágio supervisionado, que cumpriam carga horária de estudo de seis horas por dia, e que já pensaram em desistir do curso. Conclui-se que o estresse está presente nos estudantes de enfermagem com níveis mais elevados nos aspectos em relação à formação e comunicação profissional; e que fatores sociodemográficos e acadêmicos podem influenciar na piora dos níveis de estresse. Diante esses achados, sugere-se que as instituições de ensino estejam atentas aos sinais de estresse apresentados pelos estudantes, identifiquem as vulnerabilidades e busquem caminhos para a promoção da saúde, visando melhor desempenho acadêmico e qualidade de vida. É importante que estratégias motivacionais e de valorização do estudante sejam lançadas durante toda a sua formação, buscando a minimização do estresse. Esta pesquisa mostra uma realidade a ser refletida para que mudanças ocorram no processo de formação do estudante de enfermagem, com o objetivo de contribuir para que essa vivência acadêmica ocorra de maneira mais saudável.