Avaliação não-invasiva da fibrose hepática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Tramontin, Giacomo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Escola de Medicina
Brasil
PUCRS
Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
MRE
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9972
Resumo: Introdução: A avaliação precoce do grau de fibrose hepática é essencial para estimar o prognóstico, planejar estratégias de tratamento e intervir de modo a impactar significativamente a progressão da doença. O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de fibrose hepática significativa e avançada avaliada por ressonância magnética por elastografia. Materiais e métodos: trata-se de um estudo transversal retrospectivo. Foram incluídos pacientes adultos, de ambos os sexos, que realizaram elastografia por ressonância magnética, de janeiro a julho de 2018. Foram coletados dados demográficos e clínicos do prontuário eletrônico dos pacientes. As imagens de ressonância magnética abdominal foram interpretadas por dois radiologistas especialistas, com no mínimo cinco anos de experiência na área de radiologia abdominal. Resultados: 119 pacientes foram incluídos no estudo. Houve predomínio do sexo masculino (58,8%), e a média de idade foi de 52,5 ± 12,8 anos. O índice de massa corporal médio foi de 29,0 ± 5,6 kg/m2 e 77,0% apresentavam excesso de peso. O valor médio de rigidez do fígado foi de 2,9 kPa (IC 95% 2,7 - 3,1). Cinquenta e cinco (46,2%) pacientes apresentavam fígado gorduroso, sendo 32 (26,9%) classificados como leve, 17 (14,3%), como moderado e seis (5,0%), como grave. A fibrose significativa e avançada foi de 9,2% e 20,2%, respectivamente. Os leitores R1 e R2 obtiveram uma excelente concordância para os valores de rigidez hepática (k = 0,929; p <0,001). Na análise multivariada, diabetes mellitus foi associado à rigidez hepática apenas na análise não ajustada. Nos demais modelos, não observou-se associação entre as variáveis analisadas e a rigidez hepática. Conclusões: A elastografia por ressonância magnética detectou prevalência elevada de fibrose hepática significativa e avançada, em uma população do sul do Brasil. Além disso, o diabetes mellitus mostrou-se um fator independente associado ao aumento da rigidez hepática.
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spelling Avaliação não-invasiva da fibrose hepáticaFibrose HepáticaMREElastografiaDiabetes MellitusFibrosis HepaticMREElastographyDiabetes MellitusCIENCIAS DA SAUDE::MEDICINAIntrodução: A avaliação precoce do grau de fibrose hepática é essencial para estimar o prognóstico, planejar estratégias de tratamento e intervir de modo a impactar significativamente a progressão da doença. O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de fibrose hepática significativa e avançada avaliada por ressonância magnética por elastografia. Materiais e métodos: trata-se de um estudo transversal retrospectivo. Foram incluídos pacientes adultos, de ambos os sexos, que realizaram elastografia por ressonância magnética, de janeiro a julho de 2018. Foram coletados dados demográficos e clínicos do prontuário eletrônico dos pacientes. As imagens de ressonância magnética abdominal foram interpretadas por dois radiologistas especialistas, com no mínimo cinco anos de experiência na área de radiologia abdominal. Resultados: 119 pacientes foram incluídos no estudo. Houve predomínio do sexo masculino (58,8%), e a média de idade foi de 52,5 ± 12,8 anos. O índice de massa corporal médio foi de 29,0 ± 5,6 kg/m2 e 77,0% apresentavam excesso de peso. O valor médio de rigidez do fígado foi de 2,9 kPa (IC 95% 2,7 - 3,1). Cinquenta e cinco (46,2%) pacientes apresentavam fígado gorduroso, sendo 32 (26,9%) classificados como leve, 17 (14,3%), como moderado e seis (5,0%), como grave. A fibrose significativa e avançada foi de 9,2% e 20,2%, respectivamente. Os leitores R1 e R2 obtiveram uma excelente concordância para os valores de rigidez hepática (k = 0,929; p <0,001). Na análise multivariada, diabetes mellitus foi associado à rigidez hepática apenas na análise não ajustada. Nos demais modelos, não observou-se associação entre as variáveis analisadas e a rigidez hepática. Conclusões: A elastografia por ressonância magnética detectou prevalência elevada de fibrose hepática significativa e avançada, em uma população do sul do Brasil. Além disso, o diabetes mellitus mostrou-se um fator independente associado ao aumento da rigidez hepática.Introduction: Early assessment of the degree of liver fibrosis is essential to estimate prognosis, plan treatment strategies, and intervene to significantly impact disease progression. The aim of this study was to determine the prevalence of significant and advanced liver fibrosis evaluated by elastography magnetic resonance. Materials and methods: This was a retrospective cross-sectional study. Adult patients of both genders who underwent elastography by magnetic resonance from January to July 2018 were included. Demographic and clinical data were collected from the patients' electronic medical records. Abdominal magnetic resonance images were interpreted by two specialist radiologists with at least five years of experience in the field of abdominal radiology. Results: 119 patients were enrolled in the study. There was a predominance of males (58.8%), and the mean age was 52.5 ± 12.8 years. The mean body mass index was 29.0 ± 5.6 kg/m2 and 77.0% had overweight. The mean liver stiffness value was 2.9 kPa (95% CI 2.7 – 3.1). Fifty-five (46.2%) patients presented fatty liver, and 32 (26.9%) were classified as mild, 17 (14.3%), as moderate, and six (5.0%), as severe degree. Significant and advanced fibrosis was 9.2% and 20.2%, respectively. Readers R1 and R2 had an excellent agreement for measured liver stiffness values (k=0.929; p<0.001). In multivariate analysis, diabetes mellitus was associated with liver stiffness only in the unadjusted analysis. In the other models, there was no association between the analyzed variables and liver stiffness Conclusions: Magnetic resonance elastography detected a high prevalence of significant and advanced liver fibrosis in a population in southern Brazil. Furthermore, diabetes mellitus was shown to be an independent factor associated with increased liver stiffness.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do SulEscola de MedicinaBrasilPUCRSPrograma de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da SaúdeMottin, Cláudio Coráhttp://lattes.cnpq.br/8827120189677376Tramontin, Giacomo2021-11-24T17:14:40Z2021-08-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9972porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RSinstname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)instacron:PUC_RS2021-11-24T22:00:28Zoai:tede2.pucrs.br:tede/9972Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede2.pucrs.br/tede2/PRIhttps://tede2.pucrs.br/oai/requestbiblioteca.central@pucrs.br||opendoar:2021-11-24T22:00:28Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)false
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