O racismo institucional da Penitenciária de Florianópolis-SC e a construção dos criminosos entre 1930 e 1959

• Ano de defesa: 2025
• Autor(a) principal: Júlia Rossler da Rosa Oliveira
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Penitenciária de Florianópolis; Criminologia; Racismo; Dispositivo de racialidade; História das Prisões
• Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/23453

A dissertação objetiva verificar os aspectos raciais presentes em práticas institucionais da Penitenciária de Florianópolis (1930), com a finalidade de inserir Santa Catarina no debate historiográfico sobre a história das prisões e a imbricação entre criminologia e racismo. Para isso, responde quais as noções de raça para a instituição, que são componentes da construção discursiva dos sentenciados como criminosos, no período de 1930 a 1959. As fontes utilizadas tratam-se de prontuários de presos, pertencentes ao acervo do Instituto de Documentação e Investigação em ciências humanas da UDESC, e relatórios penitenciários, pertencentes ao acervo do Arquivo Público do Estado de Santa Catarina, ambos analisados como tecnologias do dispositivo de racialidade. Para a escrita da presente pesquisa, compreende-se a continuidade histórica da violência e punição contra a população negra, do período da escravidão à república, e apoia-se em uma bibliografia crítica da historiografia, que atua contra falsos universalismos e para a construção de uma História do Tempo Presente antirracista. Na elaboração bibliográfica e análise de fontes das noções de raça para a instituição, evidenciam-se aspectos de uma criminologia positivista catarinense, marcada pela moral branca e cristã, e os interesses das elites oligárquicas no estado.