Aspectos moleculares de oócitos de fêmeas bos indicus e bos taurus submetidos ao estresse térmico
Ano de defesa: | 2024 |
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Resumo: | Resumo: Com o objetivo de avaliar a influência do estresse térmico sobre a competência oocitária, bem como sobre parâmetros fisiológicos de fêmeas bovinas de diferentes raças, foram realizados três experimentos No experimento I, foram avaliados complexo cumulus-oócitos (COCs) de vacas da raça Simental maturados in vitro em diferentes temperaturas (37°C, 38,5°C ou 4°C) Antes da maturação, os oócitos foram corados com Brilhante Cresilblue (BCB) e, classificados em BCB+ e BCB- Os COCs marcados (BCB+) eram considerados de melhor qualidade Após a maturação, foram produzidos embriões in vitro e os oócitos foram avaliados através de PCR em tempo real e imunofluorescência, para avaliação das sirtuínas, BCL11A e p53 A alteração da temperatura (±1,5°C) de maturação do oócito afetou negativamente a taxa de blastocisto após a fertilização in vitro, além de influenciar a expressão de gene importantes para a proteção celular A expressão dos genes SIRT1, SIRT2, SIRT3, SIRT5, BCL11a e p53 foi alterada pela temperatura de maturação, em oócitos e células da granulosa No experimento II foram avaliados complexo cumulus-oócitos (COCs) de fêmeas da raça Nelore (Bos Taurus indicus) maturados in vitro em diferentes temperaturas (37°C, 38,5°C e 4°C) Após esse período parte dos COCs foram submetidos a fecundação e cultivo dos embriões e a outra parte, após determinação da taxa de maturação, foram fixados em paraformoldeído para análise de HSP7 e HSP9 por western blott O estresse térmico não influenciou a taxa de maturação nuclear dos oócitos, porém influenciou a taxa de clivagem e de blastocisto A intensidade do sinal da HSP7 foi aumentado nos oócitos submetidos a estresse, em relação ao grupo controle, além disso as células cumulus mostraram um aumento significativo da intensidade de sinal dessa proteína à 4°C A HSP9 mostrou maior quantidade em oócitos maturados à 37°C, porém se mantendo estável nas demais temperaturas A menor taxa de blastocistos e a ação paralela das HSP´s demonstram que a produção in vitro de embriões é afetada quando a maturação in vitro ocorre em situações de estresse crônico (24 hs de MIV; 37°C e 4°C) E no experimento III foram avaliados complexos oócitos-cumulus (COCs) recuperados através da aspiração folicular guiada por ultrassonografia (OPU), de vacas Bos taurus x Bos indicus (Girolando) e Bos taurus (Pantaneira) Parte dos COCs viáveis foram submetidos a análise de imunofluorescência sob microscopia confocal para identificação das proteínas HSP7 e HSP9 Antes da realização de cada OPU, foi aferida a temperatura retal (TR) e frequência respiratória (FR) de cada animal O estresse térmico foi estimado pelo Indice de Temperatura do Globo e Umidade (ITGU) que foi calculado de acordo com a fórmula descrita por Buffington et al (1981) e classificados de acordo com o National Weather Service, 9 dias antes de cada OPU A rusticidade das raças Girolando e Pantaneira pode ser confirmada pela manutenção da TR e FR em nívies fisiológicos em ITGUs de até 94 A HSP nos oócitos foi influenciada pelo ITGUs para as duas raças, porem com comportamentos contrários No entanto, a raça Pantaneira sofreu efeitos negativos em ITGUs <78 demonstrando estresse em temperaturas mais amenas Por outro lado, observa-se que ITGUs >78 apresentam efeito deletério na qualidade do oócitos de vacas Girolando Aparentemente a raça Pantaneira reage negativamente em temperaturas mais baixas, já que apresentou menor viabilidade oocitária com ITGUs <78 Por outro lado observa-se que ITGUs de >79 aos 9 dias antes da OPU apresentam um efeito deletério na qualidade do oócitos de vacas Girolando |
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Aspectos moleculares de oócitos de fêmeas bos indicus e bos taurus submetidos ao estresse térmicoReprodução animalBovinoReproduçãoOócitosAnimal reproductionCattleReproductionResumo: Com o objetivo de avaliar a influência do estresse térmico sobre a competência oocitária, bem como sobre parâmetros fisiológicos de fêmeas bovinas de diferentes raças, foram realizados três experimentos No experimento I, foram avaliados complexo cumulus-oócitos (COCs) de vacas da raça Simental maturados in vitro em diferentes temperaturas (37°C, 38,5°C ou 4°C) Antes da maturação, os oócitos foram corados com Brilhante Cresilblue (BCB) e, classificados em BCB+ e BCB- Os COCs marcados (BCB+) eram considerados de melhor qualidade Após a maturação, foram produzidos embriões in vitro e os oócitos foram avaliados através de PCR em tempo real e imunofluorescência, para avaliação das sirtuínas, BCL11A e p53 A alteração da temperatura (±1,5°C) de maturação do oócito afetou negativamente a taxa de blastocisto após a fertilização in vitro, além de influenciar a expressão de gene importantes para a proteção celular A expressão dos genes SIRT1, SIRT2, SIRT3, SIRT5, BCL11a e p53 foi alterada pela temperatura de maturação, em oócitos e células da granulosa No experimento II foram avaliados complexo cumulus-oócitos (COCs) de fêmeas da raça Nelore (Bos Taurus indicus) maturados in vitro em diferentes temperaturas (37°C, 38,5°C e 4°C) Após esse período parte dos COCs foram submetidos a fecundação e cultivo dos embriões e a outra parte, após determinação da taxa de maturação, foram fixados em paraformoldeído para análise de HSP7 e HSP9 por western blott O estresse térmico não influenciou a taxa de maturação nuclear dos oócitos, porém influenciou a taxa de clivagem e de blastocisto A intensidade do sinal da HSP7 foi aumentado nos oócitos submetidos a estresse, em relação ao grupo controle, além disso as células cumulus mostraram um aumento significativo da intensidade de sinal dessa proteína à 4°C A HSP9 mostrou maior quantidade em oócitos maturados à 37°C, porém se mantendo estável nas demais temperaturas A menor taxa de blastocistos e a ação paralela das HSP´s demonstram que a produção in vitro de embriões é afetada quando a maturação in vitro ocorre em situações de estresse crônico (24 hs de MIV; 37°C e 4°C) E no experimento III foram avaliados complexos oócitos-cumulus (COCs) recuperados através da aspiração folicular guiada por ultrassonografia (OPU), de vacas Bos taurus x Bos indicus (Girolando) e Bos taurus (Pantaneira) Parte dos COCs viáveis foram submetidos a análise de imunofluorescência sob microscopia confocal para identificação das proteínas HSP7 e HSP9 Antes da realização de cada OPU, foi aferida a temperatura retal (TR) e frequência respiratória (FR) de cada animal O estresse térmico foi estimado pelo Indice de Temperatura do Globo e Umidade (ITGU) que foi calculado de acordo com a fórmula descrita por Buffington et al (1981) e classificados de acordo com o National Weather Service, 9 dias antes de cada OPU A rusticidade das raças Girolando e Pantaneira pode ser confirmada pela manutenção da TR e FR em nívies fisiológicos em ITGUs de até 94 A HSP nos oócitos foi influenciada pelo ITGUs para as duas raças, porem com comportamentos contrários No entanto, a raça Pantaneira sofreu efeitos negativos em ITGUs <78 demonstrando estresse em temperaturas mais amenas Por outro lado, observa-se que ITGUs >78 apresentam efeito deletério na qualidade do oócitos de vacas Girolando Aparentemente a raça Pantaneira reage negativamente em temperaturas mais baixas, já que apresentou menor viabilidade oocitária com ITGUs <78 Por outro lado observa-se que ITGUs de >79 aos 9 dias antes da OPU apresentam um efeito deletério na qualidade do oócitos de vacas GirolandoTese (Doutorado em Ciência Animal) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Ciência AnimalAbstract: Aiming to evaluate the effects of in vivo and in vitro thermal stress on oocyte competence and early embryonic development as well as on physiological parameters of cows of different breeds, they were conducted three experiments In the experiment I, the cumulus-oocyte complex (COCs) of Simmental cows matured in vitro at different temperatures (37°C, 385°C and 4°C) were evaluated Before maturation the oocytes were stained with Brilliant Cresilblue (BCB) and then categorized according to staining in BCB + and BCB- The labeled COCs (BCB +) were considered to be of better quality After maturation, embryos were produced in vitro and oocytes were evaluated by real-time PCR and immunofluorescence, for the evaluation of sirtuins, BCL11A and p53 The change in temperature (±1,5°C) of oocyte maturation adversely affects the blastocyst rate after in vitro fertilization, in addition to influencing gene expression important for cell protection Expression of the SIRT1, SIRT2, SIRT3, SIRT5, BCL11a and p53 genes were influenced by the maturation temperature in oocytes and granulosa cells In the experiment II, cumulus-oocyte complexes (COCs) of Nellore (Bos Taurus indicus) females were evaluated in vitro at different temperatures (37°C, 38,5°C and 4°C) After this period part of the COCs were submitted to embryo fertilization and culture and the other part, after determining the maturation rate, were fixed in paraformoldeído for analysis of HSP7 and HSP9 by western blot Thermal stress did not influence the maturation rate of oocytes, but influenced the rate of cleavage and blastocyst The signal intensity of HSP7 was increased in stressed oocytes compared to the control group, and cumulus cells showed a significant increase in the signal intensity of this protein at 4°C HSP9 showed higher numbers in oocytes matured at 37 ° C, but remained stable in the other temperatures The lower rate of blastocysts and the parallel action of HSPs demonstrate that the in vitro production of embryos is affected when in vitro maturation occurs in situations of chronic stress (24 hours of IVM) by cold and heat In the experiment III, cumulative oocytes (COCs) recovered through ultrasound-guided follicular aspiration (OPU), Bos taurus x Bos indicus (Girolando) and Bos taurus (Pantaneira) cows were evaluated Part of the viable COCs were submitted to immunofluorescence analysis under confocal microscopy for identification of HSP7 and HSP9 proteins Before each OPU, the rectal temperature (RT) and respiratory frequency (RF) of each animal were measured Thermal stress was estimated by the Black Globe Humidity Index (BGHI) which was calculated according to the formula described by Buffington et al (1981) classified according to the National Weather Service, 9 days before each OPU The rusticity of the Girolando and Pantaneira breeds can be confirmed by the maintenance of the RT and RF in physiological levels in BGHIs of up to 94 The HSP in the oocytes was influenced by the BGHIs for both breeds, but with opposite behaviors However, the Pantaneira breed had negative effects on BGHIs <78 demonstrating stress at warmer temperatures On the other hand, it is observed that BGHIs >78 have a deleterious effect on the quality of Girolando cow oocytes It appears that the Pantaneira breed reacts negatively at lower temperatures, since it presented lower oocyte viability with BGHI <78 On the other hand it is observed that ITGUs of> 79 at 9 days before OPU have a deleterious effect on the quality of Girolando cow oocytesMartins, Maria Isabel Melo [Orientador]Seneda, Marcelo MarcondesSantos, Kátia Cristina SilvaBarreiros, Thales Ricardo RigoDode, Margot Alves NunesSterza, Fabiana de Andrade Melo [Coorientadora]Cáceres, Mirela Brochado Souza2024-05-01T11:33:37Z2024-05-01T11:33:37Z2018.0011.05.2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/8432porDoutoradoCiência AnimalCentro de Ciências AgráriasPrograma de Pós-graduação em Ciência AnimalLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:19:53Zoai:repositorio.uel.br:123456789/8432Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:19:53Repositório Institucional da UEL - 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Resumo: Com o objetivo de avaliar a influência do estresse térmico sobre a competência oocitária, bem como sobre parâmetros fisiológicos de fêmeas bovinas de diferentes raças, foram realizados três experimentos No experimento I, foram avaliados complexo cumulus-oócitos (COCs) de vacas da raça Simental maturados in vitro em diferentes temperaturas (37°C, 38,5°C ou 4°C) Antes da maturação, os oócitos foram corados com Brilhante Cresilblue (BCB) e, classificados em BCB+ e BCB- Os COCs marcados (BCB+) eram considerados de melhor qualidade Após a maturação, foram produzidos embriões in vitro e os oócitos foram avaliados através de PCR em tempo real e imunofluorescência, para avaliação das sirtuínas, BCL11A e p53 A alteração da temperatura (±1,5°C) de maturação do oócito afetou negativamente a taxa de blastocisto após a fertilização in vitro, além de influenciar a expressão de gene importantes para a proteção celular A expressão dos genes SIRT1, SIRT2, SIRT3, SIRT5, BCL11a e p53 foi alterada pela temperatura de maturação, em oócitos e células da granulosa No experimento II foram avaliados complexo cumulus-oócitos (COCs) de fêmeas da raça Nelore (Bos Taurus indicus) maturados in vitro em diferentes temperaturas (37°C, 38,5°C e 4°C) Após esse período parte dos COCs foram submetidos a fecundação e cultivo dos embriões e a outra parte, após determinação da taxa de maturação, foram fixados em paraformoldeído para análise de HSP7 e HSP9 por western blott O estresse térmico não influenciou a taxa de maturação nuclear dos oócitos, porém influenciou a taxa de clivagem e de blastocisto A intensidade do sinal da HSP7 foi aumentado nos oócitos submetidos a estresse, em relação ao grupo controle, além disso as células cumulus mostraram um aumento significativo da intensidade de sinal dessa proteína à 4°C A HSP9 mostrou maior quantidade em oócitos maturados à 37°C, porém se mantendo estável nas demais temperaturas A menor taxa de blastocistos e a ação paralela das HSP´s demonstram que a produção in vitro de embriões é afetada quando a maturação in vitro ocorre em situações de estresse crônico (24 hs de MIV; 37°C e 4°C) E no experimento III foram avaliados complexos oócitos-cumulus (COCs) recuperados através da aspiração folicular guiada por ultrassonografia (OPU), de vacas Bos taurus x Bos indicus (Girolando) e Bos taurus (Pantaneira) Parte dos COCs viáveis foram submetidos a análise de imunofluorescência sob microscopia confocal para identificação das proteínas HSP7 e HSP9 Antes da realização de cada OPU, foi aferida a temperatura retal (TR) e frequência respiratória (FR) de cada animal O estresse térmico foi estimado pelo Indice de Temperatura do Globo e Umidade (ITGU) que foi calculado de acordo com a fórmula descrita por Buffington et al (1981) e classificados de acordo com o National Weather Service, 9 dias antes de cada OPU A rusticidade das raças Girolando e Pantaneira pode ser confirmada pela manutenção da TR e FR em nívies fisiológicos em ITGUs de até 94 A HSP nos oócitos foi influenciada pelo ITGUs para as duas raças, porem com comportamentos contrários No entanto, a raça Pantaneira sofreu efeitos negativos em ITGUs <78 demonstrando estresse em temperaturas mais amenas Por outro lado, observa-se que ITGUs >78 apresentam efeito deletério na qualidade do oócitos de vacas Girolando Aparentemente a raça Pantaneira reage negativamente em temperaturas mais baixas, já que apresentou menor viabilidade oocitária com ITGUs <78 Por outro lado observa-se que ITGUs de >79 aos 9 dias antes da OPU apresentam um efeito deletério na qualidade do oócitos de vacas Girolando |
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