O Plano de Parto no limiar do (re)conhecimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Araújo, Claudine Paula Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21533
Resumo: O Plano de Parto é um instrumento que auxilia na promoção da autonomia decisória de gestantes e parturientes. Ele foi pensado para ser uma ferramenta pedagógica que reúne suas escolhas envolvendo práticas e procedimentos que antecedem, acompanham e sucedem o parto. Apesar de estar no rol de boas práticas divulgado pela Organização Mundial de Saúde em 1996, cujas recomendações foram incorporadas no Brasil pelo Programa de Humanização do Parto e do Nascimento, em 2000, e pela Rede Cegonha, em 2011, verifica-se o Plano de Parto quase não aparece nos documentos oficiais propostos pelo Ministério da Saúde sobre práticas educativas no pré-natal, e, quando está inserido, não é apresentado adequadamente ou articulado a outras estratégias. Por isso, este estudo pretende analisar aspectos desse instrumento –  que ora aparece conceituado como um documento, ora como carta de intenções nas diferentes fontes de informação – , a partir de seu contexto de surgimento, das diferentes interpretações ao longo do tempo e dos problemas relacionados à sua legitimação nos dias atuais. Além disso, também será feita uma análise do panorama legislativo relacionado à política de humanização em caráter nacional, de modo a identificar como e se o Plano de Parto é vinculado ao movimento, além de observar também que tipo de caracterização ele recebe ao ser inserido no rol de direitos reprodutivos. No Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, ele surge como direito em 2016, no Município, em 2022, mas, nesse interregno, o Plano esteve no centro de disputas políticas, momento em que o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro se posicionou contrariamente à ferramenta ao proibir sua adesão e afirmar que seu uso restringe a autonomia profissional. Além disso, também serão investigados de que modo essa diretiva sobre apropriações com valores contrários aos seus fundamentos para ser transformada em uma ferramenta de controle e coação. 
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Apesar de estar no rol de boas práticas divulgado pela Organização Mundial de Saúde em 1996, cujas recomendações foram incorporadas no Brasil pelo Programa de Humanização do Parto e do Nascimento, em 2000, e pela Rede Cegonha, em 2011, verifica-se o Plano de Parto quase não aparece nos documentos oficiais propostos pelo Ministério da Saúde sobre práticas educativas no pré-natal, e, quando está inserido, não é apresentado adequadamente ou articulado a outras estratégias. Por isso, este estudo pretende analisar aspectos desse instrumento –  que ora aparece conceituado como um documento, ora como carta de intenções nas diferentes fontes de informação – , a partir de seu contexto de surgimento, das diferentes interpretações ao longo do tempo e dos problemas relacionados à sua legitimação nos dias atuais. Além disso, também será feita uma análise do panorama legislativo relacionado à política de humanização em caráter nacional, de modo a identificar como e se o Plano de Parto é vinculado ao movimento, além de observar também que tipo de caracterização ele recebe ao ser inserido no rol de direitos reprodutivos. No Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, ele surge como direito em 2016, no Município, em 2022, mas, nesse interregno, o Plano esteve no centro de disputas políticas, momento em que o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro se posicionou contrariamente à ferramenta ao proibir sua adesão e afirmar que seu uso restringe a autonomia profissional. Além disso, também serão investigados de que modo essa diretiva sobre apropriações com valores contrários aos seus fundamentos para ser transformada em uma ferramenta de controle e coação. The Birth Plan is an instrument that helps to promote the decision-making autonomy of pregnant and parturient persons. It was thought to be a pedagogical tool that brings together their choices involving practices and procedures that precede, accompany and follow the childbirth. Despite being on the list of good practices published by the World Health Organization in 1996, whose recommendations were incorporated in Brazil by the Program for the Humanization of Childbirth, in 2000, and by the "Rede Cegonha" program, in 2011, the Birth Plan almost does not appear in the official documents proposed by the Ministry of Health on educational practices in prenatal care, and, when it is inserted, it is not properly presented or managed with other strategies. Therefore, this study intends to analyze aspects of this instrument – which sometimes appears conceived as a document, sometimes as a letter of intent in different sources of information –, from its context of emergence, the different interpretations over time and the related problems to its legitimacy in the present day. In addition, an analysis of the legislative panorama related to the national humanization policy will be carried out, in order to identify how and if the Birth Plan is linked to the movement, also observing what type of characterization it receives when it is inserted in the list of reproductive rights. In the State of Rio de Janeiro, for example, it emerged as a right in 2016, in the Municipality, in 2022, but, in the meantime, the Plan was at the center of political disputes, when the Regional Council of Medicine of the State of Rio de Janeiro took a stand against it by prohibiting its adherence and stated that its use restricts professional autonomy. Finally, it will also be investigated how this directive on appropriations with values contrary to its grounds to be transformed into a tool of control and coercion.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade do Estado do Rio de JaneiroCentro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio CordeiroBrasilUERJPrograma de Pós-Graduação em Saúde ColetivaRusso, Jane AraujoNucci, Marina FicherMora, Claudia MercedesRodrigues, Andreza PereiraAraújo, Claudine Paula Silva de2024-03-06T14:55:30Z2023-03-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfARAÚJO, Claudine Paula Silva de. O Plano de Parto no limiar do (re)conhecimento. 2023. 189 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2023.http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21533porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJinstname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJ2025-02-10T17:17:44Zoai:www.bdtd.uerj.br:1/21533Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bdtd.uerj.br/PUBhttps://www.bdtd.uerj.br:8443/oai/requestbdtd.suporte@uerj.bropendoar:29032025-02-10T17:17:44Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false
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