“A batucada que se espalha nesse chão”: narrativas docentes, samba e educação antirracista São Gonçalo 2021
| Ano de defesa: | 2021 |
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| Autor(a) principal: | |
| Orientador(a): | |
| Banca de defesa: | |
| Tipo de documento: | Dissertação |
| Tipo de acesso: | Acesso aberto |
| Idioma: | por |
| Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais |
| Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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| Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
| País: |
Não Informado pela instituição
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| Palavras-chave em Português: | |
| Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19701 |
Resumo: | O samba, enquanto um dos principais baluartes da cultura afro-brasileira, fundamentou o meu processo de vida e formação: seja enquanto professor da Educação Básica seja como pesquisador acadêmico e folião dos desfiles das escolas de samba cariocas. Nesse sentido, tornou-se hermético tentar dissociar cada uma dessas áreas, pensar o quanto uma pode ter influenciado na outra e notar as possíveis suas similitudes entre elas, ao ponto de me apresentar como um professor-pesquisador-carnavalesco. Na busca de compreender esta trajetória, foi a partir do diálogo e da escuta ritmada com três professoras das infâncias da rede pública municipal do Rio de Janeiro, que pude ressignificar as práticas docentes, teorizar o vivido no ambiente escolar e pensar alternativas outras para uma educação antirracista assentada nas matrizes do samba. Para fazer circular tais valores e ver a batucada se espalhar pelo chão da escola, o samba não se torna o abre-alas da experiência pedagógica, se antes não houver uma postura combativa ao racismo e na defesa da diversidade, ancestralidade e da representatividade com um dos princípios orientadoras da proposta da instituição escolar. A partir das narrativas das professoras-pesquisadoras-carnavalescas, pude compreender que, quando se há uma perspectiva educativa de valorização da cultura afro-brasileira e dos saberes da comunidade, onde se situa a instituição, o samba pode contribuir para malandrear as estruturas hegemônicas da educação e dar o tom para compor repertórios negros em salas das aulas carnavalizantes. Entretanto, na ausência de tais preceitos, o racismo estrutural não é posto na encruzilhada a fim de problematizar epistemologicamente como ele pode minar a autoestima das crianças negras, seus sonhos e perspectivas de vida. |
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“A batucada que se espalha nesse chão”: narrativas docentes, samba e educação antirracista São Gonçalo 2021Culturas afro-brasileirasSamba-enredoPráticas antirracistasNarrativasAfro-Brazilian culturesSamba-enredoAnti-racist practicesNarrativesCIENCIAS HUMANAS::EDUCACAOO samba, enquanto um dos principais baluartes da cultura afro-brasileira, fundamentou o meu processo de vida e formação: seja enquanto professor da Educação Básica seja como pesquisador acadêmico e folião dos desfiles das escolas de samba cariocas. Nesse sentido, tornou-se hermético tentar dissociar cada uma dessas áreas, pensar o quanto uma pode ter influenciado na outra e notar as possíveis suas similitudes entre elas, ao ponto de me apresentar como um professor-pesquisador-carnavalesco. Na busca de compreender esta trajetória, foi a partir do diálogo e da escuta ritmada com três professoras das infâncias da rede pública municipal do Rio de Janeiro, que pude ressignificar as práticas docentes, teorizar o vivido no ambiente escolar e pensar alternativas outras para uma educação antirracista assentada nas matrizes do samba. Para fazer circular tais valores e ver a batucada se espalhar pelo chão da escola, o samba não se torna o abre-alas da experiência pedagógica, se antes não houver uma postura combativa ao racismo e na defesa da diversidade, ancestralidade e da representatividade com um dos princípios orientadoras da proposta da instituição escolar. A partir das narrativas das professoras-pesquisadoras-carnavalescas, pude compreender que, quando se há uma perspectiva educativa de valorização da cultura afro-brasileira e dos saberes da comunidade, onde se situa a instituição, o samba pode contribuir para malandrear as estruturas hegemônicas da educação e dar o tom para compor repertórios negros em salas das aulas carnavalizantes. Entretanto, na ausência de tais preceitos, o racismo estrutural não é posto na encruzilhada a fim de problematizar epistemologicamente como ele pode minar a autoestima das crianças negras, seus sonhos e perspectivas de vida.Samba, as one of the main bastions of Afro-Brazilian culture, founded my life and training process: either as a teacher of Basic Education, or as an academic researcher and reveler in the parades of Rio's samba schools. In this sense, it became hermetic to try to dissociate each of these areas, to think how much one may have influenced the other and to note the possible similarities between them, to the point of presenting myself as a teacher-researcher-carnival. In the search to understand this trajectory, it was from the dialogue and rhythmic listening with three teachers of childhood in the municipal public network of Rio de Janeiro, that I was able to re-signify teaching practices, theorize what was lived in the school environment and think about other alternatives for an education. anti-racist based on the samba matrices. To circulate such values and see the drumming spread across the school floor, samba does not become the opening of the pedagogical experience, if there is not a combative stance against racism and in the defense of diversity, ancestry and representativeness with a of the guiding principles of the proposal of the school institution. From the narratives of the carnival teachers-researchers, I was able to understand that, when there is an educational perspective of valuing the Afro-Brazilian culture and the knowledge of the community, where the institution is located, samba can contribute to trickery the hegemonic structures of the education and set the tone for composing black repertoires in carnival classes. However, in the absence of such precepts, structural racism is not placed at the crossroads in order to epistemologically problematize how it can undermine black children's self-esteem, their dreams and life perspectives.Universidade do Estado do Rio de JaneiroCentro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de ProfessoresBrasilUERJPrograma de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades SociaisAraújo, Mairce da Silvahttp://lattes.cnpq.br/1157936975342255Santos Júnior, Renato Noguera dos Santos JúniorCV: http://lattes.cnpq.br/7589245190503189Moraes, Marcelo José Derzihttp://lattes.cnpq.br/4674563730089198Pereira, José Valterhttp://lattes.cnpq.br/7309500118972901Moreira, Phellipe Patrizi2023-06-01T16:47:33Z2021-05-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfMOREIRA, Phellipe Patrizi. “A batucada que se espalha nesse chão”: narrativas docentes, samba e educação antirracista. 2021. 143 f. Dissertação (Mestrado em Educação – Processos Formativos e Desigualdades Sociais) - Faculdade de Formação de Professores, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, São Gonçalo, 2021.http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19701porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJinstname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJ2024-02-27T18:11:19Zoai:www.bdtd.uerj.br:1/19701Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bdtd.uerj.br/PUBhttps://www.bdtd.uerj.br:8443/oai/requestbdtd.suporte@uerj.bropendoar:29032024-02-27T18:11:19Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false |
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