Corpo e privação de liberdade: um estudo com presidiários na cidade de Manaus

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Oliveira, Hellen Pereira
• Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/2850400931815307
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas; Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais; Brasil; UFAM; Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia
• Palavras-chave em Português: Prisioneiros - Manaus (AM); Prisões - Manaus (AM); CIENCIAS HUMANAS: PSICOLOGIA; CIENCIAS HUMANAS; Psicologia; Corpo; Amazônia; Sistema Penitenciário; Privação de liberdade; Cárcere
• Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8998

A presente dissertação trata-se de um profundo olhar para o sistema prisional na cidade de Manaus, olhar esse que procurou apurar as dificuldades e a resiliência desses corpos privados de liberdade, buscando, dessa maneira, transpor no decorrer dessas páginas o apurado durante o desenrolar desse conceituado curso de mestrado. Segundo Castro (2018) ao interpretar Foucault, podemos falar de literatura no sentido moderno do termo quando essa linguagem, em que semiologia e exegese se superpõem, deixa de estar subordinada tanto aos objetos como ao sujeito; quando a sua função já não consiste em nomear as coisas do mundo exterior ou em expressar as ideias ou os sentimentos do mundo interior, mas em falar de si mesmo, em remeter a si mesmo. A literatura moderna existe só na rede dos livros já escritos. Dito isso, ressalto a importância em escrever sobre essas pessoas que, por muitas vezes, são esquecidas ou até interpretadas como a escória da sociedade. O trabalho que está sendo descrito no momento presente respondeu as seguintes questões: De que maneira o corpo se comporta quando entende a situação de cárcere? Como o sujeito se vê na situação de pessoa privada de liberdade? Quais os impactos físicos e psicológicos percebidos pelos corpos com privação de liberdade? Que tipo de corporeidade sobrevive a partir do Sistema Penitenciário? Tratou-se de um estudo que transcendeu a interdisciplinaridade, interligando sociologia e psicologia, com o objetivo de clarificar e ressaltar os benefícios provocados por um olhar diferenciado ao público supracitado. A metodologia utilizada é de natureza qualitativa, sendo a aplicação da análise do discurso como abordagem metodológica, que teve como base a teoria de Michel Foucault, pautada na ótica descritiva, exploratória de campo, por meio da observação no local do fenômeno a ser desvelado. A técnica de pesquisa utilizada foi a aplicação de questionário semiestruturado com perguntas abertas e fechadas. A aplicação do método da História de Vida como abordagem metodológica se apresentou de forma contínua - ressaltando que essa técnica foi desenvolvida por Znaniescki, na Polônia, caracterizando-se décadas depois como método de coleta de dados do sujeito em suas relações sociais e contextos conforme estão inseridos. Já a pesquisa bibliográfica se fez presente na maior parte do desenvolvimento do trabalho e teve importância crucial no processo de construção, colaborando para a descoberta de teóricos que permitiram a reflexão acerca dos assuntos abordados