Potencialidades do trabalho colaborativo nas práticas investigativas em educação matemática durante o estágio supervisionado de estudantes indígenas

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Castro, Rodrigo Brasil
• Outros Autores: ttp://lattes.cnpq.br/3566432613810356
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas; Faculdade de Educação; Brasil; UFAM; Programa de Pós-graduação em Educação
• Palavras-chave em Português: Professores - Formação - Amazonas; Matemática - Estudo e ensino (Estágio); Indígenas - Educação; Educação - Estudo e ensino; CIENCIAS HUMANAS; Trabalho Colaborativo; Estágio Supervisionado; Formação de Professores Indígenas; Práticas Investigativas em Educação Matemática
• Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9536

Se, nos tempos atuais, realizar atividades formativas nos Cursos de Licenciatura é um processo repleto de obstáculos, isso é ainda mais presente na Formação Inicial de Professores Indígenas. É nessa direção, portanto, que se encaminhou a nossa pesquisa, na discussão da problemática envolvendo a formação inicial de professores que ensinam Matemática nos contextos indígenas. Assim, como objeto de estudo, elegemos investigar as possíveis potencialidades do Trabalho Colaborativo no desenvolvimento das Práticas Investigativas em Educação Matemática (PIEM) na formação inicial de professores indígenas, durante a realização do Estágio Supervisionado. Deste modo, indagamos: Em que termos o Trabalho Colaborativo pode potencializar o uso das PIEM na Formação Inicial de Estudantes Indígenas? Com isso, objetivamos investigar as possíveis potencialidades do Trabalho Colaborativo no desenvolvimento das PIEM para Estudantes Indígenas durante a realização do Estágio Supervisionado. A pesquisa se ancora nas bases teóricas pertinentes às PIEM, modelo formativo oriundo dos estudos de Bacury (2017), que instiga mudanças e transformações nas futuras atitudes docentes ainda durante o Estágio Supervisionado. Como aporte teórico secundário, optamos por aliar esse modelo formativo de Bacuy (2017) aos estudos de Pimenta e Lima (2017), os de Ghedin, Oliveira e Almeida (2015) e Souza (2015), a fim de ampliar nossos conhecimentos sobre o desenvolvimento da pesquisa na disciplina. Além disso, tendo em vista que nossa pesquisa se relaciona com a Formação de Professores Indígenas, damos continuidade às pesquisas de Junior e Fortunado (2018), com o mapeamento no Banco de Teses e Dissertações da Capes no período de 2018 a 2022, nos programas de Pós-graduação situados na região Norte, subsidiando o entendimento das pesquisas realizados no contexto de diversidade sociocultural. Com relação aos percursos metodológicos, essa pesquisa apresenta os traços de uma abordagem qualitativa nas acepções de Bauer e Gaskell (2008) e, também, nos estudos de Yin (2016). Conhecendo os caminhos da investigação, optamos pela Pesquisa Colaborativa com base nos estudos de Ferreira (2012), Bacury (2017) e Bacury e Gonçalves (2018), para os quais o caminho da pesquisa está centralizada na reflexão da formação inicial do futuro professor de Matemática. Contamos, ainda, com as contribuições dos partícipes, no caso, os estudantes regularmente matriculados na disciplina de Estágio III, na área de Ciências Exatas e Biológica, do Curso de Licenciatura em Formação de Professores Indígenas/Faced/UFAM. Como lócus de pesquisa, tivemos o polo da região do Alto Rio Negro, localizado no município de São Gabriel da Cachoeira/AM. Como instrumento de recolha e análise de informações, na compreensão dos Percursos Formativos dos Futuros Professores Indígenas de Exatas e Biológicas – Alto Rio Negro, nos utilizamos das Narrativas de Formação desses partícipes, sobre temáticas que vão em direção aos “Princípios de Colaboração”, com base nos estudos de Ninin (2006; 2013; 2018) e Bacury (2017). No que concerne aos resultados dessa pesquisa, destacamos que o uso das PIEMs, sustentadas pelo Trabalho Colaborativo, durante a realização das disciplinas de estágio supervisionado no Curso FPI/Faced/UFAM da turma Alto Rio Negro/ área de Exatas e Biológicas, aponta para certas mudanças na postura dos estudantes indígenas como professores pesquisadores e investigadores de sua própria prática. Ao buscarem as compreensões sobre seu processo formativo e constitutivo na universidade, tomando como ponto de partida as histórias de suas comunidades; os meios econômicos; suas visões cosmológicas de mundo; as vozes das lideranças, e a importância da formação na Educação Superior, esses profissionais buscam fortalecer seus conhecimentos e contribuir com o ensino nas escolas indígenas de seus povos, bem como, a continuidade de sua caminhada acadêmica na formação continuada.