O caso da coceira na baía do Iguape (Bahia, Brasil)
Ano de defesa: | 2020 |
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Programa de Pós-Graduação em Ecologia: Teoria, Aplicação e Valores
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Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
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Link de acesso: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33248 |
Resumo: | No estuário do rio Paraguaçu (Bahia) os pescadores artesanais e marisqueiras têm relatado sentir uma forte coceira, quando entram em contato com a água e com a lama do rio para exercer suas atividades laborais, desde o ano de 2007. Os pescadores artesanais e marisqueiras sugerem diferentes causas para a coceira, dentre elas uma espécie de esponja identificada como Amorphinopsis atlantica Carvalho, Hajdu, Mothes & van Soest, 2004. Entretanto, não há informações precisas sobre a causa da coceira, constituindo uma lacuna pesquisa-prática. Assim, o presente estudo objetivou investigar a causa da coceira relatada pelos trabalhadores da pesca artesanal no estuário do rio Paraguaçu. Foi realizada pesquisa bibliográfica, entrevistas informais durante os primeiros contatos com a comunidade e visita às áreas do estuário onde havia relatos da coceira. Em seguida, um questionário semiestruturado foi respondido por 248 pescadores e marisqueiras de Santiago do Iguape/BA, para obter informações sociodemográficas e de percepção ambiental. Exemplares de A. atlantica foram coletados para a descrição de sua morfologia externa e de suas espículas. Além disso, foi realizado o georreferenciamento dos locais de ocorrência da espécie e dos locais de pesca/mariscagem da comunidade. Amostras de água foram coletadas em três locais para se verificar a existência de espículas livres. Dentre os entrevistados havia pescadores artesanais e marisqueiras com idade entre 20 e 70 anos e baixo nível de escolaridade. Os participantes associaram a ocorrência da coceira e da esponja no estuário do rio Paraguaçu com a instalação de empreendimentos na região. A operação da barragem e da hidrelétrica Pedra do Cavalo reduziram a vazão de água doce e a amplitude de salinidade do estuário do rio Paraguaçu, o que facilitou o estabelecimento de A. atlantica na baía do Iguape (BI), que por sua vez, pode causar a coceira nos pescadores artesanais e marisqueiras devido ao contato com as espículas silicosas. Em relação a morfologia externa A. atlantica é uma espécie incrustante, massiva e lobada. Sua coloração varia de amarela a cinza escuro esverdeado. Suas espículas são de dois tipos: as óxeas são lisas, retas ou levemente curvadas e os estilos são menores do que as óxeas, lisos e retos. Foram registrados 125 pontos de ocorrência da espécie na BI, os quais são próximos aos locais de pesca/mariscagem utilizados pelos pescadores artesanais. Amorphinopsis atlantica foi observada em cinco tipos de substrato e espículas de esponjas compatíveis com a morfologia descrita para as espículas de A. atlantica foram encontradas em todas as amostras de água. Os distúrbios causados no estuário do rio Paraguaçu pela hidrelétrica Pedra do Cavalo relacionados com a redução da vazão de água doce, alterações no regime de liberação de água e diminuição do intervalo de variação da salinidade do estuário são comentados. |
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Veloso Junior, Vanderlei da ConceiçãoVeloso Junior, Vanderlei da ConceiçãoSilva, Eduardo Mendes daMenegola, CarlaSilva, Eduardo Mendes daRodrigues, Gilberto GonçalvesLanna Neto, Emílio deMartins, Viviane SouzaSantos, Francisco Kelmo Oliveira2021-04-09T19:00:52Z2021-04-09T19:00:52Z2021-04-092020-02-28CDD 574.5CDU 574http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33248No estuário do rio Paraguaçu (Bahia) os pescadores artesanais e marisqueiras têm relatado sentir uma forte coceira, quando entram em contato com a água e com a lama do rio para exercer suas atividades laborais, desde o ano de 2007. Os pescadores artesanais e marisqueiras sugerem diferentes causas para a coceira, dentre elas uma espécie de esponja identificada como Amorphinopsis atlantica Carvalho, Hajdu, Mothes & van Soest, 2004. Entretanto, não há informações precisas sobre a causa da coceira, constituindo uma lacuna pesquisa-prática. Assim, o presente estudo objetivou investigar a causa da coceira relatada pelos trabalhadores da pesca artesanal no estuário do rio Paraguaçu. Foi realizada pesquisa bibliográfica, entrevistas informais durante os primeiros contatos com a comunidade e visita às áreas do estuário onde havia relatos da coceira. Em seguida, um questionário semiestruturado foi respondido por 248 pescadores e marisqueiras de Santiago do Iguape/BA, para obter informações sociodemográficas e de percepção ambiental. Exemplares de A. atlantica foram coletados para a descrição de sua morfologia externa e de suas espículas. Além disso, foi realizado o georreferenciamento dos locais de ocorrência da espécie e dos locais de pesca/mariscagem da comunidade. Amostras de água foram coletadas em três locais para se verificar a existência de espículas livres. Dentre os entrevistados havia pescadores artesanais e marisqueiras com idade entre 20 e 70 anos e baixo nível de escolaridade. Os participantes associaram a ocorrência da coceira e da esponja no estuário do rio Paraguaçu com a instalação de empreendimentos na região. A operação da barragem e da hidrelétrica Pedra do Cavalo reduziram a vazão de água doce e a amplitude de salinidade do estuário do rio Paraguaçu, o que facilitou o estabelecimento de A. atlantica na baía do Iguape (BI), que por sua vez, pode causar a coceira nos pescadores artesanais e marisqueiras devido ao contato com as espículas silicosas. Em relação a morfologia externa A. atlantica é uma espécie incrustante, massiva e lobada. Sua coloração varia de amarela a cinza escuro esverdeado. Suas espículas são de dois tipos: as óxeas são lisas, retas ou levemente curvadas e os estilos são menores do que as óxeas, lisos e retos. Foram registrados 125 pontos de ocorrência da espécie na BI, os quais são próximos aos locais de pesca/mariscagem utilizados pelos pescadores artesanais. Amorphinopsis atlantica foi observada em cinco tipos de substrato e espículas de esponjas compatíveis com a morfologia descrita para as espículas de A. atlantica foram encontradas em todas as amostras de água. Os distúrbios causados no estuário do rio Paraguaçu pela hidrelétrica Pedra do Cavalo relacionados com a redução da vazão de água doce, alterações no regime de liberação de água e diminuição do intervalo de variação da salinidade do estuário são comentados.In the Paraguaçu River estuary (Bahia State) since 2007 artisanal fishermen have reported feeling a strong itch when they come into contact with water and mud of the river to exercise their work activities. Artisanal fishermen suggest different causes for itching, including a species of sponge identified as Amorphinopsis atlantica Carvalho, Hajdu, Mothes & van Soest, 2004. However, there is no precise information on the cause of the itch, constituting a research-practice gap. Thus, the present study aimed to investigate the cause of the itch reported by artisanal fishermen in Paraguaçu River estuary. Bibliographic research, informal interviews were carried out during the first contacts with the community and visits to areas of the estuary where there were reports of itching. Then, a semi-structured questionnaire was answered by 248 fishermen from Santiago do Iguape/BA, to obtain sociodemographic and environmental perception information. Specimens of A. atlantica were collected to describe its external morphology and spicules. In addition, georeferencing of the species' occurrence sites and the community's fishing/shellfish locations was performed. Water samples were collected at three locations to check for free floating spicules. Among the interviewees there were artisanal fishermen aged between 20 and 70 years old and with a low level of education. Participants associated the occurrence of itching and sponge in the Paraguaçu River estuary with the installation of enterprises in the region. The operation of the Pedra do Cavalo dam reduced the freshwater flow and the salinity range of the Paraguaçu river estuary, which facilitated the establishment of A. atlantica in the Iguape Bay (IB) The establishment of this sponge species in the IB can cause itching in artisanal fishermen and shellfish gatherers due to contact with siliceous spicules. Regarding external morphology A. atlantica is an encrusting, massive and lobed species. Its color varies from yellow to dark greenish gray. Amorphinopsis atlantica spicules are of two types: the oxeas are smooth, straight or slightly curved and the styles are smaller than the oxeas, smooth and straight. Amorphinopsis atlantica occurrence was recorded in 125 locations in the IB, which are close to the fishing/shellfish areas used by artisanal fishermen. Amorphinopsis atlantica was observed in five types of substrate and spicules of sponges compatible with the morphology described for the spicules of A. atlantica were found in the water samples. The disturbances caused in the Paraguaçu River estuary by the Pedra do Cavalo dam related to the reduction of freshwater flow, changes in the water release regime and reduction of the range of variation of the estuary salinity are commented.Submitted by Vanderlei Veloso Junior (veloso05@gmail.com) on 2021-04-06T20:33:29Z No. of bitstreams: 1 Tese_Vanderlei_Veloso_FINAL.pdf: 6703322 bytes, checksum: 9f0692b5c84fc9140663c54442bbb45e (MD5)Approved for entry into archive by Setor de Periódicos (per_macedocosta@ufba.br) on 2021-04-09T19:00:52Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese_Vanderlei_Veloso_FINAL.pdf: 6703322 bytes, checksum: 9f0692b5c84fc9140663c54442bbb45e (MD5)Made available in DSpace on 2021-04-09T19:00:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese_Vanderlei_Veloso_FINAL.pdf: 6703322 bytes, checksum: 9f0692b5c84fc9140663c54442bbb45e (MD5)Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq):CHAMADA CNPQ/ICMBIO/FAPS n.18/2017: Pesquisa em Unidades de Conservação da Caatinga e Mata Atlântica); Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio): apoio técnico e logístico.2.05.00.00-9 EcologiaEcologiaEcologia dos estuários - Paraguaçu, Rio (BA)Ecologia dos manguezais - Iguape, Baía de (BA)Esponja - Iguape, Baía de (BA)Pesca artesanal - Paraguaçu, Rio, Estuário (BA)O caso da coceira na baía do Iguape (Bahia, Brasil)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisInstituto de BiologiaPrograma de Pós-Graduação em Ecologia: Teoria, Aplicação e ValoresUfbaBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALTese_Vanderlei_Veloso_FINAL.pdfTese_Vanderlei_Veloso_FINAL.pdfapplication/pdf6703322https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/33248/1/Tese_Vanderlei_Veloso_FINAL.pdf9f0692b5c84fc9140663c54442bbb45eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1442https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/33248/2/license.txt817035eff4c4c7dda1d546e170ee2a1aMD52TEXTTese_Vanderlei_Veloso_FINAL.pdf.txtTese_Vanderlei_Veloso_FINAL.pdf.txtExtracted texttext/plain231842https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/33248/3/Tese_Vanderlei_Veloso_FINAL.pdf.txt3b07af2ac799ee694e8d07d0ae977540MD53ri/332482022-07-05 14:03:54.569oai:repositorio.ufba.br:ri/33248VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBLgoKIFBlbG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8ODwqNvIGRlIGRvY3VtZW50b3MsIG8gYXV0b3Igb3Ugc2V1IHJlcHJlc2VudGFudGUgbGVnYWwsIGFvIGFjZWl0YXIgZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbsODwqdhLCBjb25jZWRlIGFvIFJlcG9zaXTDg8KzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgQmFoaWEgbyBkaXJlaXRvIGRlIG1hbnRlciB1bWEgY8ODwrNwaWEgZW0gc2V1IHJlcG9zaXTDg8KzcmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2YcODwqfDg8Kjby4gCgpFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7Dg8KjbyBleGNsdXNpdm9zLCBtYW50w4PCqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IvY29weXJpZ2h0LCBtYXMgZW50ZW5kZSBvIGRvY3VtZW50byBjb21vIHBhcnRlIGRvIGFjZXJ2byBpbnRlbGVjdHVhbCBkZXNzYSBVbml2ZXJzaWRhZGUuCgogUGFyYSBvcyBkb2N1bWVudG9zIHB1YmxpY2Fkb3MgY29tIHJlcGFzc2UgZGUgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzdHJpYnVpw4PCp8ODwqNvLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vuw4PCp2EgZW50ZW5kZSBxdWU6CgogTWFudGVuZG8gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHJlcGFzc2Fkb3MgYSB0ZXJjZWlyb3MsIGVtIGNhc28gZGUgcHVibGljYcODwqfDg8K1ZXMsIG8gcmVwb3NpdMODwrNyaW8gcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIGludGVncmFsLCBtYXMgbGliZXJhIGFzIGluZm9ybWHDg8Knw4PCtWVzIHNvYnJlIG8gZG9jdW1lbnRvIChNZXRhZGFkb3MgZGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXDg8Knw4PCo28gY2llbnTDg8KtZmljYSBjb20gYXMgcmVzdHJpw4PCp8ODwrVlcyBpbXBvc3RhcyBwZWxvcyBlZGl0b3JlcyBkZSBwZXJpw4PCs2RpY29zLgoKIFBhcmEgYXMgcHVibGljYcODwqfDg8K1ZXMgc2VtIGluaWNpYXRpdmFzIHF1ZSBzZWd1ZW0gYSBwb2zDg8KtdGljYSBkZSBBY2Vzc28gQWJlcnRvLCBvcyBkZXDDg8Kzc2l0b3MgY29tcHVsc8ODwrNyaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTDg8KzcmlvIG1hbnTDg8KpbSBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgbWFzIG1hbnTDg8KpbSBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byBhb3MgbWV0YWRhZG9zIGUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0YcODwqfDg8KjbyBkZXNzZSB0ZXJtbyBuw4PCo28gbmVjZXNzaXRhIGRlIGNvbnNlbnRpbWVudG8gcG9yIHBhcnRlIGRlIGF1dG9yZXMvZGV0ZW50b3JlcyBkb3MgZGlyZWl0b3MsIHBvciBlc3RhcmVtIGVtIGluaWNpYXRpdmFzIGRlIGFjZXNzbyBhYmVydG8uCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestrepositorio@ufba.bropendoar:19322022-07-05T17:03:54Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
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No estuário do rio Paraguaçu (Bahia) os pescadores artesanais e marisqueiras têm relatado sentir uma forte coceira, quando entram em contato com a água e com a lama do rio para exercer suas atividades laborais, desde o ano de 2007. Os pescadores artesanais e marisqueiras sugerem diferentes causas para a coceira, dentre elas uma espécie de esponja identificada como Amorphinopsis atlantica Carvalho, Hajdu, Mothes & van Soest, 2004. Entretanto, não há informações precisas sobre a causa da coceira, constituindo uma lacuna pesquisa-prática. Assim, o presente estudo objetivou investigar a causa da coceira relatada pelos trabalhadores da pesca artesanal no estuário do rio Paraguaçu. Foi realizada pesquisa bibliográfica, entrevistas informais durante os primeiros contatos com a comunidade e visita às áreas do estuário onde havia relatos da coceira. Em seguida, um questionário semiestruturado foi respondido por 248 pescadores e marisqueiras de Santiago do Iguape/BA, para obter informações sociodemográficas e de percepção ambiental. Exemplares de A. atlantica foram coletados para a descrição de sua morfologia externa e de suas espículas. Além disso, foi realizado o georreferenciamento dos locais de ocorrência da espécie e dos locais de pesca/mariscagem da comunidade. Amostras de água foram coletadas em três locais para se verificar a existência de espículas livres. Dentre os entrevistados havia pescadores artesanais e marisqueiras com idade entre 20 e 70 anos e baixo nível de escolaridade. Os participantes associaram a ocorrência da coceira e da esponja no estuário do rio Paraguaçu com a instalação de empreendimentos na região. A operação da barragem e da hidrelétrica Pedra do Cavalo reduziram a vazão de água doce e a amplitude de salinidade do estuário do rio Paraguaçu, o que facilitou o estabelecimento de A. atlantica na baía do Iguape (BI), que por sua vez, pode causar a coceira nos pescadores artesanais e marisqueiras devido ao contato com as espículas silicosas. Em relação a morfologia externa A. atlantica é uma espécie incrustante, massiva e lobada. Sua coloração varia de amarela a cinza escuro esverdeado. Suas espículas são de dois tipos: as óxeas são lisas, retas ou levemente curvadas e os estilos são menores do que as óxeas, lisos e retos. Foram registrados 125 pontos de ocorrência da espécie na BI, os quais são próximos aos locais de pesca/mariscagem utilizados pelos pescadores artesanais. Amorphinopsis atlantica foi observada em cinco tipos de substrato e espículas de esponjas compatíveis com a morfologia descrita para as espículas de A. atlantica foram encontradas em todas as amostras de água. Os distúrbios causados no estuário do rio Paraguaçu pela hidrelétrica Pedra do Cavalo relacionados com a redução da vazão de água doce, alterações no regime de liberação de água e diminuição do intervalo de variação da salinidade do estuário são comentados. |
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