À margem da economia: cachaça e protocampesinato negro no litoral sul fluminense (1800 - 1888)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Marques, Camila Moraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/16366
Resumo: No Brasil imperial, a província do Rio de Janeiro dividia-se em áreas econômicas específicas e interligadas que geralmente não se enquadravam ao modelo de plantation existente no Vale do Paraíba. O litoral sul fluminense especializou-se, durante a segunda metade do século XVIII, na fabricação da cachaça que, aos poucos, conquistava os mercados africanos fornecedores de escravos. A expansão do tráfico conduzida pelos negociantes cariocas esteve diretamente relacionada ao fortalecimento da produção da bebida em Angra dos Reis e Parati, até meados do Oitocentos. Neste momento, a abolição das importações de africanos inaugurava um novo contexto socioeconômico no litoral sul: a diminuição do comércio da cachaça ampliava a agricultura de abastecimento e, ao mesmo tempo, a venda de cativos para as áreas cafeeiras deslegitimava o escravismo, forçando o estabelecimento de novas relações de trabalho. As comunidades escravas cristalizaram-se e buscaram ampliar os espaços de autonomia dentro das grandes unidades rurais, formando o que chamamos de protocampesinato negro na segunda metade do século XIX
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spelling À margem da economia: cachaça e protocampesinato negro no litoral sul fluminense (1800 - 1888)História do BrasilTráfico de escravosEconomia - aspecto históricoCachaçaRio de Janeiro (Estado)No Brasil imperial, a província do Rio de Janeiro dividia-se em áreas econômicas específicas e interligadas que geralmente não se enquadravam ao modelo de plantation existente no Vale do Paraíba. O litoral sul fluminense especializou-se, durante a segunda metade do século XVIII, na fabricação da cachaça que, aos poucos, conquistava os mercados africanos fornecedores de escravos. A expansão do tráfico conduzida pelos negociantes cariocas esteve diretamente relacionada ao fortalecimento da produção da bebida em Angra dos Reis e Parati, até meados do Oitocentos. Neste momento, a abolição das importações de africanos inaugurava um novo contexto socioeconômico no litoral sul: a diminuição do comércio da cachaça ampliava a agricultura de abastecimento e, ao mesmo tempo, a venda de cativos para as áreas cafeeiras deslegitimava o escravismo, forçando o estabelecimento de novas relações de trabalho. As comunidades escravas cristalizaram-se e buscaram ampliar os espaços de autonomia dentro das grandes unidades rurais, formando o que chamamos de protocampesinato negro na segunda metade do século XIXAt Imperial Brazil, the province of Rio de Janeiro divided itself in joined specific economics areas that usually doesn´t fit to the plantation model invigorated in Vale do Paraíba. South Littoral Fluminense were specialized in ‘cachaça’ production during the second half XVIII century, and this production conquered slowly the Africans slaves furnishers markets. Black slaves traffic expansion leaded by cariocas’ traders was directly reported to the ‘cachaça’s’ production encouragement, principally in Angra dos Reis and Paraty, till early XVIII century. This time was distinguished by the black slave external traffic abolition, and a new historical moment begins in the South Littoral social economic context: the reduction of ‘cachaça’s’ trade enlarged the supply agriculture, and in another hand the internal black slave traffic for coffee producer areas were deprived of legitimization, forcing a new work relationship. Communities slaves, crystallized as a community (because they become stabilized in families) and fight for create new work relationships inside the big rural properties, being, at the XIX century, the called black ‘protocampesinato’126 f.NiteróiCastro, Hebe Maria da Costa Mattos Gomes deFerreira, Maria Verónica SecretoGuimarães, Elione SilvaMarques, Camila Moraes2020-12-15T19:27:37Z2020-12-15T19:27:37Z2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfMARQUES, Camila Morães. À margem da economia: cachaça e protocampesinato negro no litoral sul fluminense (1800-1888). 2011. 126 f. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2011.https://app.uff.br/riuff/handle/1/16366Aluno de Mestradoark:/87559/0013000015wdthttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-07-18T13:08:21Zoai:app.uff.br:1/16366Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202022-07-18T13:08:21Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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