A presença da experiência vivida na constituição lírica de Mário de Andrade e de Carlos Drummond

• Ano de defesa: 2014
• Autor(a) principal: Vieira, Priscila Cardoso
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás; Faculdade de Letras - FL (RG); Brasil; UFG; Programa de Pós-graduação em Letras e Linguística (FL)
• Palavras-chave em Português: Subjetividade; Experiência do vivido; Mário de Andrade; Drummond; Subjectivity; Experience of lived; Mario de Andrade; LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA
• Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/4983

Esta dissertação tem como objetivo geral analisar a constituição lírica de Mário de Andrade e de Carlos Drummond a partir da leitura de três livros de cada autor: Losango cáqui, Clã do jabuti, Remate de males; Sentimento do mundo, José e Rosa do povo. Faremos esse percurso guiados pela noção de sujeito lírico proposta por Combe (2009-2010) e pela noção de autor proposta por Bakhtin (1997). O nosso intuito é encontrar vestígios desses autores refletidos na criação lírica. Para isso, queremos observar a relação entre criação poética e experiência do vivido. Buscamos, nesse processo, mapear o percurso que o sujeito lírico faz a fim de observarmos as escolhas que recaem nessa poesia. Nosso pressuposto é o de que Mário e Drummond sofrem o mundo de maneira contingencialmente ampliada. Sendo assim, esperamos encontrar subjetividades que se dirijam ao outro, inseridas em contextos históricos específicos. Visamos a compreender como a experiência do vivido repercute nas escolhas literárias de cada poeta. Com isso, esperamos verificar também de que modo os problemas sociais ganham corpo nessas duas poéticas. O processo investigativo que adotamos está dividido em três etapas. A primeira consiste em observar de que maneira os poemas de Mário e de Drummond direcionam-se ao outro e aos problemas sociais. A segunda etapa consiste em analisar, a partir dos três livros de Mário, de que forma a subjetividade lírica direciona-se ao outro. E levaremos em conta a sua relação com o contexto social brasileiro. Na última etapa, nós analisamos o sujeito lírico drummondiano a partir da mesma perspectiva que adotamos na análise em relação a Mário, observando as semelhanças e as diferenças entre os dois poetas ao se direcionarem ao outro.