Representatividade importa? : representação, imagens de controle e uma proposta de representatividade a partir das personagens mulheres negras em Malhação: Viva a diferença

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Olívia Luiza Pilar de Souza
• Orientador(a): Vanessa Veiga de Oliveira
• Banca de defesa: Rosane da Silva Borges, Ana Carolina Soares Costa Vimieiro
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social
• Departamento: FAF - DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Representatividade; Representação; Imagens de controle; Mulheres negras; Malhação : Viva a diferença
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/36631; https://orcid.org/0000-0002-9648-4817

As discussões acerca da representação de grupos marginalizados em produções culturais vêm ocupando espaço na sociedade, tanto em redes sociais quanto no cotidiano. Nosso objetivo aqui é entender o que seria de fato a noção de representatividade, tendo como objeto de estudo as personagens mulheres negras em Malhação: Viva a diferença (2017/2018) transmitida pela Rede Globo. A partir da base teórica da representação, dos estereótipos como imagens de controle, e de um histórico que busca explicar a ausência e também a presença problemática de personagens negros em telenovelas; essa pesquisa se propõe a compreender em que consiste uma noção ampliada do conceito de representatividade e por que ela importa, a partir da análise das personagens mulheres negras na telenovela Malhação: Viva a diferença. Para tanto, realizamos uma revisão da noção de representação política e a representatividade nesse contexto, uma apresentação da representação social e da representação simbólica, uma aproximação com a noção de representação por Stuart Hall e destacamos indícios que comprovam as diferenças entre representação e representatividade. Em seguida, apresentamos a base teórica de Stuart Hall sobre estereótipos, a aproximamos com a noção de imagens de controle de Patricia Hill Collins e destacamos as imagens de controle que atuam sobre as mulheres brasileiras a partir de algumas intelectuais, entre elas Lélia Gonzalez; apresentamos também as resistências e contestações aos estereótipos e às imagens de controle. A partir da perspectiva de racismo estrutural, interseccionalidade e de um histórico das personagens mulheres negras em telenovelas, destacamos a ausência e a presença problemática desse grupo nesse meio; apresentamos a relevância de se estudar as juventudes, a representatividade como uma luta emancipatória e a importância do objeto empírico. Como análise, utilizamos a noção de enquadramento e os eixos de resistência às imagens de controle. Nossos achados apontam para a representatividade como uma noção ampliada e normativa e, portanto, um processo. Ela teria então sete eixos: a representação, o quantitativo, os não-estereótipos, os personagens, as camadas, o protagonismo e a produção. Constituímos assim um Teste de Representatividade para a checagem de representações em produtos midiáticos.