Sítio Arqueológico da Mina de Cata Branca : invisibilidade estrategicamente mantida
Ano de defesa: | 2023 |
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Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Antropologia
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Departamento: |
FAF - DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA
|
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/53204 |
Resumo: | Localizada na região do atual Pico do Itabirito, a mina de Cata Branca pertenceu à companhia mineradora inglesa Brazilian Company, que operou entre 1832 até meados de 1844, quando um desastre de proporções trágicas encerrou suas atividades: o desmoronamento de sua galeria central soterrou um número controverso de trabalhadores, em sua imensa maioria, escravizados. Produto inequívoco das condições precárias e insalubres do trabalho na mineração, o desastre de Cata Branca evidencia a permanência e a recorrência de eventos catastróficos decorrentes do modelo predatório de exploração que se implantou em Minas Gerais, atravessando séculos. Atualmente, inserido em uma unidade de conservação – Reserva de Proteção do Patrimônio Natural (RPPN) –, instituída pela empresa mineradora proprietária da área, o sítio arqueológico Mina de Cata Branca preserva em sua paisagem vestígios remanescentes do antigo empreendimento minerário. Apesar de seu inquestionável valor cultural, o sítio arqueológico de Cata Branca não se encontra acautelado pelas políticas que conferem proteção específica aos bens culturais. A invisibilidade de seu patrimônio arqueológico é estrategicamente mantida, afinal a quem interessa preservar memórias e patrimônios inconvenientes, que evidenciam a perpetuação do modelo econômico colonial, baseado na lógica perversa de exploração extrema de seres humanos e do meio ambiente? A questão central desta dissertação é discutir a dimensão ética do esquecimento de um patrimônio cultural que, diretamente associado a um desastre da mineração, permanece à margem das políticas de proteção, mesmo no momento atual em que as tragédias provocadas pelos rompimentos de barragens de rejeitos reativaram a memória sobre o potencial destrutivo da atividade. |
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Atualmente, inserido em uma unidade de conservação – Reserva de Proteção do Patrimônio Natural (RPPN) –, instituída pela empresa mineradora proprietária da área, o sítio arqueológico Mina de Cata Branca preserva em sua paisagem vestígios remanescentes do antigo empreendimento minerário. Apesar de seu inquestionável valor cultural, o sítio arqueológico de Cata Branca não se encontra acautelado pelas políticas que conferem proteção específica aos bens culturais. A invisibilidade de seu patrimônio arqueológico é estrategicamente mantida, afinal a quem interessa preservar memórias e patrimônios inconvenientes, que evidenciam a perpetuação do modelo econômico colonial, baseado na lógica perversa de exploração extrema de seres humanos e do meio ambiente? A questão central desta dissertação é discutir a dimensão ética do esquecimento de um patrimônio cultural que, diretamente associado a um desastre da mineração, permanece à margem das políticas de proteção, mesmo no momento atual em que as tragédias provocadas pelos rompimentos de barragens de rejeitos reativaram a memória sobre o potencial destrutivo da atividade.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em AntropologiaUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIAAntropologia - TesesMinas e mineração - TesesSitios arqueológicos - TesesPatrimônio cultural - TesesMinaSítio arqueológicoPatrimônio culturalSítio Arqueológico da Mina de Cata Branca : invisibilidade estrategicamente mantidainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALVersão Final Dissertação Neise Mendes Duarte.pdfVersão Final Dissertação Neise Mendes Duarte.pdfapplication/pdf7298446https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/53204/1/Vers%c3%a3o%20Final%20Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Neise%20Mendes%20Duarte.pdfa2be17607f8122f3df1c0ad497582e32MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/53204/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/532042023-05-12 13:07:46.176oai:repositorio.ufmg.br:1843/53204TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-05-12T16:07:46Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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