Architecto moderno na cidade: traços e rastros de Luiz Olivieri em Belo Horizonte
Ano de defesa: | 2012 |
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Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9A3JM6 |
Resumo: | Luiz Olivieri chegou a Belo Horizonte em 1895, como desenhista da Comissão Construtora da Nova Capital onde viveu até 1937, ano de sua morte. Graduado em Florença, teve uma formação que lhe permitiu atuar como arquiteto, sua principal atividade profissional, e também como desenhista, escultor e pintor. Vestígios de sua presença, suas obras arquitetônicas permaneceram em lugares centrais da cidade. Sua produção não se reduz às obras arquitetônicas, materializadas em pedra e outros materiais no solo da cidade. Existem esculturas de sua autoria no Museu Histórico Abílio Barreto, assim como cartões postais que a ele pertenceram e outros objetos. Há também exemplares da primeira e segunda edição do livro elaborado por ele, O Architecto Moderno no Brasil. Além desses objetos, os projetos de sua autoria aprovados para construção estão no Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte. A existência de suas produções na cidade foi essencial para que o problema central da tese se apresentasse: a análise da marca de um habitante da urbe que, dentro de determinada gama de possibilidades, agiu e contribuiu para a configuração do espaço urbano, para a formação da paisagem urbana de Belo Horizonte em suas primeiras décadas. Para a abordagem do indivíduo e da cidade, construiu se uma biografia micro histórica que relacionou passado presente futuro, tanto no momento de vida do arquiteto como também no momento em que suas obras tornaram se patrimônio da cidade de Belo Horizonte. O sensível partilhado tanto por Olivieri no momento de sua existência quanto pelos homens que posteriormente partilharam a necessidade da permanência de suas obras no espaço urbano fez com que as marcas de Olivieri na cidade se mostrassem simbolicamente representativas de um tempo. Buscou-se, na tese, a reflexão sobre a forma como se dá o fazer do historiador por meio dos vestígios existentes, como se constrói a história em textos e a história de um homem em um espaço biográfico. Retletiu-se sobre a dupla dimensão temporal do fazer do historiador e do habitante que pensa a urbe e nela age em sua existência temporal: entre expectativa e experiência, os homens agem nos diversos presentes em andamento. A abordagem da vida de Olivieri serviu para essa reflexão de fundo e também para se compreender a existência de um arquiteto, em suas redes de sociabilidade, nas primeiras décadas da capital. |
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Regina Helena Alves da SilvaAna Lucia Duarte LannaAndréa Casa Nova MaiaYacy Ara Froner GoncalvesLuiz Henrique Assis GarciaRita Lages Rodrigues2019-08-14T10:54:15Z2019-08-14T10:54:15Z2012-12-14http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9A3JM6Luiz Olivieri chegou a Belo Horizonte em 1895, como desenhista da Comissão Construtora da Nova Capital onde viveu até 1937, ano de sua morte. Graduado em Florença, teve uma formação que lhe permitiu atuar como arquiteto, sua principal atividade profissional, e também como desenhista, escultor e pintor. Vestígios de sua presença, suas obras arquitetônicas permaneceram em lugares centrais da cidade. Sua produção não se reduz às obras arquitetônicas, materializadas em pedra e outros materiais no solo da cidade. Existem esculturas de sua autoria no Museu Histórico Abílio Barreto, assim como cartões postais que a ele pertenceram e outros objetos. Há também exemplares da primeira e segunda edição do livro elaborado por ele, O Architecto Moderno no Brasil. Além desses objetos, os projetos de sua autoria aprovados para construção estão no Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte. A existência de suas produções na cidade foi essencial para que o problema central da tese se apresentasse: a análise da marca de um habitante da urbe que, dentro de determinada gama de possibilidades, agiu e contribuiu para a configuração do espaço urbano, para a formação da paisagem urbana de Belo Horizonte em suas primeiras décadas. Para a abordagem do indivíduo e da cidade, construiu se uma biografia micro histórica que relacionou passado presente futuro, tanto no momento de vida do arquiteto como também no momento em que suas obras tornaram se patrimônio da cidade de Belo Horizonte. O sensível partilhado tanto por Olivieri no momento de sua existência quanto pelos homens que posteriormente partilharam a necessidade da permanência de suas obras no espaço urbano fez com que as marcas de Olivieri na cidade se mostrassem simbolicamente representativas de um tempo. Buscou-se, na tese, a reflexão sobre a forma como se dá o fazer do historiador por meio dos vestígios existentes, como se constrói a história em textos e a história de um homem em um espaço biográfico. Retletiu-se sobre a dupla dimensão temporal do fazer do historiador e do habitante que pensa a urbe e nela age em sua existência temporal: entre expectativa e experiência, os homens agem nos diversos presentes em andamento. A abordagem da vida de Olivieri serviu para essa reflexão de fundo e também para se compreender a existência de um arquiteto, em suas redes de sociabilidade, nas primeiras décadas da capital.Luiz Olivieri came to Belo Horizonte in l895, where he stayed until 1937, the year of his death, as a member of Comissao Construtora da Nova Capital. Graduated in Florence, he worked at Belo Horizonte as an architect, his main professional activity, as well as a designer, sculptor and painter. Traces of his presence remained in central places of the city, his architectural masterpieces are still in key positions. His production is not limited to architectural works, materialized in stone and other materials in the city. There are sculptures of his own in Museu Historico Abilio Barreto, as well as postcards that belonged to him and other objects. There are also copies of the first and second edition of the book O Architecto no Brasil, written by him. In addition to these objects, there are designs of his own that are approved for construction in the city. The existence of his productions in the city was essential to the central problem of the thesis: the analysis of the mark of an inhabitant of the town that, within a certain range of possibilities, acted and contributed to the configuration of Belo Horizonte urban space in its early decades. To approach the individual and the city, a micro historical biography was written considering the relation between the past, the present and the future, at the time of the architect's life and also at the time that his works became heritage of Belo Horizonte. The sensitive shared by Olivieri at the time of its existence, and by the men who later shared the need for permanence of his works in the urban space, shows us that Olivieri left marks in the city that represents a time. We tried to think over the historian work through the existing remains, writing a text about a man in a biographical space. We considered the dual temporal dimension: the making of the historian and the resident of the town that thinks and acts in its temporal existence: between expectation and experience, men act in many ongoing presents. The approach of Olivieris life served as background to this debate and also to understand the existence of an architect in their social networks, in the first decades of the capital.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGBelo Horizonte HistóriaOlivieri, Luiz, 1869-1937HistóriaPatrimônioArquiteturaMicro-históriaPatrimônio materialBelo HorizonteLuiz OlivieriArquiteturaArchitecto moderno na cidade: traços e rastros de Luiz Olivieri em Belo Horizonteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALd__tese_final_biblioteca_pdf_tese_rita_lages_rodrigues.pdf.pdfapplication/pdf21096710https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9A3JM6/1/d__tese_final_biblioteca_pdf_tese_rita_lages_rodrigues.pdf.pdfd2d8faa142252132bd0704abfb998386MD51TEXTd__tese_final_biblioteca_pdf_tese_rita_lages_rodrigues.pdf.pdf.txtd__tese_final_biblioteca_pdf_tese_rita_lages_rodrigues.pdf.pdf.txtExtracted texttext/plain425315https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9A3JM6/2/d__tese_final_biblioteca_pdf_tese_rita_lages_rodrigues.pdf.pdf.txta147b2ba0670ec281c2cce06ccd66100MD521843/BUOS-9A3JM62019-11-14 11:21:37.149oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9A3JM6Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T14:21:37Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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