Aplicação de uma metodologia para dimensionamento da Equipe de Enfermagem em uma Unidade de Internação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Natasha Preis Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
ENFERMAGEM - ESCOLA DE ENFERMAGEM
Programa de Pós-Graduação em Gestão de Serviços de Saúde
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/43788
https://orcid.org/0000-0003-4235-9997
Resumo: O desafio de dimensionar de forma segura e responsável a equipe de enfermagem exige um método que estabeleça não só o quantitativo de pessoal, mas também leve em consideração as diversas variáveis que compõem o fazer desses profissionais nas instituições hospitalares. Os instrumentos que utilizam o sistema de classificação de pacientes (SCP) disponíveis, entre eles, os instrumentos de Fugulin e Perroca, são amplamente utilizados nas instituições hospitalares, por meio da qual é possível estabelecer critérios equânimes para melhor provimento de recursos humanos de enfermagem no atendimento aos pacientes. Contudo, o Nursing Activities Score (NAS) é uma outra ferramenta que suporta a discussão sobre mensuração da carga de trabalho de enfermagem, que se baseia não no princípio de agrupar e classificar os pacientes como os SCP, mas sim nas atividades desenvolvidas no cuidado ao paciente e na sua duração média. Por essa abordagem de análise das atividades, o NAS tem ganhado espaço em outros setores de internação, não apenas mais na Terapia Intensiva, para a qual foi desenvolvido. Esse estudo teve como objetivo elaborar uma metodologia para dimensionar a equipe de enfermagem de uma unidade de internação de um hospital público. Trata-se de uma Pesquisa Convergente Assistencial (PCA) de natureza qualitativa, que se desenvolve por meio das seguintes fases: concepção, instrumentação, perscrutação, análise e interpretação. Nas fases de concepção e instrumentação, foi escolhida a unidade de cuidados progressivos do 3º andar do Hospital João XXIII e o público de enfermeiros como participantes do estudo. Foi também definida a escala do NAS como o instrumento mais adequado para mensurar a carga de trabalho da unidade, por meio do coeficiente de Spearman´s rho, após aplicação retroativa das escalas de Fugulin, Perroca e NAS por 30 dias com dados dos prontuários dos pacientes. Com a escala definida e análise das horas de enfermagem coletadas, a unidade foi classificada como de cuidados semi-intensivos. Foi realizado o dimensionamento de enfermagem da unidade à luz das recomendações da resolução do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), com os dados gerados pela aplicação do NAS e comparados com o dimensionamento atual. O dimensionamento da unidade está inadequado de acordo com a legislação em relação ao quantitativo de enfermeiros e precisa ser ajustado para reduzir a carga de trabalho da equipe. Posteriormente os enfermeiros foram capacitados para a utilização do NAS à beira leito e foi elaborado a descrição da rotina, por meio do procedimento operacional padrão, de aplicação do instrumento. Considerando os apontamentos feitos pelos enfermeiros nas notas de observação, foi também elaborado um impresso para auxiliar no dimensionamento da equipe de enfermagem a cada turno de 12 horas. Conclui-se que a pesquisa convergente assistencial foi uma metodologia adequada para este estudo, pois contribuiu para um maior envolvimento dos enfermeiros do cenário da pesquisa, que se tornaram também participantes desta e passaram a compreender a importância do dimensionamento no dia a dia de suas. Como fatores limitantes deste estudo destacamos a utilização somente dos registros dos enfermeiros, pois o NAS não diferencia as atividades pelas categorias de enfermagem e muitas outras atividades podem ter sido realizadas pela equipe técnica e que não foram levadas em consideração. Devido ao prazo, não foi possível o esclarecimento das dúvidas dos enfermeiros em relação ao uso do instrumento do NAS. Espero que esse estudo possa contribuir para a melhoria da gestão da assistência de enfermagem.
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