Memória, diário e romance em o Amanuense Belmiro.
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Programa de Pós-Graduação em Letras. Departamento de Letras, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2852 |
Resumo: | Essa pesquisa concentra-se na abordagem da memória como temática e parte decisiva da construção literária de O amanuense Belmiro, romance de Cyro dos Anjos, publicado em 1937. Nesse romance, temos toda a construção de uma realidade conflituosa, em que a memória exercerá um papel estruturador. O narrador-personagem, Belmiro Borba, está empenhado em escrever suas memórias, porém, o presente se insinua e seu projeto inicial termina em diário. Contudo, ao escrever sobre o presente, Belmiro não consegue evitar as constantes evocações ao seu passado. Assim, o romance incorpora o diário e as memórias em sua estrutura. A partir disso, temos por objetivo inicial, a caracterização da obra através da apresentação das formulações de Bakhtin a esse respeito. Como a narrativa em questão aborda uma relação entre o projeto memorialístico desejado por Belmiro e a elaboração do diário que ele engendra, esse trabalho também se propõe a realizar uma leitura comparativa entre O amanuense Belmiro e A menina do sobrado (1979), obra memorialística do mesmo autor, no intuito de analisar as fronteiras entre romance e memória. Em seguida, trataremos das relações que o romance estabelece entre ficção, autobiografia e representação da memória. Nesse sentido, nosso objetivo é analisar a tematização da memória – através das reflexões do personagem sobre o passado e a memória, além da associação entre memória e imaginação –, a intrínseca relação entre realidade, ficção e imaginário e a relação entre o diário e o projeto de memórias, que se inserem no romance. Tendo em vista a riqueza das relações intertextuais contidas no romance, também analisaremos a dimensão da memória, sob o viés da mnemônica intertextual. Para finalizar, analisaremos a fortuna crítica do romance, selecionando as leituras críticas que julgamos mais relevantes e contrapondo à nossa interpretação. |
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