Análises regionais em Petrolina-PE: transformações socioeconômicas e migração
Ano de defesa: | 2016 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Geografia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26488 |
Resumo: | O presente trabalho visa tecer considerações acerca do município sertanejo de Petrolina – PE e sua dinâmica migratória. Tal município se destaca, assim como Juazeiro – BA, dos demais, pois, em ambos, a presença do Estado, enquanto condutor de políticas públicas voltadas para a dinamização econômica, especialmente no que diz respeito ao espaço agrário, foi bastante forte, contribuindo para que houvesse transformações profundas no todo municipal. Salienta-se que tais políticas tinham um caráter regional que visavam romper com a forma de viver, de comercializar e de produzir historicamente construídas, pois eram tidas como arcaicas e responsáveis pela pobreza da população, sendo consideradas, portanto, antagônicas ao processo de urbanização e industrialização nacional, pretendido a partir da segunda metade do século XX. O Estado agiu, em princípio, na demarcação de terras que seriam doadas aqueles que tivessem condições de investir financeiramente na produção de culturas pré-determinadas. Posteriormente, atraiu investidores de diversas partes do País, a partir da concessão creditícia. Concretizou-se, assim, a aliança Estado-capital nos denominados Perímetros Irrigados, alicerçando os rearranjos socioeconômicos necessários para o fortalecimento do modus operandi de produção capitalista no espaço agrário. Ao mesmo tempo em que o município cresceu vertiginosamente, em termos econômicos, foi acentuada a questão agrária, dada a concentração de terra, a exacerbação de um modelo de produção específica, no caso, a fruticultura irrigada, a sujeição de muitos agricultores à renda da terra e ao estabelecimento da divisão social e territorial do trabalho, primeiramente, nas empresas agroindustriais, mas, a posteriori, expandida para os demais setores. A dinamicidade e as transformações concomitantes, no entanto, não se espalharam espacialmente pela região, com exceção de Juazeiro. Nesse sentido, constata-se que Petrolina foi alvo privilegiado da seletividade intrínseca às políticas públicas e ao interesse do capital, o que, por sua vez, influenciou o panorama migratório local, dada a atratividade que o município passou a exercer frente aos demais. |
id |
UFPE_4b62ad6c0e953ba75e70d3f4b3622a5f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/26488 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
|
spelling |
VILARIM, Mariana de Albuquerquehttp://lattes.cnpq.br/4665659182659699http://lattes.cnpq.br/9294713752237494GONÇALVES, Claudio UbiratanFUSCO, Wilson2018-09-13T23:03:14Z2018-09-13T23:03:14Z2016-07-18https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26488O presente trabalho visa tecer considerações acerca do município sertanejo de Petrolina – PE e sua dinâmica migratória. Tal município se destaca, assim como Juazeiro – BA, dos demais, pois, em ambos, a presença do Estado, enquanto condutor de políticas públicas voltadas para a dinamização econômica, especialmente no que diz respeito ao espaço agrário, foi bastante forte, contribuindo para que houvesse transformações profundas no todo municipal. Salienta-se que tais políticas tinham um caráter regional que visavam romper com a forma de viver, de comercializar e de produzir historicamente construídas, pois eram tidas como arcaicas e responsáveis pela pobreza da população, sendo consideradas, portanto, antagônicas ao processo de urbanização e industrialização nacional, pretendido a partir da segunda metade do século XX. O Estado agiu, em princípio, na demarcação de terras que seriam doadas aqueles que tivessem condições de investir financeiramente na produção de culturas pré-determinadas. Posteriormente, atraiu investidores de diversas partes do País, a partir da concessão creditícia. Concretizou-se, assim, a aliança Estado-capital nos denominados Perímetros Irrigados, alicerçando os rearranjos socioeconômicos necessários para o fortalecimento do modus operandi de produção capitalista no espaço agrário. Ao mesmo tempo em que o município cresceu vertiginosamente, em termos econômicos, foi acentuada a questão agrária, dada a concentração de terra, a exacerbação de um modelo de produção específica, no caso, a fruticultura irrigada, a sujeição de muitos agricultores à renda da terra e ao estabelecimento da divisão social e territorial do trabalho, primeiramente, nas empresas agroindustriais, mas, a posteriori, expandida para os demais setores. A dinamicidade e as transformações concomitantes, no entanto, não se espalharam espacialmente pela região, com exceção de Juazeiro. Nesse sentido, constata-se que Petrolina foi alvo privilegiado da seletividade intrínseca às políticas públicas e ao interesse do capital, o que, por sua vez, influenciou o panorama migratório local, dada a atratividade que o município passou a exercer frente aos demais.FACEPEThis study makes considerations on the countryside municipality of Petrolina-PE and its migratory panorama. This municipality is prominent, together with Juazeiro-BA, due to a strong presence of State government policies that have focused on bringing economic dynamism to the city, particularly with regard to the agrarian space, resulting in profound changes in the entire municipality. It is important to stress that such policies had a regional character aimed at breaking with the historically constructed way of living, marketing and producing, because these were regarded as archaic and responsible for the poverty within the population, and, therefore, considered as drawbacks to the national urbanization and industrialization process that was intended to take place in the second half of the twentieth century. The State acted by demarcating lands that would be donated to those able to financially invest in the cultivation of predetermined crops and, afterwards, it attracted investors from all over the country through credit granting. It was built, in this way, a State-capital alliance in the so called Irrigated Perimeter, basing socioeconomic rearrangements necessary for strengthening the modus operandi of this capitalistic production in the agrarian space. At the same time that the city experienced its rapid economic growth, the agrarian question was raised given other aspects such as land concentration, exacerbation of a unique production model, which in this case was irrigated fruit cultivation, subjection of many farmers to ground rent and the establishment of social and territorial division of labor, foremost in agro-industrial companies, but a posteriori expanded to other sectors. The economic dynamism and its concomitant transformations, nevertheless, have not spread spatially throughout the region, with the exception of Juazeiro. In this se nse, it is clear that Petrolina was favored by the intrinsic selectivity of public policies and by the capital interest, which in turn influenced the local migratory panorama, given the attractiveness that the city began to exercise compared to the others.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em GeografiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessGeografiaAgriculturaMigraçãoAgroindústriaPolítica públicaAnálises regionais em Petrolina-PE: transformações socioeconômicas e migraçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Mariana de Albuquerque Vilarim.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Mariana de Albuquerque Vilarim.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1173https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/26488/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Mariana%20de%20Albuquerque%20Vilarim.pdf.jpge648e796df245ca1035845cc476b6964MD55ORIGINALDISSERTAÇÃO Mariana de Albuquerque Vilarim.pdfDISSERTAÇÃO Mariana de Albuquerque Vilarim.pdfapplication/pdf2246458https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/26488/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Mariana%20de%20Albuquerque%20Vilarim.pdfe1188b356ef8ce44f99d6a061d625b28MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/26488/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/26488/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTDISSERTAÇÃO Mariana de Albuquerque Vilarim.pdf.txtDISSERTAÇÃO Mariana de Albuquerque Vilarim.pdf.txtExtracted texttext/plain212227https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/26488/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Mariana%20de%20Albuquerque%20Vilarim.pdf.txtc52c58bf50a7bf032841083f104dd0aaMD54123456789/264882019-10-25 23:17:40.456oai:repositorio.ufpe.br:123456789/26488TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-26T02:17:40Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Análises regionais em Petrolina-PE: transformações socioeconômicas e migração |
title |
Análises regionais em Petrolina-PE: transformações socioeconômicas e migração |
spellingShingle |
Análises regionais em Petrolina-PE: transformações socioeconômicas e migração VILARIM, Mariana de Albuquerque Geografia Agricultura Migração Agroindústria Política pública |
title_short |
Análises regionais em Petrolina-PE: transformações socioeconômicas e migração |
title_full |
Análises regionais em Petrolina-PE: transformações socioeconômicas e migração |
title_fullStr |
Análises regionais em Petrolina-PE: transformações socioeconômicas e migração |
title_full_unstemmed |
Análises regionais em Petrolina-PE: transformações socioeconômicas e migração |
title_sort |
Análises regionais em Petrolina-PE: transformações socioeconômicas e migração |
author |
VILARIM, Mariana de Albuquerque |
author_facet |
VILARIM, Mariana de Albuquerque |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/4665659182659699 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/9294713752237494 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
VILARIM, Mariana de Albuquerque |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
GONÇALVES, Claudio Ubiratan |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
FUSCO, Wilson |
contributor_str_mv |
GONÇALVES, Claudio Ubiratan FUSCO, Wilson |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Geografia Agricultura Migração Agroindústria Política pública |
topic |
Geografia Agricultura Migração Agroindústria Política pública |
description |
O presente trabalho visa tecer considerações acerca do município sertanejo de Petrolina – PE e sua dinâmica migratória. Tal município se destaca, assim como Juazeiro – BA, dos demais, pois, em ambos, a presença do Estado, enquanto condutor de políticas públicas voltadas para a dinamização econômica, especialmente no que diz respeito ao espaço agrário, foi bastante forte, contribuindo para que houvesse transformações profundas no todo municipal. Salienta-se que tais políticas tinham um caráter regional que visavam romper com a forma de viver, de comercializar e de produzir historicamente construídas, pois eram tidas como arcaicas e responsáveis pela pobreza da população, sendo consideradas, portanto, antagônicas ao processo de urbanização e industrialização nacional, pretendido a partir da segunda metade do século XX. O Estado agiu, em princípio, na demarcação de terras que seriam doadas aqueles que tivessem condições de investir financeiramente na produção de culturas pré-determinadas. Posteriormente, atraiu investidores de diversas partes do País, a partir da concessão creditícia. Concretizou-se, assim, a aliança Estado-capital nos denominados Perímetros Irrigados, alicerçando os rearranjos socioeconômicos necessários para o fortalecimento do modus operandi de produção capitalista no espaço agrário. Ao mesmo tempo em que o município cresceu vertiginosamente, em termos econômicos, foi acentuada a questão agrária, dada a concentração de terra, a exacerbação de um modelo de produção específica, no caso, a fruticultura irrigada, a sujeição de muitos agricultores à renda da terra e ao estabelecimento da divisão social e territorial do trabalho, primeiramente, nas empresas agroindustriais, mas, a posteriori, expandida para os demais setores. A dinamicidade e as transformações concomitantes, no entanto, não se espalharam espacialmente pela região, com exceção de Juazeiro. Nesse sentido, constata-se que Petrolina foi alvo privilegiado da seletividade intrínseca às políticas públicas e ao interesse do capital, o que, por sua vez, influenciou o panorama migratório local, dada a atratividade que o município passou a exercer frente aos demais. |
publishDate |
2016 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016-07-18 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2018-09-13T23:03:14Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2018-09-13T23:03:14Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26488 |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26488 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Geografia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/26488/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Mariana%20de%20Albuquerque%20Vilarim.pdf.jpg https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/26488/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Mariana%20de%20Albuquerque%20Vilarim.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/26488/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/26488/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/26488/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Mariana%20de%20Albuquerque%20Vilarim.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
e648e796df245ca1035845cc476b6964 e1188b356ef8ce44f99d6a061d625b28 e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08 c52c58bf50a7bf032841083f104dd0aa |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1823423950310342656 |