Reconstituição paleoambiental baseada no estudo de mamíferos pleistocênicos de Maravilha e poço das trincheiras, Alagoas, nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Luiz Lopes da Silva, Jorge
Orientador(a): Magnólia Franca Barreto, Alcina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6247
Resumo: Este trabalho teve por objetivo o estudo sistemático, tafonômico, geomorfológico, sedimentológico, geoquímico e geocronológico de mamíferos pleistocênicos dos municípios de Maravilha e Poço das Trincheiras, Alagoas, para a sugestão de um modelo paleoambiental. Além disso, foram tomadas medidas para a preservação desse patrimônio. As fazendas Ovo da Ema (Maravilha) e Quandu (Poço das Trincheiras) se destacam pela presença de pequenas depressões em rochas gnáissicas preenchidas por fluxo de detritos neogênicos e fósseis conhecidas como tanques. Geomorfologicamente a região situa-se em pedimento detrítico dissecado a 350 m, junto a inselbergs e serras. Após etapas de prospecção e escavações, foram selecionados três jazigos fossilíferos, coletados 2600 ossos e dentes, fragmentados e completos, de mamíferos da megafauna, que foram identificados e depositados na coleção paleontológica do MHN-UFAL. A geometria dos tanques acompanha o relevo das depressões, formados por três camadas sedimentares com predomínio granulométrico de lama arenosa. Os fósseis encontram-se principalmente concentrados na primeira ou segunda camada, formando associações do tipo monotípica-poliespecífica. Houve preservação da biomineralização original da fluorapatita e substituição por herderita. Foram identificados seis táxons de mamíferos: Toxodon sp. (o calcâneo encontrado sugere uma possível nova espécie), Eremotherium laurillardi, Stegomastodon waringi e Palaeolama major (primeiro registro de ocorrência em Alagoas), Xenorhinotherium bahiense também um Felidae (primeiro registro de ocorrência em Alagoas). Segundo as datações por ESR, essa megafauna viveu na região pelo menos entre 42.972 (± 3.689) e 10.816 (± 1.914) anos. O paleoambiente provável é de savana arbórea-arbustiva tendendo ao xeromorfismo, com predomínio de plantas C3 seguido de plantas CAM. Para proteger e divulgar o patrimônio fossilífero está em implantação uma Unidade de Conservação. Um museu paleontológico foi criado na cidade de Maravilha, que passou a ser a primeira cidade brasileira a ter um museu voltado para os megamamíferos da fauna pleistocênica
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As fazendas Ovo da Ema (Maravilha) e Quandu (Poço das Trincheiras) se destacam pela presença de pequenas depressões em rochas gnáissicas preenchidas por fluxo de detritos neogênicos e fósseis conhecidas como tanques. Geomorfologicamente a região situa-se em pedimento detrítico dissecado a 350 m, junto a inselbergs e serras. Após etapas de prospecção e escavações, foram selecionados três jazigos fossilíferos, coletados 2600 ossos e dentes, fragmentados e completos, de mamíferos da megafauna, que foram identificados e depositados na coleção paleontológica do MHN-UFAL. A geometria dos tanques acompanha o relevo das depressões, formados por três camadas sedimentares com predomínio granulométrico de lama arenosa. Os fósseis encontram-se principalmente concentrados na primeira ou segunda camada, formando associações do tipo monotípica-poliespecífica. Houve preservação da biomineralização original da fluorapatita e substituição por herderita. Foram identificados seis táxons de mamíferos: Toxodon sp. (o calcâneo encontrado sugere uma possível nova espécie), Eremotherium laurillardi, Stegomastodon waringi e Palaeolama major (primeiro registro de ocorrência em Alagoas), Xenorhinotherium bahiense também um Felidae (primeiro registro de ocorrência em Alagoas). Segundo as datações por ESR, essa megafauna viveu na região pelo menos entre 42.972 (± 3.689) e 10.816 (± 1.914) anos. O paleoambiente provável é de savana arbórea-arbustiva tendendo ao xeromorfismo, com predomínio de plantas C3 seguido de plantas CAM. Para proteger e divulgar o patrimônio fossilífero está em implantação uma Unidade de Conservação. Um museu paleontológico foi criado na cidade de Maravilha, que passou a ser a primeira cidade brasileira a ter um museu voltado para os megamamíferos da fauna pleistocênicaFundação de Amparo a Pesquisa do Estado de AlagoasporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMegafauna pleistocênicaPaleoecologiaPaleoambienteTafonomiaGeocronologiaMaravilha e Poço das Trincheiras ALReconstituição paleoambiental baseada no estudo de mamíferos pleistocênicos de Maravilha e poço das trincheiras, Alagoas, nordeste do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo3918_1.pdf.jpgarquivo3918_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1192https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6247/4/arquivo3918_1.pdf.jpg4213e58597aebba6d445d4adbe56b24eMD54ORIGINALarquivo3918_1.pdfapplication/pdf9304727https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6247/1/arquivo3918_1.pdf7aaf2a233612a1f5558ce1dca9fa0445MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6247/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo3918_1.pdf.txtarquivo3918_1.pdf.txtExtracted texttext/plain417166https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6247/3/arquivo3918_1.pdf.txte2fdca73606cf17de771851b9c592000MD53123456789/62472019-10-25 14:23:03.846oai:repositorio.ufpe.br:123456789/6247Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T17:23:03Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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