Práticas alimentares de menores de dois anos em Vitória de Santo Antão, Pernambuco
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
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Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Nutricao |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38396 |
Resumo: | A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS) preconizam que o aleitamento materno (AM) deve ser realizado de maneira exclusiva nos primeiros seis meses de vida e complementar até os dois anos ou mais. Assim, apenas a partir do sexto mês de vida, a criança deve iniciar a alimentação complementar (AC), a qual deve ser composta por alimentos nutricionalmente adequados, seguros, culturalmente aceitos e economicamente acessíveis. Nessa perspectiva, este trabalho tem o objetivo de analisar as práticas de AM e AC de menores de dois anos, no município de Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Trata-se de um estudo transversal de base populacional, com amostra representativa e aleatória de 653 crianças menores de dois anos. A coleta de dados foi realizada no período de janeiro a junho de 2017. Para a avaliação das práticas alimentares das crianças, utilizou-se o recordatório de 24 horas. O AM foi avaliado por meio dos indicadores da OMS e a AC de modo qualitativo, por meio da frequência dos alimentos consumidos, e quantitativo, com base na densidade nutricional e na adequação de nutrientes utilizando-se as recomendações da OMS e Fundo das Nações Unidas para a Infância (OMS/UNICEF) e das Ingestões Dietéticas de Referência (DRIs), respectivamente. A prevalência do AME foi de apenas 44,4% e a duração mediana do AM foi de 497 dias. Em relação à AC, encontrou-se baixa diversidade mínima, alto consumo de açúcares e baixa ingestão de frutas e hortaliças; além de densidade adequada para energia e proteína e abaixo dos valores de referências para a maioria dos micronutrientes avaliados, principalmente nas crianças desmamadas. A dieta consumida apresentou valores médios de energia acima da referência e elevados percentuais de inadequação de ingestão de micronutrientes como ferro, zinco, vitamina D e ácido fólico. Os resultados encontrados possibilitam nortear medidas de intervenção, as quais são fundamentais visto a importância das práticas alimentares nessa fase da vida. É necessário o fortalecimento da rede de apoio e das medidas de promoção à amamentação a fim de elevar a prevalência do AME e do AM continuado. As mães devem receber informações práticas sobre a introdução correta da AC, com ênfase na importância desse processo para o crescimento e desenvolvimento da criança. Ademais, deve-se garantir que as famílias tenham acesso a uma dieta equilibrada em nutrientes. O fortalecimento de políticas públicas de distribuição de renda e da agricultura familiar são importantes para promover essa acessibilidade. |
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Práticas alimentares de menores de dois anos em Vitória de Santo Antão, PernambucoAleitamento MaternoAlimentação complementarConsumo alimentarDesmameFatores de riscoA Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS) preconizam que o aleitamento materno (AM) deve ser realizado de maneira exclusiva nos primeiros seis meses de vida e complementar até os dois anos ou mais. Assim, apenas a partir do sexto mês de vida, a criança deve iniciar a alimentação complementar (AC), a qual deve ser composta por alimentos nutricionalmente adequados, seguros, culturalmente aceitos e economicamente acessíveis. Nessa perspectiva, este trabalho tem o objetivo de analisar as práticas de AM e AC de menores de dois anos, no município de Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Trata-se de um estudo transversal de base populacional, com amostra representativa e aleatória de 653 crianças menores de dois anos. A coleta de dados foi realizada no período de janeiro a junho de 2017. Para a avaliação das práticas alimentares das crianças, utilizou-se o recordatório de 24 horas. O AM foi avaliado por meio dos indicadores da OMS e a AC de modo qualitativo, por meio da frequência dos alimentos consumidos, e quantitativo, com base na densidade nutricional e na adequação de nutrientes utilizando-se as recomendações da OMS e Fundo das Nações Unidas para a Infância (OMS/UNICEF) e das Ingestões Dietéticas de Referência (DRIs), respectivamente. A prevalência do AME foi de apenas 44,4% e a duração mediana do AM foi de 497 dias. Em relação à AC, encontrou-se baixa diversidade mínima, alto consumo de açúcares e baixa ingestão de frutas e hortaliças; além de densidade adequada para energia e proteína e abaixo dos valores de referências para a maioria dos micronutrientes avaliados, principalmente nas crianças desmamadas. A dieta consumida apresentou valores médios de energia acima da referência e elevados percentuais de inadequação de ingestão de micronutrientes como ferro, zinco, vitamina D e ácido fólico. Os resultados encontrados possibilitam nortear medidas de intervenção, as quais são fundamentais visto a importância das práticas alimentares nessa fase da vida. É necessário o fortalecimento da rede de apoio e das medidas de promoção à amamentação a fim de elevar a prevalência do AME e do AM continuado. As mães devem receber informações práticas sobre a introdução correta da AC, com ênfase na importância desse processo para o crescimento e desenvolvimento da criança. Ademais, deve-se garantir que as famílias tenham acesso a uma dieta equilibrada em nutrientes. O fortalecimento de políticas públicas de distribuição de renda e da agricultura familiar são importantes para promover essa acessibilidade.FACEPECNPqThe World Health Organization (WHO) and the Ministry of Health (MS) recommend that breastfeeding (BF) should be performed exclusively in the first six months of life and complement up to two years or more. Thus, only after the sixth month of life, the child should start complementary feeding (CA), which must be composed of nutritionally adequate, safe, culturally accepted and economically accessible foods. In this perspective, this study aims to analyze the practices of breastfeeding and breastfeeding for children under two years old, in the city of Vitória de Santo Antão, Pernambuco. This is a cross-sectional population-based study, with a representative and random sample of 653 children under two years old, from Vitória de Santo Antão. Data collection was carried out from January to June 2017. For the assessment of children's eating practices, the 24-hour recall was used. Breastfeeding was assessed using WHO indicators and CA in a qualitative way, through the frequency of food consumed, and quantitative, based on nutritional density and nutrient adequacy using the recommendations of the WHO and United Nations Fund for Childhood (WHO / UNICEF) and Reference Dietary Intakes (DRIs), respectively. The prevalence of EBF was only 44.4% and the median duration of BF was 497 days. In relation to CA, low minimum diversity, high sugar consumption and low intake of fruits and vegetables were found; in addition to adequate density for energy and protein and below the reference values for most micronutrients evaluated, especially in weaned children. The diet consumed showed average values of energy above the reference and high percentages of inadequate intake of micronutrients such as iron, zinc, vitamin D and folic acid. The results found make it possible to guide intervention measures, which are fundamental given the importance of eating practices at this stage of life. It is necessary to strengthen the support network and measures to promote breastfeeding in order to increase the prevalence of EBF and continued BF. Mothers should receive practical information on the correct introduction of CA, with an emphasis on the importance of this process for the child's growth and development. In addition, it must be ensured that families have access to a nutrient-balanced diet. The strengthening of public policies for income distribution and family farming are important to promote this accessibility.Universidade Federal de PernambucoUFPEBrasilPrograma de Pos Graduacao em NutricaoOLIVEIRA, Juliana SouzaCARVALHO, Michelle Figueiredohttp://lattes.cnpq.br/1443786144199746http://lattes.cnpq.br/6294708400232005http://lattes.cnpq.br/5033169458147279LIMA, Niedja Maria da Silva2020-10-21T13:36:41Z2020-10-21T13:36:41Z2020-06-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfLIMA, Niedja Maria da Silva. Práticas alimentares de menores de dois anos em Vitória de Santo Antão, Pernambuco. 2020. Tese (Doutorado em Nutrição) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38396porAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPE2020-10-22T05:13:52Zoai:repositorio.ufpe.br:123456789/38396Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212020-10-22T05:13:52Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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