Potencial biotecnológico da associação de fungos entomopatogênicos em formulações com produtos vegetais no controle de Diatraea saccharalis (Lepidoptera: Crambidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Ana Paula de Almeida Portela da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12315
Resumo: O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, porém as condições ambientais favorecem o aparecimento de pragas, dentre elas, Diatraea saccharalis, conhecida como broca da cana. Este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de um óleo adjuvante emulsionável e de extratos de Indigofera suffruticosa e de Myrciaria cauliflora sobre Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana, bem como a patogenicidade de formulações a D. saccharalis. Foram utilizadas as linhagens M. anisopliae PL43, M. anisopliae IBCB425, B. bassiana ESALQ447 e B. bassiana ARSEF1398. O efeito fungitóxico foi avaliado por meio da incorporação de Veget’oil® e dos extratos vegetais das folhas e sementes de Indigofera suffruticosa e dos frutos de Myrciaria cauliflora ao Batata-Dextrose-Ágar (BDA) em diferentes concentrações. O grupo controle foi estava isento de óleo e extrato. Foram analisados os parâmetros biológicos: crescimento vegetativo, produção e germinação de conídios. Os efeitos do armazenamento das formulações (fungo + óleo) foram avaliados levando em consideração o percentual de germinação dos conídios formulados, em dois ambientes (25 ± 1ºC e -7 ± 1ºC). As larvas de D. saccharalis, do 3º estágio, foram imersas em suspensões contendo conídios fúngicos, formulação e extratos vegetais. O grupo controle foi inoculado com água destilada autoclavada e óleo. Os bioensaios foram realizados em cinco repetições e observados diariamente, por 10 dias. Veget’oil é compatível com B. bassiana ESALQ447, moderadamente tóxico para M. anisopliae PL43 e IBCB425 e tóxico para B. bassiana ARSEF1398, na menor concentração. Os fungos formulados permaneceram viáveis por até 90 dias, a 25 ± 1ºC. Os conídios formulados estocados a -7 ± 1ºC permaneceram viáveis por 11 meses. Todas as linhagens testadas foram patogênicas a D. saccharalis. A formulação em óleo mais eficiente foi a de Beauveria bassiana ESALQ447 que causou mortalidade de 74% das larvas. Os extratos vegetais analisados são compatíveis com os fungos e sua associação resultou num maior número de insetos mortos (96%) para M. anisopliae IBCB425 e 94% para M. anisopliae PL43 ambos com o extrato das sementes de I. suffruticosa. O extrato dos frutos de M cauliflora associado a B. bassiana ESALQ447 matou 84% das larvas. O extrato das folhas de I. suffruticosa foi o menos eficiente, atingindo 70% de mortalidade, somente quando associado à formulação. Os resultados demonstram o potencial das formulações e associação dos fungos com os extratos vegetais, que constituem uma alternativa viável para o controle de D. saccharalis.
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