Resiliência e susceptibilidade de tipos funcionais vegetais na paisagem no semiárido nordestino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Silva, Milena Dutra da
Orientador(a): Pimentel, Rejane Magalhães de Mendonça
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10850
Resumo: As plantas possuem grande sensibilidade aos fatores climáticos dominantes no ambiente e por isto a investigação dos seus padrões morfofuncionais são excelentes ferramentas auxiliares para a compreensão do funcionamento da paisagem e/ou ecossistema. Entre os biomas brasileiros, a caatinga se destaca por sua abrangência territorial (54% da região Nordeste e 11% do território nacional) e elevada potencialidade quanto aos recursos naturais. Estas características a tornaram alvo de exploração intensiva tornando as áreas remanescentes susceptíveis às desordens ambientais, desertificação e mudanças climáticas globais. Conhecer o padrão de respostas dos caracteres funcionais das espécies que constituem a flora nativa deste bioma indicará atributos vegetais que conferem resiliência ou aqueles mais susceptíveis à sua permanência no ambiente. Neste sentido, este estudo visou quantificar os caracteres morfoanatômicos foliares de plantas estabelecidas em uma comunidade do semiárido pernambucano e identificar a funcionalidade dos mesmos. Para isto, analisamos a estrutura e a dinâmica da vegetação, as condições biológicas das espécies estruturantes da paisagem e o padrão de respostas morfofuncionais (tipo e frequência) exibidos por estas às pressões peculiares à caatinga em um fragmento vegetacional em Pernambuco. Para isto foram utilizados métodos e técnicas usuais em levantamentos florísticos e fitossociológicos, sensoriamento remoto e geoprocessamento, análises hiperespectrais (índices de vegetação) e anatomia vegetal. O fragmento vegetacional sofreu redução na sua cobertura vegetal no período de 1988 a 2011. A identificação da riqueza e abundância de espécies lenhosas indicou a área estudada como alvo de perturbação ambiental, em etapa inicial de sucessão ecológica. A deficiência hídrica foi identificada como fator estressor para a planta. As estratégias fisiológicas e morfoanatômica adotadas pelas espécies foram diferentes entre si e são uma tentativa de ajuste específico da espécies as condições ambientais, a fim de garantir sucesso em sua manutenção no ambiente (uso eficiente da água e fotossíntese). Entre as estratégias morfofuncionais adotadas pelas espécies destacam-se como padrão: indivíduos com dossel/copas abertas, folhas mais alongadas, epiderme com cutícula espessa, elevado grau de sinuosidade das paredes anticlinais das células fundamentais da epiderme, presença de tricomas, parênquima clorofiliano diferenciado com parênquima paliçádico pluriestratificado, ocupando cerca de 50% do mesofilo foliar. A formação de grupos funcionais ocorreu independentemente da similaridade de classificação sistemática, reforçando a premissa de que o desenvolvimento dessas características é o resultado do grau de influência das condições ambientais e do grau de plasticidade das diferentes espécies ali estabelecidas, mostrando comportamentos morfofuncionais similares.
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