Estrutura da comunidade dos tintinnida (Ciliophora: Choreotrichia) em duas áreas recifais (Tamandaré – PE e Abrolhos – BA) do Nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: COSTA, Alejandro Esteweson Santos Faustino da
Orientador(a): LEITÃO, Sigrid Neumann
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18919
Resumo: A presente dissertação de mestrado é composta por três capítulos, cada um constituindo um artigo a ser submetido para publicação. O primeiro deles consiste de uma revisão do conhecimento que se tem a respeito dos ciliados tintinídeos de águas nordestinas brasileiras. Para isso se consultou trabalhos publicados ao longo das quatro ultimas décadas, e que possuíam alguma relação com os tintinídeos, mesmo não tendo esses ciliados como principal objeto de estudo. Assim foram levantadas todas as espécies de tintinídeos que já possuem registro de ocorrência publicado para a região Nordeste do Brasil. Além das fontes bibliográficas utilizadas, também foram realizadas análises de amostras coletadas em algumas regiões costeiras dos Estados da Paraíba, Pernambuco e Bahia, aumentando a lista de espécies registradas para a região. A partir da consulta dos trabalhos publicados, um total de 91 espécies de tintinídeos foi registrado em águas nordestinas do Brasil. Com a análise das amostras esse número aumentou para 111 espécies, pertencentes a 32 gêneros e 16 famílias. Neste primeiro capítulo é apresentada uma lista das espécies registradas, identificando as regiões nas quais elas ocorrem e os trabalhos utilizados como fonte bibliográfica. O segundo capítulo consiste de um trabalho desenvolvido a fim de se estudar a estrutura da comunidade dos tintinídeos em três áreas recifais na região de Abrolhos, no Estado da Bahia. Em cada área foram delimitados dois pontos de coleta, um sobre os recifes e outro a 1 km de distancia dos recifes. As coletas foram realizadas a cada 6 horas, ao longo de um período de 24 horas, totalizando 8 amostras por área e 3 dias de amostragens (um para cada área). Os tintinídeos foram coletados através de arrastos subsuperficiais de rede de plâncton (20 m de abertura de malha, 30 cm de diâmetro de boca e 2 m de comprimento). Três hipóteses foram testadas: i) a estrutura da comunidade dos tintinídeos varia entre os períodos diurno/noturno; ii) a estrutura da comunidade dos tintinídeos varia em uma escala espacial curta (diferentes pontos em uma mesma área recifal); e iii) a estrutura varia em uma escala espacial de grande extensão (entre as diferentes áreas recifais amostradas). Um total de 24 espécies foi encontrado, sendo todas de distribuição nerítica, típica de águas quentes e cosmopolitas. Apenas a hipótese relacionada com a variabilidade em uma maior escala espacial não foi rejeitada. Existem diferenças significativas entre essas áreas (ANOVA p = 0,017). A existência de duas comunidades distintas de tintinídeos ficou bem evidenciada através de análises de agrupamentos realizadas com amostras e espécies. Existe uma comunidade típica das áreas mais próximas à costa, composta basicamente por espécies de lorica aglutinante e de distribuição nerítica, e outra típica das áreas mais “oceânicas”, formadas basicamente por espécies de lorica hialina e de distribuição cosmopolita e de águas quentes. O grande fator influenciando a comunidade dos tintinídeos na região de Abrolhos é a distância em relação à costa. No terceiro capítulo se estudou a estrutura da comunidade dos tintinídeos na região de Tamandaré, no Estado de Pernambuco. As coletas foram realizadas em uma estação, a cada maré vazante, ao longo de um período de 26 dias. Dados de temperatura, salinidade, teor de clorofila-a e quantidade de material particulado em suspensão foram coletados. Os tintinídeos foram coletados através de arrastos horizontais subsuperficiais de rede de plâncton (20 m de malha). Com o desenvolvimento do estudo tentou se responder as seguintes perguntas: i) existe variação na comunidade dos tintinídeos em um curto intervalo de tempo (período diurno/noturno) na região de Tamandaré? ii) existe algum tipo de influência do ciclo lunar sobre a comunidade dos tintinídeos nessa região? iii) qual fator hidrológico possui mais influência sobre a comunidade desses ciliados? Um total de 20 espécies de tintinídeos foi identificado, sendo a maioria de distribuição nerítica e do gênero Tintinnopsis. A estrutura da comunidade dos tintinídeos não variou em uma escala de tempo curta. Foram detectadas diferenças significativas entre as amostras das diferentes fases do ciclo lunar (Kruskal-Wallis p = 0,005), com as espécies respondendo de diferentes formas. Tintinnopsis nana, T. schotti e T.nucula apresentaram as variações mais pronunciadas. O material particulado em suspensão foi o parâmetro hidrológico de maior influência sobre a comunidade dos tintinídeos, tendo sido encontrada correlação negativa. Por outro lado, foi encontrada correlação positiva entre o material particulado em suspensão e o teor de clorofila-a presente na água. Contudo, o aumento da clorofila-a está associado a uma resposta de organismos fitoplanctônicos a maior atenuação da luz na água e não a um aumento na produtividade. Dessa forma, existe aumento no teor de clorofila, sem que haja aumento na disponibilidade de alimento para os tintinídeos, podendo chegar a haver diminuição nessa disponibilidade, o que levaria a redução da comunidade desses ciliados.
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Além das fontes bibliográficas utilizadas, também foram realizadas análises de amostras coletadas em algumas regiões costeiras dos Estados da Paraíba, Pernambuco e Bahia, aumentando a lista de espécies registradas para a região. A partir da consulta dos trabalhos publicados, um total de 91 espécies de tintinídeos foi registrado em águas nordestinas do Brasil. Com a análise das amostras esse número aumentou para 111 espécies, pertencentes a 32 gêneros e 16 famílias. Neste primeiro capítulo é apresentada uma lista das espécies registradas, identificando as regiões nas quais elas ocorrem e os trabalhos utilizados como fonte bibliográfica. O segundo capítulo consiste de um trabalho desenvolvido a fim de se estudar a estrutura da comunidade dos tintinídeos em três áreas recifais na região de Abrolhos, no Estado da Bahia. Em cada área foram delimitados dois pontos de coleta, um sobre os recifes e outro a 1 km de distancia dos recifes. 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A existência de duas comunidades distintas de tintinídeos ficou bem evidenciada através de análises de agrupamentos realizadas com amostras e espécies. Existe uma comunidade típica das áreas mais próximas à costa, composta basicamente por espécies de lorica aglutinante e de distribuição nerítica, e outra típica das áreas mais “oceânicas”, formadas basicamente por espécies de lorica hialina e de distribuição cosmopolita e de águas quentes. O grande fator influenciando a comunidade dos tintinídeos na região de Abrolhos é a distância em relação à costa. No terceiro capítulo se estudou a estrutura da comunidade dos tintinídeos na região de Tamandaré, no Estado de Pernambuco. As coletas foram realizadas em uma estação, a cada maré vazante, ao longo de um período de 26 dias. Dados de temperatura, salinidade, teor de clorofila-a e quantidade de material particulado em suspensão foram coletados. Os tintinídeos foram coletados através de arrastos horizontais subsuperficiais de rede de plâncton (20 m de malha). Com o desenvolvimento do estudo tentou se responder as seguintes perguntas: i) existe variação na comunidade dos tintinídeos em um curto intervalo de tempo (período diurno/noturno) na região de Tamandaré? ii) existe algum tipo de influência do ciclo lunar sobre a comunidade dos tintinídeos nessa região? iii) qual fator hidrológico possui mais influência sobre a comunidade desses ciliados? Um total de 20 espécies de tintinídeos foi identificado, sendo a maioria de distribuição nerítica e do gênero Tintinnopsis. A estrutura da comunidade dos tintinídeos não variou em uma escala de tempo curta. Foram detectadas diferenças significativas entre as amostras das diferentes fases do ciclo lunar (Kruskal-Wallis p = 0,005), com as espécies respondendo de diferentes formas. Tintinnopsis nana, T. schotti e T.nucula apresentaram as variações mais pronunciadas. O material particulado em suspensão foi o parâmetro hidrológico de maior influência sobre a comunidade dos tintinídeos, tendo sido encontrada correlação negativa. Por outro lado, foi encontrada correlação positiva entre o material particulado em suspensão e o teor de clorofila-a presente na água. Contudo, o aumento da clorofila-a está associado a uma resposta de organismos fitoplanctônicos a maior atenuação da luz na água e não a um aumento na produtividade. Dessa forma, existe aumento no teor de clorofila, sem que haja aumento na disponibilidade de alimento para os tintinídeos, podendo chegar a haver diminuição nessa disponibilidade, o que levaria a redução da comunidade desses ciliados.The following master thesis is composed of three chapters; each one of them is a complete scientific paper which is going to be submitted for publication. The first one consists of a review of the knowledge related to the tintinnid ciliates in Brazilian northeastern waters. We consulted not only papers directly focused on the tintinnid ciliates, but also papers related to the microzooplankton, but that mentioned the tintinnids in the results. These papers were published during the last four decades. We assembled all the tintinnid species that had been registered in these papers, as well as worked with samples collected in some coastal regions in the State of Paraíba and Pernambuco, in addition to samples collected in the region of Abrolhos, in the State of Bahia. Through the published papers, we found a total of 91 registered tintinnid species in the northeastern region of Brazil. With the analysis of the samples, this number was raised to 111 species, belonging to 32 genera and 16 families. In this first chapter we present a list of the registered species, providing also the regions where they were found and the papers used as the bibliographical source. The second paper consists of a work developed in order to study the tintinnid community structure in the Abrolhos region, in the State of Bahia. Three reef areas in the Abrolhos region were sampled. In each area, we delimited two sampling points; one located directly above the coral reefs, and the other nearly 1 km away from the reefs. The samplings were performed in each 6 hours, during 24 hours, totalizing 8 samples per area, and three days of field work (one for each area). The tintinnids were collected through subsurface hauls of a plankton net (20 m mesh-size, 30 cm of mouth diameter, and two meters of length). Three hypotheses related to possible variations in the community structure of these ciliates were tested: i) the tintinnid community structure varies in a short temporal scale (between diurnal and nocturnal periods); ii) the community structure varies in a short spatial scale (between different points within a same area); and iii) the community structure varies in a broad spatial scale (between different sampled areas). A total of 24 species was found. All the species was of neritic, warm-water and cosmopolitan distribution. Only the hypothesis related to the variation in a broader spatial scale was not rejected. There are significant differences between the three studied areas (ANOVA p = 0,017). A continent-ocean gradient was highlighted by the clustering of the samples and species. There is a community typical of the areas closer to the coast, which is composed mainly by neritic species of agglutinated loricae, and other community typical of the “more oceanic” areas, which is composed mainly by warm-water and cosmopolitan species of hyaline loricae. The main factor influencing the tintinnid community in the Abrolhos region is the distance from the coast. In the third chapter we studied the tintinnid community structure in the Tamandaré region, Pernambuco State. The samplings were performed each 12 hours in a fixed point during 26 days. Temperature, salinity, chlorophyll-a content and the quantity of particulate material in suspension were evaluated. The tintinnids were collected through horizontal subsurface plankton net (20 m mesh width) hauls. We tried to answer the following questions in the present study: i) Is there any degree of variation in the tintinnid community in a temporal short scale (diurnal and nocturnal periods) in the region of Tamandaré? ii) Does the lunar cycle influence the tintinnid community in some way in this region? iii) Which is the main hydrologic parameter influencing the tintinnid community structure in the Tamandaré region? A total of 20 tintinnid species was identified. Most of them are of neritic distribution, and belongs to the genus Tintinnopsis. No variation in the tintinnid community under a temporal short scale was detected. We found significant differences in the tintinnid community structure in relation to different stages of the lunar cycle (Kruskal-Wallis p = 0,005). The species present different patterns of variation following the lunar cycle. Tintinnopsis nana, T. schotti and T. nucula displayed the most noticeable variations. We found a negative correlation between the tintinnid and the particulate material in suspension; it was the hydrologic parameter with the strongest effect on the tintinnid community. We also found a positive correlation between the particulate material in suspension and the chlorophyll-a content in the water. The increase in the chlorophyll-a content is associated with a response of the phytoplanktonic organisms to the increased light attenuation, and is not related with an increase in production. There is then an increase in chlorophyll-a content, without any increase in the food availability for the tintinnids; a reduction in the food availability is also possible, what could lead to the biomass reduction of the tintinnid community.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em OceanografiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessProtozooplânctonCiliadosEcossistemas recifaisProtozooplanktonCiliatesCoral reef ecosystemsEstrutura da comunidade dos tintinnida (Ciliophora: Choreotrichia) em duas áreas recifais (Tamandaré – PE e Abrolhos – BA) do Nordeste do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDissertacao Alejandro.pdf.jpgDissertacao Alejandro.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1189https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18919/5/Dissertacao%20Alejandro.pdf.jpg04cd9955b920c29e3cac210c6ced87d4MD55ORIGINALDissertacao Alejandro.pdfDissertacao Alejandro.pdfapplication/pdf2660688https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18919/1/Dissertacao%20Alejandro.pdf955f967f57cbed1266ae0f604a24c884MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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description A presente dissertação de mestrado é composta por três capítulos, cada um constituindo um artigo a ser submetido para publicação. O primeiro deles consiste de uma revisão do conhecimento que se tem a respeito dos ciliados tintinídeos de águas nordestinas brasileiras. Para isso se consultou trabalhos publicados ao longo das quatro ultimas décadas, e que possuíam alguma relação com os tintinídeos, mesmo não tendo esses ciliados como principal objeto de estudo. Assim foram levantadas todas as espécies de tintinídeos que já possuem registro de ocorrência publicado para a região Nordeste do Brasil. Além das fontes bibliográficas utilizadas, também foram realizadas análises de amostras coletadas em algumas regiões costeiras dos Estados da Paraíba, Pernambuco e Bahia, aumentando a lista de espécies registradas para a região. A partir da consulta dos trabalhos publicados, um total de 91 espécies de tintinídeos foi registrado em águas nordestinas do Brasil. Com a análise das amostras esse número aumentou para 111 espécies, pertencentes a 32 gêneros e 16 famílias. Neste primeiro capítulo é apresentada uma lista das espécies registradas, identificando as regiões nas quais elas ocorrem e os trabalhos utilizados como fonte bibliográfica. O segundo capítulo consiste de um trabalho desenvolvido a fim de se estudar a estrutura da comunidade dos tintinídeos em três áreas recifais na região de Abrolhos, no Estado da Bahia. Em cada área foram delimitados dois pontos de coleta, um sobre os recifes e outro a 1 km de distancia dos recifes. As coletas foram realizadas a cada 6 horas, ao longo de um período de 24 horas, totalizando 8 amostras por área e 3 dias de amostragens (um para cada área). Os tintinídeos foram coletados através de arrastos subsuperficiais de rede de plâncton (20 m de abertura de malha, 30 cm de diâmetro de boca e 2 m de comprimento). Três hipóteses foram testadas: i) a estrutura da comunidade dos tintinídeos varia entre os períodos diurno/noturno; ii) a estrutura da comunidade dos tintinídeos varia em uma escala espacial curta (diferentes pontos em uma mesma área recifal); e iii) a estrutura varia em uma escala espacial de grande extensão (entre as diferentes áreas recifais amostradas). Um total de 24 espécies foi encontrado, sendo todas de distribuição nerítica, típica de águas quentes e cosmopolitas. Apenas a hipótese relacionada com a variabilidade em uma maior escala espacial não foi rejeitada. Existem diferenças significativas entre essas áreas (ANOVA p = 0,017). A existência de duas comunidades distintas de tintinídeos ficou bem evidenciada através de análises de agrupamentos realizadas com amostras e espécies. Existe uma comunidade típica das áreas mais próximas à costa, composta basicamente por espécies de lorica aglutinante e de distribuição nerítica, e outra típica das áreas mais “oceânicas”, formadas basicamente por espécies de lorica hialina e de distribuição cosmopolita e de águas quentes. O grande fator influenciando a comunidade dos tintinídeos na região de Abrolhos é a distância em relação à costa. No terceiro capítulo se estudou a estrutura da comunidade dos tintinídeos na região de Tamandaré, no Estado de Pernambuco. As coletas foram realizadas em uma estação, a cada maré vazante, ao longo de um período de 26 dias. Dados de temperatura, salinidade, teor de clorofila-a e quantidade de material particulado em suspensão foram coletados. Os tintinídeos foram coletados através de arrastos horizontais subsuperficiais de rede de plâncton (20 m de malha). Com o desenvolvimento do estudo tentou se responder as seguintes perguntas: i) existe variação na comunidade dos tintinídeos em um curto intervalo de tempo (período diurno/noturno) na região de Tamandaré? ii) existe algum tipo de influência do ciclo lunar sobre a comunidade dos tintinídeos nessa região? iii) qual fator hidrológico possui mais influência sobre a comunidade desses ciliados? Um total de 20 espécies de tintinídeos foi identificado, sendo a maioria de distribuição nerítica e do gênero Tintinnopsis. A estrutura da comunidade dos tintinídeos não variou em uma escala de tempo curta. Foram detectadas diferenças significativas entre as amostras das diferentes fases do ciclo lunar (Kruskal-Wallis p = 0,005), com as espécies respondendo de diferentes formas. Tintinnopsis nana, T. schotti e T.nucula apresentaram as variações mais pronunciadas. O material particulado em suspensão foi o parâmetro hidrológico de maior influência sobre a comunidade dos tintinídeos, tendo sido encontrada correlação negativa. Por outro lado, foi encontrada correlação positiva entre o material particulado em suspensão e o teor de clorofila-a presente na água. Contudo, o aumento da clorofila-a está associado a uma resposta de organismos fitoplanctônicos a maior atenuação da luz na água e não a um aumento na produtividade. Dessa forma, existe aumento no teor de clorofila, sem que haja aumento na disponibilidade de alimento para os tintinídeos, podendo chegar a haver diminuição nessa disponibilidade, o que levaria a redução da comunidade desses ciliados.
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