A greve e os novos movimentos sociais como luta contra-hegemônica para uma economia moral, na crise do sistema capitalista: uma análise a partir da contemporaneidade e para o resgate do homem como elemento central do sistema

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: ALBUQUERQUE, Diego Nieto de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Direito
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33442
Resumo: A presente dissertação se estabelece em torno de uma crítica ao processo civilizatório existente na categorização da crise estrutural do capital, analisada a partir da vinda do sistema econômico estabelecido na modernidade, denominado de sistema capitalista. Estabelecido esse ponto de partida de observação, é objetivamente identificável através da colheita de dados em organismos internacionais como OIT e OXFAM que as fissuras e patologias contemporâneas do trabalho (como desemprego estrutural e informalidade), associadas à crescente concentração/má distribuição de recursos materiais do planeta, e os seus rituais de adoecimento e morte no emprego, como também, diante da chamada “crise sociometabólica do capital” de Mészáros, que o sistema não consegue produzir respostas moralmente justas para a libertação da exploração do homem pelo homem. Calcada numa dimensão teórica marxista e seguida por uma considerável bibliografia no campo da chamada teoria social crítica, a pesquisa consegue colher diversos resultados que transitam entre a moral moderna/industrial e a contemporânea, a fim de evidenciar a necessária abertura de espaço no que tange à construção de novas alternativas societais mais éticas. Reconhecendo que essas novas pautas devem surgir da luta operária, elege a greve, aproximando-a dos chamados novos movimentos sociais, com maior horizontalidade de atuação e ampliação das formas de aglutinação e mobilização, através da comunicação em rede, como posição de destaque para o modelo “do novo internacionalismo operário” de Boaventura de Sousa Santos, vendo fundamento na teoria da desobediência para justificar o modelo revolucionário que supere o enquadramento legal convencional do direito, com o objetivo de afirmar a emancipação humana, através de um resgate da relação ontológica do ser social, de Lukács; e do homem reconectado à natureza, de Marx e Engels, visando contribuir para a reconstrução da dogmática tradicional do Direito do Trabalho, tendo em vista a posição nuclear e estratégica da greve nesse ramo do saber jurídico.
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Estabelecido esse ponto de partida de observação, é objetivamente identificável através da colheita de dados em organismos internacionais como OIT e OXFAM que as fissuras e patologias contemporâneas do trabalho (como desemprego estrutural e informalidade), associadas à crescente concentração/má distribuição de recursos materiais do planeta, e os seus rituais de adoecimento e morte no emprego, como também, diante da chamada “crise sociometabólica do capital” de Mészáros, que o sistema não consegue produzir respostas moralmente justas para a libertação da exploração do homem pelo homem. Calcada numa dimensão teórica marxista e seguida por uma considerável bibliografia no campo da chamada teoria social crítica, a pesquisa consegue colher diversos resultados que transitam entre a moral moderna/industrial e a contemporânea, a fim de evidenciar a necessária abertura de espaço no que tange à construção de novas alternativas societais mais éticas. Reconhecendo que essas novas pautas devem surgir da luta operária, elege a greve, aproximando-a dos chamados novos movimentos sociais, com maior horizontalidade de atuação e ampliação das formas de aglutinação e mobilização, através da comunicação em rede, como posição de destaque para o modelo “do novo internacionalismo operário” de Boaventura de Sousa Santos, vendo fundamento na teoria da desobediência para justificar o modelo revolucionário que supere o enquadramento legal convencional do direito, com o objetivo de afirmar a emancipação humana, através de um resgate da relação ontológica do ser social, de Lukács; e do homem reconectado à natureza, de Marx e Engels, visando contribuir para a reconstrução da dogmática tradicional do Direito do Trabalho, tendo em vista a posição nuclear e estratégica da greve nesse ramo do saber jurídico.The present dissertation is based on a critique of the civilization process existing in the categorization of the structural crisis of capital, analyzed from the beginning of the economic system established in modernity, called the capitalist system. Establishing this starting point of observation, it is objectively identifiable through data collection in international organizations such as ILO, OXFAM, that contemporary fissures and pathologies of work (such as structural unemployment and informality), associated with the increasing concentration/maldistribution of material resources of the planet, and its rituals of sickness and death in employment, as well as the socalled “social-metabolic crisis of capital” of Mészáros, that the system fails to produce morally right answers for the liberation of man's exploitation by man. Based on a theoretical Marxist dimension, and followed by a considerable bibliography in the field of so-called critical social theory, the research is also able to gather several results that transpose between modern/industrial and contemporary morality in order to highlight the necessary opening of space in which to the construction of new, more ethical societal alternatives for the purpose of centralizing man on the agenda that orbits economic relations. Recognizing that these new patterns must emerge from the workers' struggle, it selects the strike, bringing it closer to the so-called new social movements, with a greater horizontality of action, and increasing the forms of agglutination and mobilization, all the more through network communication and position of Boaventura de Sousa Santos, seeing as a foundation in the theory of disobedience to justify the revolutionary model, that surpasses the conventional legal framework of law, with the objective of affirming human emancipation through a possible rescue of the ontological relation of the social being, of Lukács; and of the man reconnected to nature, of Marx and Engels, to contribute to the reconstruction of the traditional dogmatics of Labor Law, in view of the nuclear and strategic position of the strike in this branch of legal knowledge.Universidade Federal de PernambucoUFPEBrasilPrograma de Pos Graduacao em DireitoZAIDAN FILHO, Michelhttp://lattes.cnpq.br/6520635412126447http://lattes.cnpq.br/4235585448589376ALBUQUERQUE, Diego Nieto de2019-09-20T20:31:44Z2019-09-20T20:31:44Z2018-12-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33442porAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPE2019-10-25T14:12:16Zoai:repositorio.ufpe.br:123456789/33442Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T14:12:16Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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