O patronato de Enrico : Giotto e os afrescos da Cappella degli Scrovegni a serviço de uma nova imagem social e política (Itália – séc.XIV)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Maschio, Michelle, 1977-
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/1884/72527
Resumo: Orientadora: Profa. Dra. Fátima Regina Fernandes Frighetto
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spelling Maschio, Michelle, 1977-Fernandes, Fátima Regina, 1962-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em História2021-11-30T12:11:56Z2021-11-30T12:11:56Z2021https://hdl.handle.net/1884/72527Orientadora: Profa. Dra. Fátima Regina Fernandes FrighettoDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História. Defesa : Curitiba, 02/08/2021Inclui referências: p. 101-106Resumo: Considera-se que pode ser ultrapassada a ideia de que Enrico Scrovegni mandou construir e decorar com afrescos, entre 1303 e 1305, a Cappella degli Scrovegni em Pádua, apenas por uma questão expiatória. Foi cristalizada a idéia de que Enrico financiou a capela para salvar a alma de seu pai Reginaldo, um conhecido usurário e que supostamente estaria sofrendo no Purgatório. De fato, a família Scrovegni enriqueceu e ganhou má fama com a prática da usura, sendo que o próprio Reginaldo encontra-se citado no Inferno de Dante Alighieri, contudo, ainda no século XIII, houve um relaxamento da Igreja sobre essa atividade. Reginaldo não se encontra representado na iconografia da capela, ao contrário do filho, que está retratado no Paraíso no afresco do Juízo Final. O motivo que levou Enrico a construir a capela não é o objetivo da presente pesquisa, no entanto, considera-se que foi um projeto próprio e desvinculado de seu pai. Giotto di Bondone foi o escolhido para executar o ciclo de afrescos que garantiram ao seu patrono uma posição de destaque, uma vez que, Enrico Scrovegni era possivelmente o homem mais rico de Pádua e, pode-se supor que almejasse ser sua maior autoridade. Nesse sentido, a principal questão da presente análise refere-se como os afrescos de Giotto foram utilizados em prol dos planos de projeção social e política do seu doador. O patronato de Enrico mostra-se singular em alguns aspectos, entre eles, o fato de que a capela tinha um status privado e era anexa à sua residência. Considera-se que a intenção do patrono era criar uma nova imagem para si, desvinculada da atividade econômica da família, nesse sentido, ele próprio se encontra retratado entre os eleitos, ao passo que, os usurários estão representados sofrendo no Inferno. Para a análise de fontes visuais, o conceito de representação de Chartier mostra-se bastante pertinente, visto que nenhuma representação corresponde exatamente à realidade, mas, sobretudo, é uma ausência que permite ser preenchida por toda uma gama de simbolismos. Do mesmo modo, o conceito de imagem de Schmitt revela-se indispensável para tratar da especificidade desses objetos medievais, em especial, no que tange ao lugar e aos usos que se faziam deles.Abstract: It is considered that the idea that Enrico Scrovegni had the Cappella degli Scrovegni in Padua built and decorated with frescoes, between 1303 and 1305, in Padua, just for expiatory reasons, can be overcome. The idea was crystallized that Enrico financed the chapel to save the soul of his father Reginaldo, a known usurer who was supposedly suffering in Purgatory. In fact, the Scrovegni family got rich and got a bad reputation with the practice of usury, and Reginaldo himself is mentioned in Dante Alighieri's Inferno, however, even in the 13th century, there was a relaxation of the Church about this activity. Reginaldo is not represented in the chapel's iconography, unlike his son, who is portrayed in Paradise in the fresco of the Last Judgment. The reason that led Enrico to build the chapel is not the objective of this research, however, it is considered that it was a project of his own and unrelated to his father. Giotto di Bondone was chosen to carry out the fresco cycle that guaranteed his patron a prominent position, since Enrico Srovegni was possibly the richest man in Padua and, it can be assumed, he aimed to be its greatest authority. In this sense, the main issue of the present analysis refers to how Giotto's frescoes were used in favor of his donor's plans for social and political projection. Enrico's patronage is unique in some respects, including the fact that the chapel had a private status and was attached to his residence. It is considered that the patron's intention was to create a new image for himself, disconnected from the family's economic activity, in this sense, he is himself portrayed among the chosen ones, while the usurers are represented suffering in Hell. For the analysis of visual sources, Chartier's concept of representation proves to be quite pertinent, since no representation exactly corresponds to reality, but, above all, it is an absence that allows it to be filled with a whole range of symbolisms. Likewise, Schmitt's concept of image proves to be indispensable to address the specificity of these medieval objects, especially with regard to their place and uses.1 arquivo (106 p.) : il. 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