Efeito do Insulin-Like Growth Factor-I (IGF-I) recombinante sobre a secreção espontânea de hormônio de crescimento, secreção estimulada de TSH e excreção urinária de cálcio e nitrogênio, em uma paciente com deleção parcial do Gene do Receptor do IGF-I

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Carvalho, Julienne Angela Ramires de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/26504
Resumo: Resumo: o objetivo deste estudo foi testar a hipótese de resistência à ação do IGF-I em uma paciente com cromossoma 15 em anel e deleção parcial do gene do receptor de IGF-I (IGF-I RI). A paciente nasceu de gestação normal, com peso de 2,07 Kg e talhe de 42 cm. Aos 5,1 anos apresentava: altura, 87,2 cm (H-SDS, -4,3); peso, 11,1 Kg (4 Kg < 3° percentil); face triangular e assimétrica; palato ogivóide; orelhas proeminentes; manchas café com leite, retardo mental e idade óssea (10) de 30 meses (Greulich & Pyle). O valor máximo de HC (ng/ml) após c10nidina foi de 19,2 e após hipoglicernia insulínica, de 34. As dosagens basais e após RhGH de IGF-I e IGFBP-3 foram: 331 e 301 ~g/L; 4,3 e 3,9 ~g/ml, respectivamente (2 DP para aIO). Cariótipo 46,XXr(15)(pllq26.2). As análises por Southern e Northern blot mostraram ausência de uma cópia do gene do IGF-I RI e redução da expressão do seu RNAm. Dos 7,8 aos 8,7 anos recebeu RhGH (1,0 UIlKg/sem. por 5 meses e depois 0,85 UI/Kg/sem.), e a velocidade de crescimento (VC) passou de 4,2 para 6,3 cm/ano. Dos 8,7 aos 9,1 anos usou RhGH (0,85 UIlKg/sem.) e oxandrolona (0,0625 mg/Kg/dia) e a VC foi de 9,2. Dos 9,1 aos 9,7 anos usou oxandrolona (0,0625 mg/Kg/dia) e a VC foi de 5,5. Dos 9,7 aos 11,5 anos não recebeu medicação e a VC foi de 4,0. O protocolo de estudo compreendeu duas fases: A e B, com intervalo de 15dias. Fase A (3 dias): internamento no dia 1; teste do TRH (TSH) no dia 2; dosagem do HC a cada 20 min., das 21h do dia 2 às 9h do dia 3; dosagem de IGF-I, IGFBP-2 e IGFBP-3 a cada 6h no dia 3. Fase B (15 dias de internação): balanço diário de cálcio (Ca) e nitrogênio (N); administração de RhIGF-I (Igef, Pharmacia - Upjohn), SC, às 8h e às 16h, na dose de 40~g/Kg/dia (dias 8 e 9), 60~g/kg/dia (dias 10 e 11) e 80~g/Kg/dia (dias 12, 13 e 8h do dia 14). Monitorização da glicemia durante o uso do RhlGF-I. Dosagem de HC, TSH, IGFI, IGFPB-2 e IGFBP-3 nos dia 13 e 14. Os resultados foram comparados com os obtidos em normais e em pacientes com síndrome de Laron tratados com RhlGF-I. As médias das concentrações nas fases A e B foram: IGF-I, 374 e 959 ~g/L (~ 2 DP); IGFBP-2, 128 e 165 mg/ml (normais); IGFBP-3, 4,5 e 5,4 ~g/ml (~ 2 DP). Na fase B houve redução de 30% da taxa de secreção de HC, 30% da área sob a curva (AUC), 25% da amplitude média dos picos, 33% do número de picos e de 37% da concentração média. Os valores de HC nas fases A e B não diferiram significativamente (p>0,05). A AUC e a média da concentração diminuíram, respectivamente, 12% e 16% na fase B. Houve redução de 20% da excreção de N e aumento de 60% da excreção de Ca. A supressão parcial da secreção de HC e de TSH e o pequeno efeito sobre a excreção de Ca e N durante o uso de RhlGF-1 e os níveis normais de IGFBP-2 e os valores elevados de IGFBP-3 antes e após a administração de RhIGF-I corroboram a hipótese de resistência parcial ao IGF-I. Estes dados ajudam a explicar algumas características clínicas da paciente.
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