Dinâmicas do picoplâncton na Costa Oeste do Oceano Atlântico Equatorial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Menezes, Maiara
Orientador(a): Amado, André Megali
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26864
Resumo: A maior parte da biomassa oceânica é microbiana, e os microrganismos picoplanctônicos, que consistem de pequenas células (<3 µm), são atores centrais no ciclo global de nutrientes e da produção de C. Bactérias heterotróficas, cianobactérias (por exemplo, Synechococcus e Prochlorococcus) e picoeukaryotes autotróficos compreendem o picoplâncton e frequentemente dominam o plâncton em oceanos oligotróficos de baixa latitude. Avaliar a dinâmica temporal desses organismos é fundamental para entender os estoques e fluxos de C na região tropical. Assim, foram realizadas amostragens mensais entre 2013-2016 na estação de amostragem do Observatório Microbial do Atlântico Equatorial (EAMO) localizada no litoral do estado do RN - Brasil, para avaliar as variações temporais na abundância, biomassa e atividade (produção bacteriana e respiração) da assembleia do picoplâncton. Sua contribuição relativa à biomassa e os fatores ambientais que podem regular o picoplâncton também foram investigados. Nossos resultados revelaram grande estabilidade na dinâmica temporal do picoplâncton em uma escala sazonal, apesar da considerável variação interanual relacionada ao evento El Niño (ENSO) em 2015. As bactérias heterotróficas dominaram o picoplâncton durante todo o período do estudo, enquanto que a porção autotrófica (Synechococcus + picoeukaryotes) contribuiu em média com 30% da biomassa total de picoplâncton e com 58% do total de clorofila a. A salinidade se mostrou como o melhor preditor do picoplâncton, com maiores abundâncias ocorrendo em períodos de queda na salinidade. No entanto, as fracas relações ambientais encontradas podem sugerir maior importância de interações biológicas (como competição e / ou pastoreio) levando a flutuações do picoplâncton. Essas evidências fornecem uma nova perspectiva de que o picoplâncton pode exibir flutuações mais acentuadas em intervalos interanuais na região tropical, porém é permanente sua relevância para a ciclagem do C, principalmente em um cenário de mudanças climáticas.
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spelling Menezes, MaiaraLongo, Guilherme OrtigaraParanhos, RodolfoAmado, André Megali2019-04-05T22:45:40Z2019-04-05T22:45:40Z2018-05-04MENEZES, Maiara. Dinâmicas do picoplâncton na Costa Oeste do Oceano Atlântico Equatorial. 2018. 52f. Dissertação (Mestrado em Ecologia) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2018.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26864A maior parte da biomassa oceânica é microbiana, e os microrganismos picoplanctônicos, que consistem de pequenas células (<3 µm), são atores centrais no ciclo global de nutrientes e da produção de C. Bactérias heterotróficas, cianobactérias (por exemplo, Synechococcus e Prochlorococcus) e picoeukaryotes autotróficos compreendem o picoplâncton e frequentemente dominam o plâncton em oceanos oligotróficos de baixa latitude. Avaliar a dinâmica temporal desses organismos é fundamental para entender os estoques e fluxos de C na região tropical. Assim, foram realizadas amostragens mensais entre 2013-2016 na estação de amostragem do Observatório Microbial do Atlântico Equatorial (EAMO) localizada no litoral do estado do RN - Brasil, para avaliar as variações temporais na abundância, biomassa e atividade (produção bacteriana e respiração) da assembleia do picoplâncton. Sua contribuição relativa à biomassa e os fatores ambientais que podem regular o picoplâncton também foram investigados. Nossos resultados revelaram grande estabilidade na dinâmica temporal do picoplâncton em uma escala sazonal, apesar da considerável variação interanual relacionada ao evento El Niño (ENSO) em 2015. As bactérias heterotróficas dominaram o picoplâncton durante todo o período do estudo, enquanto que a porção autotrófica (Synechococcus + picoeukaryotes) contribuiu em média com 30% da biomassa total de picoplâncton e com 58% do total de clorofila a. A salinidade se mostrou como o melhor preditor do picoplâncton, com maiores abundâncias ocorrendo em períodos de queda na salinidade. No entanto, as fracas relações ambientais encontradas podem sugerir maior importância de interações biológicas (como competição e / ou pastoreio) levando a flutuações do picoplâncton. Essas evidências fornecem uma nova perspectiva de que o picoplâncton pode exibir flutuações mais acentuadas em intervalos interanuais na região tropical, porém é permanente sua relevância para a ciclagem do C, principalmente em um cenário de mudanças climáticas.Most of the ocean’s biomass is microbial and picoplankton microorganisms, which consists of small cells (<3 µm), are central players of global nutrient cycle and C production. Heterotrophic bacteria, cyanobacteria (e.g. Synechococcus and Prochlorococcus) and autotrophic picoeukaryotes comprise the picoplankton and often dominate plankton in low-latitude oligotrophic oceans. Evaluate temporal dynamics of these organisms is critical to understand microbial stocks and C fluxes in the tropical ocean. Thus, we performed monthly samplings between 2013-2016 at the Equatorial Atlantic Microbial Observatory (EAMO) sampling station located on the coast of RN state – Brazil to evaluate time variations in abundance, biomass and activity (bacterial production and respiration) of picoplankton assemblage. Its relative contribution to biomass and the environmental factors that may regulate picoplankton were also investigated. Our results revealed great stability in temporal dynamic of picoplankton in a seasonal scale, despite considerable interannual variation related to El Niño (ENSO) event in 2015. Heterotrophic bacteria dominated picoplankton during the entire study period. Autotrophic picoplankton (Synechococcus + picoeukaryotes) contributed in average for 30% of total picoplankton biomass, and for 58% of total chlorophyll a. Salinity proved to be the best predictor of picoplankton, with greater abundances during periods of low salinity. However, weak environmental relationships founded may suggest a greater importance of biological interactions (as competition and/or grazing) leading to picoplankton fluctuations. This evidence provides a new perspective that picoplankton may exhibit more pronounced fluctuations in interannual intervals in the tropical region, but it is of permanent relevance for C cycling, especially in a climate change scenario.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIAPicoplânctonMetabolismo microbianoÁguas costeirasAtlântico equatorialDinâmicas do picoplâncton na Costa Oeste do Oceano Atlântico Equatorialinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTDinâmicaspicoplânctoncosta_Menezes_2018.pdf.txtDinâmicaspicoplânctoncosta_Menezes_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain98875https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26864/2/Din%c3%a2micaspicopl%c3%a2nctoncosta_Menezes_2018.pdf.txt758e1cabc0802690ed52429d1a202ba6MD52THUMBNAILDinâmicaspicoplânctoncosta_Menezes_2018.pdf.jpgDinâmicaspicoplânctoncosta_Menezes_2018.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1261https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26864/3/Din%c3%a2micaspicopl%c3%a2nctoncosta_Menezes_2018.pdf.jpga983e715667926982160fd47a3ff2978MD53ORIGINALDinâmicaspicoplânctoncosta_Menezes_2018.pdfapplication/pdf2345454https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26864/1/Din%c3%a2micaspicopl%c3%a2nctoncosta_Menezes_2018.pdfc99802ebc1819041709f1eff703fb1e1MD51123456789/268642019-05-26 02:32:07.129oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/26864Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-05-26T05:32:07Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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