Avaliação dos níveis transcricionais de genes codificantes para bombas de efluxo em isolados de Mycobacterium tuberculosis resistentes ou não à isoniazida
Ano de defesa: | 2017 |
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Tipo de documento: | Dissertação |
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Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2017. |
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Avaliação dos níveis transcricionais de genes codificantes para bombas de efluxo em isolados de Mycobacterium tuberculosis resistentes ou não à isoniazidaFarmáciaMycobacterium tuberculosisIsoniazidaExpressão gênicaDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2017.A Tuberculose (TB) é uma doença causada por bactérias pertencentes ao Complexo Mycobacterium tuberculosis. Segundo a Organização Mundial de Saúde, estimou-se que em 2015, 10,4 milhões de pessoas desenvolveram TB mundialmente e 1,4 milhões morreram em decorrência da doença. No Brasil, foram registrados em 2015, 1027 casos de TB resistente aos fármacos. A isoniazida é um dos fármacos mais efetivos no tratamento da TB. Os principais mecanismos de resistência à isoniazida estão relacionados a mutações nos genes que codificam o ativador do fármaco (gene katG) e o alvo deste (gene inhA). Mutações nos genes katG e inhA são responsáveis por aproximadamente 75% dos casos de M. tuberculosis resistentes à isoniazida, no entanto, em 25% dos casos, tais mutações não são encontradas. Acredita-se que a superexpressão de proteínas do tipo bombas de efluxo sejam responsáveis por este percentual. O aumento na atividade de efluxo resulta na redução das concentrações intrabacterianas do fármaco, o que pode propiciar a sobrevivência de uma subpopulação bacteriana exposta ao constante estresse causado pelas concentrações subinibitórias do fármaco. Durante esta exposição, mutantes com alterações gênicas que favoreçam a resistência podem ser selecionados, possibilitando o estabelecimento de uma população resistente que se torna clinicamente significante. Sendo assim, objetivou-se com o presente estudo, avaliar os níveis de expressão dos genes que codificam para bombas de efluxo mmr, jefA, efpA, bacA e drrA em isolados clínicos de M. tuberculosis com diferentes perfis de susceptibilidade à isoniazida. Os isolados foram categorizados em três grupos: 1. isolados susceptíveis à isoniazida; 2. isolados susceptíveis à isoniazida provenientes de pacientes com baciloscopia positiva ao quarto mês de tratamento e 3. isolados com monorresistência primária à isoniazida. Os resultados obtidos por meio da técnica de Reação em Cadeia da Polimerase Quantitativa em Tempo Real foram comparados entre os grupos e em relação à cepa de referência M. tuberculosis H37Rv. Para os genes jefA, efpA e drrA não foi observada diferença significativa nos níveis de expressão entre os grupos. Desta forma, não foi possível estabelecer uma relação entre os níveis de expressão desses genes e o fenótipo de resistência apresentado pelos isolados. Para os genes mmr e bacA foi encontrada relação significativa entre os níveis basais de expressão e o fenótipo de monorresistência à isoniazida. O gene mmr, o qual codifica para proteínas da família Small Multidrug Resistance, apresentou valores de expressão basal aumentados nos isolados com monorresistência primária à isoniazida quando comparados aos isolados susceptíveis, sugerindo que este gene possa estar relacionado com a resistência à isoniazida. Os níveis de expressão basal do gene bacA nos isolados susceptíveis foram superiores aos níveis encontrados nos isolados com monorresistência primária à isoniazida, sugerindo que níveis reduzidos de expressão do gene bacA possam estar relacionados com a resistência à isoniazida. Os níveis de expressão basal de bacA observados em 83,3% dos isolados clínicos, tanto monorresistentes quanto susceptíveis foram menores que os níveis observados na cepa de referência M. tuberculosis H37Rv. O gene bacA codifica para transportadores do tipo ABC e atua na captação de vitamina B12.Abstract : Tuberculosis (TB) is a disease caused by bacteria belonging to the Mycobacterium tuberculosis Complex. According to the World Health Organization, in 2015, an estimated 10.4 million people developed TB worldwide and 1.4 million died from the disease. In Brazil, 1,027 cases of drug-resistant TB were recorded in 2015. Isoniazid is one of the most effective drugs in the treatment of TB. The major mechanisms of resistance to isoniazid are related to mutations in the genes that encode the drug activator (katG gene) and the drug target (inhA gene). Mutations in katG and inhA genes account for approximately 75% of isoniazid-resistant M. tuberculosis cases; however, in 25% of cases, such mutations are not found. It is believed that overexpression of efflux proteins accounts for this percentage. The increase in efflux activity results in the reduction of intrabacterial drug concentrations, which may lead the survival of a bacterial subpopulation exposed to constant stress of subinhibitory drug concentrations. During this exposition, mutants with alterations in genes that favor resistance can be selected, allowing the establishment of a resistant population that becomes clinically significant. Therefore, the aim of this study was to evaluate the expression levels of efflux pumps genes mmr, jefA, efpA, bacA and drrA in clinical isolates of M. tuberculosis with different isoniazid susceptibility profiles. The isolates were divided into three groups: 1. isoniazid-susceptible isolates, 2. isoniazid-susceptible isolates from patients with positive bacilloscopy after four months of treatment, and 3. isoniazid-resistant isolates. The results obtained using the Quantitative Real-Time Polymerase Chain Reaction technique were compared between the groups and in relation to the reference strain M. tuberculosis H37Rv. For the jefA, efpA and drrA genes, no significant difference in expression levels was observed between groups. Therefore, it was not possible to establish a relationship between the expression levels of these genes and the resistance phenotype of the isolates. For the mmr and bacA genes, a significant relationship was found between the expression levels and the isoniazid-monoresistant phenotype. The mmr gene, which encodes proteins from the Small Multidrug Resistance family, presented increased baseline expression values in isolates with primary isoniazid monoresistance, when compared to susceptible isolates, suggesting that this gene may be related to isoniazid resistance. Basal expression levels of the bacA gene in susceptible isolates were higher than levels found in isolates with primary isoniazid monoresistance, suggesting that reduced levels of the bacA gene may be related to isoniazid resistance. The basal expression levels of bacA observed in 83.3% of clinical isolates, both isoniazid-monoresistant and susceptible, were lower than the levels observed in the reference strain M. tuberculosis H37Rv. The bacA gene codes for ABC type transporters and acts on the uptake of vitamin B12.Bazzo, Maria LuizaUniversidade Federal de Santa CatarinaStarick, Márick Rodrigues2017-12-05T03:13:43Z2017-12-05T03:13:43Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis131 p.| il., gráfs., tabs.application/pdf349065https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/181598porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-12-05T03:13:43Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/181598Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732017-12-05T03:13:43Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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