A Espinheira-Santa no SUS: prescrição e uso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ravasi, Juliana Mourão [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3688391
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/41869
Resumo: O Brasil é detentor de uma grande biodiversidade, sendo este um dos motivos pelo qual o Ministério da Saúde elaborou uma lista contendo 71 plantas, que fazem parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde (RENISUS). Já a seleção de fitoterápicos, no contexto da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (SMS-SP), foi realizada pela Comissão Farmacoterapêutica, responsável pela elaboração da Relação Municipal de Medicamentos Essenciais - REMUME-SP. As espécies são: Espinheira-Santa (Maytenus ilicifolia), Garra do Diabo (Harpagophytum procumbens), Valeriana (Valeriana officinalis) e Isoflavona de Soja (Glycine max). A Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiss é popularmente usada no combate de várias doenças, entre as quais destacam-se úlceras e gastrites. O presente trabalho teve como objetivo conhecer, através de entrevistas, a opinião dos profissionais de saúde e dos pacientes das Unidades Públicas Ambulatoriais (UPA), as razões da baixa aceitabilidade de um fitoterápico com esta planta. Das 780 UPAs da SMS-SP, 47 (6%) receberam os medicamentos fitoterápicos. Observou-se que 53,08% dos profissionais de saúde entrevistados prescreviam medicamentos fitoterápicos disponíveis no SUS e os profissionais que mais os prescreveram são os clínicos gerais, acupunturistas, homeopatas, geriatras e médicos da família. (37,2%). Este achado também indica que quase a metade, 46,92% deles não prescreviam os fitoterápicos da rede pública de saúde. Entre os principais motivos para este fato estão a falta de conhecimento e a má distribuição e divulgação, havendo relatos de que os fitoterápicos foram introduzidos sem que houvesse um programa prévio de capacitação profissional a respeito desse assunto. Os pacientes que já conheciam a Espinheira-Santa, também não tinham conhecimento dessa planta como fitoterápico. A Espinheira-Santa foi o segundo fitoterápico mais prescrito (28,5%), embora o consumo de Omeprazol tenha sido extremamente elevado, chegando em 2015 a quase 200 milhões de cápsulas. Dos 57 pacientes entrevistados, apenas 8,8% conheciam o programa de fitoterápicos no SUS e apenas 7% se tratavam com esses medicamentos.
id UFSP_96e49d9fd0ecc8800ed62c7e42b28468
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br/:11600/41869
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str
spelling A Espinheira-Santa no SUS: prescrição e usoThe espinheira-santa in the SUS: prescription and useEspinheira-SantaSistema Único de Saúde (SUS)Problemas GástricosPlantas MedicinaisPrescriçãoSaúde ColetivaO Brasil é detentor de uma grande biodiversidade, sendo este um dos motivos pelo qual o Ministério da Saúde elaborou uma lista contendo 71 plantas, que fazem parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde (RENISUS). Já a seleção de fitoterápicos, no contexto da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (SMS-SP), foi realizada pela Comissão Farmacoterapêutica, responsável pela elaboração da Relação Municipal de Medicamentos Essenciais - REMUME-SP. As espécies são: Espinheira-Santa (Maytenus ilicifolia), Garra do Diabo (Harpagophytum procumbens), Valeriana (Valeriana officinalis) e Isoflavona de Soja (Glycine max). A Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiss é popularmente usada no combate de várias doenças, entre as quais destacam-se úlceras e gastrites. O presente trabalho teve como objetivo conhecer, através de entrevistas, a opinião dos profissionais de saúde e dos pacientes das Unidades Públicas Ambulatoriais (UPA), as razões da baixa aceitabilidade de um fitoterápico com esta planta. Das 780 UPAs da SMS-SP, 47 (6%) receberam os medicamentos fitoterápicos. Observou-se que 53,08% dos profissionais de saúde entrevistados prescreviam medicamentos fitoterápicos disponíveis no SUS e os profissionais que mais os prescreveram são os clínicos gerais, acupunturistas, homeopatas, geriatras e médicos da família. (37,2%). Este achado também indica que quase a metade, 46,92% deles não prescreviam os fitoterápicos da rede pública de saúde. Entre os principais motivos para este fato estão a falta de conhecimento e a má distribuição e divulgação, havendo relatos de que os fitoterápicos foram introduzidos sem que houvesse um programa prévio de capacitação profissional a respeito desse assunto. Os pacientes que já conheciam a Espinheira-Santa, também não tinham conhecimento dessa planta como fitoterápico. A Espinheira-Santa foi o segundo fitoterápico mais prescrito (28,5%), embora o consumo de Omeprazol tenha sido extremamente elevado, chegando em 2015 a quase 200 milhões de cápsulas. Dos 57 pacientes entrevistados, apenas 8,8% conheciam o programa de fitoterápicos no SUS e apenas 7% se tratavam com esses medicamentos.BV UNIFESP: Teses e dissertaçõesUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Carlini, Elisaldo Luiz de Araujo [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/2815934861783865http://lattes.cnpq.br/5948335656347039Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Ravasi, Juliana Mourão [UNIFESP]2018-06-04T19:14:35Z2018-06-04T19:14:35Z2016-04-28info:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion69 f.application/pdfhttps://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3688391RAVASI, Juliana Mourao. A Espinheira-Santa no SUS: prescrição e uso. 2016. 69 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2016.DISSERTAÇÃO_Juliana Mourão Ravasi.pdfhttp://repositorio.unifesp.br/handle/11600/41869porSão Pauloinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-08-08T19:03:56Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/41869Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-08-08T19:03:56Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.none.fl_str_mv A Espinheira-Santa no SUS: prescrição e uso
The espinheira-santa in the SUS: prescription and use
title A Espinheira-Santa no SUS: prescrição e uso
spellingShingle A Espinheira-Santa no SUS: prescrição e uso
Ravasi, Juliana Mourão [UNIFESP]
Espinheira-Santa
Sistema Único de Saúde (SUS)
Problemas Gástricos
Plantas Medicinais
Prescrição
Saúde Coletiva
title_short A Espinheira-Santa no SUS: prescrição e uso
title_full A Espinheira-Santa no SUS: prescrição e uso
title_fullStr A Espinheira-Santa no SUS: prescrição e uso
title_full_unstemmed A Espinheira-Santa no SUS: prescrição e uso
title_sort A Espinheira-Santa no SUS: prescrição e uso
author Ravasi, Juliana Mourão [UNIFESP]
author_facet Ravasi, Juliana Mourão [UNIFESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Carlini, Elisaldo Luiz de Araujo [UNIFESP]
http://lattes.cnpq.br/2815934861783865
http://lattes.cnpq.br/5948335656347039
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.contributor.author.fl_str_mv Ravasi, Juliana Mourão [UNIFESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Espinheira-Santa
Sistema Único de Saúde (SUS)
Problemas Gástricos
Plantas Medicinais
Prescrição
Saúde Coletiva
topic Espinheira-Santa
Sistema Único de Saúde (SUS)
Problemas Gástricos
Plantas Medicinais
Prescrição
Saúde Coletiva
description O Brasil é detentor de uma grande biodiversidade, sendo este um dos motivos pelo qual o Ministério da Saúde elaborou uma lista contendo 71 plantas, que fazem parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde (RENISUS). Já a seleção de fitoterápicos, no contexto da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (SMS-SP), foi realizada pela Comissão Farmacoterapêutica, responsável pela elaboração da Relação Municipal de Medicamentos Essenciais - REMUME-SP. As espécies são: Espinheira-Santa (Maytenus ilicifolia), Garra do Diabo (Harpagophytum procumbens), Valeriana (Valeriana officinalis) e Isoflavona de Soja (Glycine max). A Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiss é popularmente usada no combate de várias doenças, entre as quais destacam-se úlceras e gastrites. O presente trabalho teve como objetivo conhecer, através de entrevistas, a opinião dos profissionais de saúde e dos pacientes das Unidades Públicas Ambulatoriais (UPA), as razões da baixa aceitabilidade de um fitoterápico com esta planta. Das 780 UPAs da SMS-SP, 47 (6%) receberam os medicamentos fitoterápicos. Observou-se que 53,08% dos profissionais de saúde entrevistados prescreviam medicamentos fitoterápicos disponíveis no SUS e os profissionais que mais os prescreveram são os clínicos gerais, acupunturistas, homeopatas, geriatras e médicos da família. (37,2%). Este achado também indica que quase a metade, 46,92% deles não prescreviam os fitoterápicos da rede pública de saúde. Entre os principais motivos para este fato estão a falta de conhecimento e a má distribuição e divulgação, havendo relatos de que os fitoterápicos foram introduzidos sem que houvesse um programa prévio de capacitação profissional a respeito desse assunto. Os pacientes que já conheciam a Espinheira-Santa, também não tinham conhecimento dessa planta como fitoterápico. A Espinheira-Santa foi o segundo fitoterápico mais prescrito (28,5%), embora o consumo de Omeprazol tenha sido extremamente elevado, chegando em 2015 a quase 200 milhões de cápsulas. Dos 57 pacientes entrevistados, apenas 8,8% conheciam o programa de fitoterápicos no SUS e apenas 7% se tratavam com esses medicamentos.
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-04-28
2018-06-04T19:14:35Z
2018-06-04T19:14:35Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3688391
RAVASI, Juliana Mourao. A Espinheira-Santa no SUS: prescrição e uso. 2016. 69 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2016.
DISSERTAÇÃO_Juliana Mourão Ravasi.pdf
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/41869
url https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3688391
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/41869
identifier_str_mv RAVASI, Juliana Mourao. A Espinheira-Santa no SUS: prescrição e uso. 2016. 69 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2016.
DISSERTAÇÃO_Juliana Mourão Ravasi.pdf
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 69 f.
application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv São Paulo
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv biblioteca.csp@unifesp.br
_version_ 1833924508787933184