Estudo prospectivo, randomizado e controlado de mulheres com incontinência urinaria de esforço, tratadas com exercícios perineais, terapia com cones e eletroestimulação funcional do assoalho pélvico
Ano de defesa: | 2005 |
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Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
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Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Resumo: | Objetivo: Comparar os efeitos dos exercícios perineais, terapia com cones e eletroestimulação funcional do assoalho pélvico, no tratamento de mulheres com incontinência urinária de esforço. Pacientes e Métodos: Foram randomizadas 89 pacientes divididas nos seguintes grupos: Grupo A -exercícios perineais (n=23), Grupo B - eletroestimulação (n=24), Grupo C -cones vaginais (n=21), Grupo D - controle (n=21). Os pacientes foram avaliados antes e após os tratamentos, por meio do estudo urodinâmico, teste do absorvente de uma hora, diário miccional, questionário de qualidade de vida (I-QoL) e ainda por avaliação subjetiva. Os exercícios perineais foram desenvolvidos em duas sessões semanais, com duração de 45 minutos, nas posições ortostática, sentada e supina. As sessões de eletroterapia foram realizadas duas vezes por semana, com duração de vinte minutos. Os parâmetros elétricos foram: intensidade de corrente variando de 10mA a 100mA de acordo com a tolerância de cada paciente, freqüência fixa em 50Hz e duração do pulso de 1 mseg. A terapia com os cones vaginais seguiu a mesma freqüência semanal, com a duração de 45 minutos. O peso dos cones variou de 20 gramas a 70 gramas. No grupo controle as pacientes foram orientadas a realizar a mesma seqüência de exercícios, porém, sem a supervisão de uma fisioterapeuta, em ambiente domiciliar e com controle mensal. A duração do tratamento foi de quatro meses consecutivos para todas as técnicas. Resultados: Na avaliação objetiva observamos uma redução, estatisticamente significante, no peso do absorvente e no número de episódios de perda de urina nas pacientes que realizaram os exercícios perineais, a terapia com cones vaginais e a eletroestimulação, quando comparados com o grupo controle. Observamos, ainda uma melhora significativa na qualidade de vida (I-QoL), naquelas que realizaram as técnicas fisioterápicas, o que não ocorreu com o grupo controle. Na avaliação urodinâmica o teste de esforço foi negativo de forma significativa nas pacientes que realizaram as técnicas fisioterápicas, quando comparados com o grupo controle. Nos demais parâmetros urodinâmicos não houve alterações. Na avaliação subjetiva, as mulheres que realizaram os exercícios perineais, a terapia com cones vaginais e a eletroestimulação referiram estar satisfeitas em 65,2 por cento, 61,9 por cento e 58,3 por cento, respectivamente, após a terapêutica aplicada. No grupo controle, apenas 23,8 por cento das pacientes estavam satisfeitas com o tratamento realizado. Conclusão: Os exercícios perineais, a terapia com cones vaginais e a eletroestimulação funcional do assoalho pélvico são efetivos no tratamento de mulheres com incontinência urinária de esforço. Quando comparados apresentaram taxas de sucesso semelhantes. (AU) |
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Estudo prospectivo, randomizado e controlado de mulheres com incontinência urinaria de esforço, tratadas com exercícios perineais, terapia com cones e eletroestimulação funcional do assoalho pélvicoA randomised controlled trial of pelvic floor exercises, vaginal cones and electrical stimulation in the treatment of women with stress urinary incontinenceIncontinência urinária por estresseMúsculo lisoDiafragma da pelveObjetivo: Comparar os efeitos dos exercícios perineais, terapia com cones e eletroestimulação funcional do assoalho pélvico, no tratamento de mulheres com incontinência urinária de esforço. Pacientes e Métodos: Foram randomizadas 89 pacientes divididas nos seguintes grupos: Grupo A -exercícios perineais (n=23), Grupo B - eletroestimulação (n=24), Grupo C -cones vaginais (n=21), Grupo D - controle (n=21). Os pacientes foram avaliados antes e após os tratamentos, por meio do estudo urodinâmico, teste do absorvente de uma hora, diário miccional, questionário de qualidade de vida (I-QoL) e ainda por avaliação subjetiva. Os exercícios perineais foram desenvolvidos em duas sessões semanais, com duração de 45 minutos, nas posições ortostática, sentada e supina. As sessões de eletroterapia foram realizadas duas vezes por semana, com duração de vinte minutos. Os parâmetros elétricos foram: intensidade de corrente variando de 10mA a 100mA de acordo com a tolerância de cada paciente, freqüência fixa em 50Hz e duração do pulso de 1 mseg. A terapia com os cones vaginais seguiu a mesma freqüência semanal, com a duração de 45 minutos. O peso dos cones variou de 20 gramas a 70 gramas. No grupo controle as pacientes foram orientadas a realizar a mesma seqüência de exercícios, porém, sem a supervisão de uma fisioterapeuta, em ambiente domiciliar e com controle mensal. A duração do tratamento foi de quatro meses consecutivos para todas as técnicas. Resultados: Na avaliação objetiva observamos uma redução, estatisticamente significante, no peso do absorvente e no número de episódios de perda de urina nas pacientes que realizaram os exercícios perineais, a terapia com cones vaginais e a eletroestimulação, quando comparados com o grupo controle. Observamos, ainda uma melhora significativa na qualidade de vida (I-QoL), naquelas que realizaram as técnicas fisioterápicas, o que não ocorreu com o grupo controle. Na avaliação urodinâmica o teste de esforço foi negativo de forma significativa nas pacientes que realizaram as técnicas fisioterápicas, quando comparados com o grupo controle. Nos demais parâmetros urodinâmicos não houve alterações. Na avaliação subjetiva, as mulheres que realizaram os exercícios perineais, a terapia com cones vaginais e a eletroestimulação referiram estar satisfeitas em 65,2 por cento, 61,9 por cento e 58,3 por cento, respectivamente, após a terapêutica aplicada. No grupo controle, apenas 23,8 por cento das pacientes estavam satisfeitas com o tratamento realizado. Conclusão: Os exercícios perineais, a terapia com cones vaginais e a eletroestimulação funcional do assoalho pélvico são efetivos no tratamento de mulheres com incontinência urinária de esforço. Quando comparados apresentaram taxas de sucesso semelhantes. (AU)Objective: To compare the effect of pelvic floor exercises, vaginal cones and electrical stimulation in the treatment of women with stress urinary incontinence. Patients and Methods: Eighty-nine randomized patients have been divided in the following groups: Group A, pelvic floor exercises (n=23); Group B, electrical stimulation (n=24); Group C, vaginal cones (n=21); Group D, control (n=21). Patients were assessed before and after treatment by urodynamic test, one hour pad test, voiding dairy, quality of life questionnaire (I-QoL) and subjective response. Pelvic floor exercises are characterized by two weekly sessions, lasting 45 minutes each, in orthostatic, sitting, and supine position. Electrical therapy sessions were carried out twice a week for 20 minutes each. Electrical parameters were: current intensity ranging from 10mA to 100mA, according to each patient’s tolerance, fixed frequency of 50 Hz, and pulse duration of 1ms. Vaginal cone therapy followed the same week basis, lasting 45 minutes each. Cone weight ranged from 20 to 70 g. In the control group, patients have been told to follow the same sequence of exercises; however, with no physiotherapist supervision, at home, with a monthly control. The duration of the treatment was four consecutive months for all techniques. Results: Regarding the objective evaluation, we have observed a statistically significant reduction at the one hour pad test and at the number of urine loss episodes in patients who had gone through pelvic floor exercises, vaginal cones and electrical stimulation, as compared to the control group. We have also observed a significant improvement in the quality of life (IQoL) in patients who had gone through physiotherapy techniques, which did not happen to the control group. Concerning the urodynamic evaluation, the stress test was significantly negative in patients who had gone through physiotherapy techniques, as compared to the control group. As to the remaining urodynamic parameters, there was no change. Regarding the subjective evaluation, 65.2%, 61.9%, and 58.3% women who had accomplished pelvic floor exercises, vaginal cones and electrical stimulation, respectively, mentioned being satisfied after the applied therapeutics. In the control group, only 23.8% patients were satisfied with the treatment. Conclusion: Pelvic floor exercises, vaginal cones and electrical stimulation are effective in the treatment of women with stress urinary incontinence. When compared, they have presented similar success rates.BV UNIFESP: Teses e dissertaçõesUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Girão, Manoel João Batista Castello [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Castro, Rodrigo de Aquino [UNIFESP]2015-12-06T23:05:57Z2015-12-06T23:05:57Z2005info:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion123 f.application/pdfCASTRO, Rodrigo de Aquino. Estudo prospectivo, randomizado e controlado em mulheres com incontinência urinária de esforço tratadas, com exercícios perineais, terapia com cones e eletroestimulação funcional do assoalho pélvico. 2005. 123 f. Tese (Doutorado em Ciências) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2005.Publico-20832.pdfhttp://repositorio.unifesp.br/handle/11600/20832porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-07-28T23:46:33Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/20832Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-07-28T23:46:33Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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