Cobertura da triagem auditiva neonatal de usuários do Sistema Único de Saúde no centro-oeste paulista

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Monteiro, Débora Cristina Pereira [UNESP]
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Triagem neonatal; SUS; Deficiência auditiva; Neonatal screening; Hearing deficiency
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193492

A perda auditiva tem um grande impacto no desenvolvimento e aquisição de fala e linguagem, acadêmico, social e econômico, desta forma a detecção precoce é primordial para minimizar seus efeitos. A Triagem Auditiva Neonatal permite a detecção precoce desta perda que, sem diagnóstico e intervenção precoces, configura-se um problema de saúde pública. No Brasil, em 2010, o governo federal sancionou a Lei nº 12.303 que tornou obrigatória a triagem auditiva neonatal universal em todo o território nacional. Considerando o exposto, o objetivo deste estudofoi analisar a taxa de cobertura da triagem auditiva neonatal de usuários do Sistema Único de Saúde no centro-oeste paulista. Este foi um estudo documental retrospectivo no qual foram pesquisados e analisados os dados referentes a Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU) dos neonatos nos 62 municípios do Departamento Regional de Saúde de Marília, no período compreendido entre janeiro de 2010 e dezembro de 2016. Para atingir o objetivo proposto foram consultados o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e o Sistema de Informação Ambulatorial (SIA-SUS) desta regional. Nesta análise compararam-se o número de nascidos vivos com o número de triagens auditivas realizadas por meio das emissões otoacústicas evocadas. Os dados obtidos foram analisados de forma descritiva. A análise dos resultados das cinco regiões que compõe esta regional demostrou que o índice de cobertura variou de 0 a 48% e, que a região C a que apresentou o maior índice de cobertura no período investigado (48%). Observou-se também que em todas regiões houve um aumento gradual do índice de cobertura e que posteriormente em algumas regiões ocorreu um decréscimo. Outra informação relevante é que nas maternidades e hospitais credenciados 81,8% tinham em seu quadro funcional profissionais fonoaudiólogos contratados, porém apenas 31,8% tinham o equipamento adequado para a realização das triagens auditivas. A análise de todos os resultados permite concluir que houve um aumento progressivo na realização da TANU em todas as regiões, porém o índice de cobertura é muito inferior ao recomendado pela literatura nacional e internacional.