Estratégias para alfabetização que contemplam especificidades de estudantes com deficiência intelectual em produções científicas e diretrizes educacionais

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Santos, Neusa Teresinha Rocha dos [UNESP]
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Educação especial; Deficiência intelectual; Alfabetização e letramento; Produções científicas; Diretrizes Nacionais para alfabetização; Special education; Intellectual disability; Literacy and literacy; Scientific productions; National Literacy Guidelines
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235800

A história da educação no Brasil acompanha o debate sobre alfabetização, com início em 1880 com o método João de Deus até os dias atuais. E a escolarização de alunos com deficiência intelectual somente teve notoriedade a partir da metade do século XX, com a política de inclusão escolar. Neste estudo esses movimentos se interligam culminando na seguinte questão de pesquisa: nas produções científicas e nas diretrizes nacionais para alfabetização existem estratégias para alfabetização de alunos com deficiência intelectual? O objetivo principal foi identificar nas produções científicas e nas diretrizes nacionais para alfabetização estratégias para alfabetização de alunos com deficiência intelectual. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com Revisão Sistemática de Literatura e Pesquisa Documental que foram sistematizadas em dois estudos. Estudo 1 – Revisão de Sistemática de Literatura dentro do recorte temporal de 2002-2020, que como fonte de dados utilizou-se de teses e dissertações. No Estudo 2 – Pesquisa documental da Base Nacional Comum Curricular, Política Nacional de Alfabetização e Programa Tempo de Aprender. Obteve-se como resultados: 15 produções acadêmicas cujas análises evidenciaram quatro temas como estratégias para alfabetização de estudantes com deficiência intelectual, dentre elas, histórias em sequência; reescrita de frases; mediação pedagógica em detrimento dos recursos didático-pedagógico; atividades para os alunos com deficiência intelectual e a articulação dessa atividade com o currículo. Neste estudo evidenciou-se nos temas: estratégias e atividades para a alfabetização e o letramento, mediação docente como apoio fundamental para a alfabetização, trabalho colaborativo entre Atendimento Educacional Especializado e sala comum e adaptação, diferenciação e flexibilização curricular, estratégias para alfabetização para alunos com deficiência intelectual e nas diretrizes para alfabetização, enquanto a Base Nacional Comum Curricular aponta as concepções e o currículo em que devem se pautar as propostas pedagógicas para alfabetização, a Política Nacional de Alfabetização reduz o tempo de alfabetização, caracteriza um método específico que não contempla as especificidades para esse público. Concluídos os Estudos 1 e 2, as evidências científicas apontam estratégias para alfabetização de estudantes com deficiência intelectual, no entanto, as diretrizes nacionais para alfabetização seguem na contramão das especificidades. Para isso, tornam-se indispensáveis ações curriculares e metodológicas renovadoras rompendo com um sistema de ensino pautado na homogeneidade no processo de aprendizagem.