Efeito anti-inflamatórios e mecanismo de ação da proteína anexina A1 em modelo de uveíte induzida por endotoxina
Ano de defesa: | 2012 |
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Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
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País: |
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11449/102748 |
Resumo: | A proteína anexina A1 (AnxA1) apresenta importantes propriedades anti-inflamatórias e estudos sugerem que suas ações podem ser mediadas por receptores para peptídeos formilados (FPR). Embora os efeitos anti-inflamatórios da AnxA1 e de seus peptídeos miméticos, especialmente o Ac2-26, tenham sido explorados em diversas investigações, são raros os estudos da AnxA1 nas inflamações oculares. Em razão dos graves efeitos colaterais dos tratamentos atuais para a uveíte, uma importante causa de cegueira, investigamos, in vivo, os efeitos e o mecanismo de ação da AnxA1 nos tecidos oculares de roedores na uveíte induzida por endotoxina (EIU). Ratos machos (Rattus novergicus) foram anestesiados e inoculados, por via subcutânea, na pata direita com lipopolissacarídeo (LPS) (100µg) para o desenvolvimento da uveíte. Após, foram divididos em grupos experimentais (n=10/grupo): EIU por 24 e 48h; EIU por 24h e tratados farmacologicamente por administrações tópica e sistêmica do peptídeo Ac2-26 (100µg) e EIU 24h tratado sistemicamente com peptídeo e Boc2, antagonista do FPR (50µg/animal). Para confirmar a importância da AnxA1 endógena na resolução da inflamação ocular, camundongos selvagens e deficientes para AnxA1 (AnxA1-/-) foram induzidos à uveíte por 24h sem tratamento. Nesses animais AnxA1-/- a resposta inflamatória foi exacerbada em comparação com os selvagens. Enquanto, nos olhos dos ratos, as análises quantitativas dos leucócitos, dosagens de interleucina (IL)-1β, IL-6, fator de necrose tumoral (TNF)-α, óxido nítrico (NO) e expressão da ciclo-oxigenase (COX)-2 nos tecidos e/ou no humor aquoso indicaram os efeitos anti-inflamatórios do peptídeo. Efeitos que foram revertidos na presença do Boc2. As análises imuno-histoquímicas das proteínas AnxA1, AnxA1 fosforilada em... |
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Efeito anti-inflamatórios e mecanismo de ação da proteína anexina A1 em modelo de uveíte induzida por endotoxinaUveiteOlhos - InflamaçãoOcular inflammationEndotoxin-induced uveitisA proteína anexina A1 (AnxA1) apresenta importantes propriedades anti-inflamatórias e estudos sugerem que suas ações podem ser mediadas por receptores para peptídeos formilados (FPR). Embora os efeitos anti-inflamatórios da AnxA1 e de seus peptídeos miméticos, especialmente o Ac2-26, tenham sido explorados em diversas investigações, são raros os estudos da AnxA1 nas inflamações oculares. Em razão dos graves efeitos colaterais dos tratamentos atuais para a uveíte, uma importante causa de cegueira, investigamos, in vivo, os efeitos e o mecanismo de ação da AnxA1 nos tecidos oculares de roedores na uveíte induzida por endotoxina (EIU). Ratos machos (Rattus novergicus) foram anestesiados e inoculados, por via subcutânea, na pata direita com lipopolissacarídeo (LPS) (100µg) para o desenvolvimento da uveíte. Após, foram divididos em grupos experimentais (n=10/grupo): EIU por 24 e 48h; EIU por 24h e tratados farmacologicamente por administrações tópica e sistêmica do peptídeo Ac2-26 (100µg) e EIU 24h tratado sistemicamente com peptídeo e Boc2, antagonista do FPR (50µg/animal). Para confirmar a importância da AnxA1 endógena na resolução da inflamação ocular, camundongos selvagens e deficientes para AnxA1 (AnxA1-/-) foram induzidos à uveíte por 24h sem tratamento. Nesses animais AnxA1-/- a resposta inflamatória foi exacerbada em comparação com os selvagens. Enquanto, nos olhos dos ratos, as análises quantitativas dos leucócitos, dosagens de interleucina (IL)-1β, IL-6, fator de necrose tumoral (TNF)-α, óxido nítrico (NO) e expressão da ciclo-oxigenase (COX)-2 nos tecidos e/ou no humor aquoso indicaram os efeitos anti-inflamatórios do peptídeo. Efeitos que foram revertidos na presença do Boc2. As análises imuno-histoquímicas das proteínas AnxA1, AnxA1 fosforilada em...Annexin A1 (AnxA1) is a protein that displays anti-inflammatory properties and some studies suggest that its effects may be mediated by formyl peptide receptors (FPR). Although the anti-inflammatory activities of AnxA1 and its mimetic peptides, including Ac2-26, have been explored in several investigations, the role of AnxA1 in ocular inflammatory processes has not yet been elucidated. Given the common side effects of the current therapies used to treat uveitis, an important cause of blindness worldwide, we investigated, in vivo, the AnxA1 effects and mechanism of action in endotoxin-induced uveitis (EIU). Rattus norvegicus were induced to uveitis (lipopolysaccharide - 100 µg) and divided into experimental groups (n=10/group): EIU untreated for 24 and 48h, EIU treated with topical applications (4/4h) or a single intravenous injection of Ac2-26 (100µg) and EIU systemically treated with the peptide and Boc2, the FPR antagonist (50µg/animal). To confirm the importance of endogenous AnxA1 in the resolution of ocular inflammation, wild-type and AnxA1 deficient (AnxA1-/-) mice were also induced to uveitis without treatment for 24h. AnxA1-/- mice showed exacerbated inflammation compared to wild-type animals. As, quantitative analyses of leukocytes, interleukin (IL)-1β, IL-6, tumor necrosis factor (TNF)-α, nitric oxide (NO) levels and cyclooxigenase (COX)-2 expression in ocular tissues and/or in aqueous humor of rats eyes revealed the anti-inflammatory effects of the peptide, which were abrogated in the Boc2 presence. Immunohistochemical analysis of AnxA1, serine-or-tyrosine-phosphorylated AnxA1 (AnxA-S27-PO4 - AnxA-Y21-PO4) in the ocular tissues showed AnxA1 and AnxA1-S27-PO4 expression in epithelial (cornea, iris and ciliary processes) and nervous cells. These expressions were increased in... (Complete abstract click electronic access below)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Oliani, Sonia Maria [UNESP]Gil, Cristiane Damas [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Girol, Ana Paula [UNESP]2014-06-11T19:32:15Z2014-06-11T19:32:15Z2012-10-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis154 f. : il.application/pdfGIROL, Ana Paula. Efeito anti-inflamatórios e mecanismo de ação da proteína anexina A1 em modelo de uveíte induzida por endotoxina. 2012. 154 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, 2012.http://hdl.handle.net/11449/102748000697136girol_ap_dr_sjrp.pdf33004153023P55102737730539655Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-11-14T06:08:59Zoai:repositorio.unesp.br:11449/102748Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T17:37:06.701231Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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A proteína anexina A1 (AnxA1) apresenta importantes propriedades anti-inflamatórias e estudos sugerem que suas ações podem ser mediadas por receptores para peptídeos formilados (FPR). Embora os efeitos anti-inflamatórios da AnxA1 e de seus peptídeos miméticos, especialmente o Ac2-26, tenham sido explorados em diversas investigações, são raros os estudos da AnxA1 nas inflamações oculares. Em razão dos graves efeitos colaterais dos tratamentos atuais para a uveíte, uma importante causa de cegueira, investigamos, in vivo, os efeitos e o mecanismo de ação da AnxA1 nos tecidos oculares de roedores na uveíte induzida por endotoxina (EIU). Ratos machos (Rattus novergicus) foram anestesiados e inoculados, por via subcutânea, na pata direita com lipopolissacarídeo (LPS) (100µg) para o desenvolvimento da uveíte. Após, foram divididos em grupos experimentais (n=10/grupo): EIU por 24 e 48h; EIU por 24h e tratados farmacologicamente por administrações tópica e sistêmica do peptídeo Ac2-26 (100µg) e EIU 24h tratado sistemicamente com peptídeo e Boc2, antagonista do FPR (50µg/animal). Para confirmar a importância da AnxA1 endógena na resolução da inflamação ocular, camundongos selvagens e deficientes para AnxA1 (AnxA1-/-) foram induzidos à uveíte por 24h sem tratamento. Nesses animais AnxA1-/- a resposta inflamatória foi exacerbada em comparação com os selvagens. Enquanto, nos olhos dos ratos, as análises quantitativas dos leucócitos, dosagens de interleucina (IL)-1β, IL-6, fator de necrose tumoral (TNF)-α, óxido nítrico (NO) e expressão da ciclo-oxigenase (COX)-2 nos tecidos e/ou no humor aquoso indicaram os efeitos anti-inflamatórios do peptídeo. Efeitos que foram revertidos na presença do Boc2. As análises imuno-histoquímicas das proteínas AnxA1, AnxA1 fosforilada em... |
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GIROL, Ana Paula. Efeito anti-inflamatórios e mecanismo de ação da proteína anexina A1 em modelo de uveíte induzida por endotoxina. 2012. 154 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, 2012. http://hdl.handle.net/11449/102748 000697136 girol_ap_dr_sjrp.pdf 33004153023P5 5102737730539655 |
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