Antinomia e expressão: Adorno ante o sismógrafo de Erwartung Op. 17 de Schoenberg

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Freitas, Philippe Curimbaba [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/95168
Resumo: Este trabalho é uma abordagem analítica do monodrama Erwartung Op. 17 – obra do expressionismo musical composta por Schoenberg a partir do texto de Marie Pappenheim – que parte das reflexões estéticas de Theodor Adorno sobre a obra e sobre o expressionismo em geral, principalmente em sua Filosofia da Nova Música. O primeiro capítulo aborda os dois conceitos de expressão que caracterizam, na ótica de Adorno, a música anterior ao expressionismo: a expressão como simulação de paixões e a expressão como organização total da forma. Cada uma delas resultou, não obstante, em um bloqueio da expressão, decorrente da hipóstase quer seja do princípio formal abstrato, quer seja dos momentos particulares isolados do todo. Este bloqueio expressivo é desenvolvido no segundo capítulo, que aborda a dinâmica através da qual, num contexto de comercialização e fetichização da cultura, a música tende a forjar uma aparente reconciliação entre a parte e o todo, entre o universal e o singular. A música expressionista realiza uma crítica dessa aparência de conciliação e dá lugar ao singular não mediatizado pela forma. Toma, como conteúdo, os gestos orgânicos, os conteúdos anímicos não mediatizados pelo conceito e pela forma e estabelece o registro documental de gestos orgânicos como procedimento formal. Em virtude do seu princípio expressivo, Erwartung se assemelha a um sismograma, que registra os abalos sísmicos. No entanto, o resultado dessa negação dos esquemas formais – tanto temático-motívicos como harmônicos – não é um simples abandono da forma em detrimento do conteúdo, mas um novo tipo de relação entre forma e conteúdo, que é desenvolvido no último capítulo, dedicado à análise musical
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