Divulgação científica em museus e centros de ciência interativos : a construção social de uma ciência-espetáculo
Ano de defesa: | 2016 |
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Tipo de documento: | Tese |
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Link de acesso: | http://hdl.handle.net/10183/142489 |
Resumo: | Esta tese objetiva analisar a representação social da ciência resultante das ações de divulgação científica desempenhadas em exposições de museus e centros de ciência interativos. Partindo da premissa de que para a promoção de canais de comunicação pública, democrática e integradora acerca da ciência e sua produção é necessário o entendimento de que tais fenômenos se inserem numa relação de dependência e reciprocidade com demais elementos que compõem o tecido social, discute acerca dos fatores que impossibilitam um diálogo capaz de identificar com clareza que a ciência é, em última instância, socialmente construída. A insistência na adoção de linguagens pautadas em uma historicidade progressivamente retilínea e num superestímulo visual massificador de ‘imagens/aparência’, vem contribuindo para a afirmação de uma ideia universal e homogênea de ciência, ou seja, aprocessual e produtora de conhecimentos irrefutavelmente verdadeiros. Assim considerando, toma aqui a noção de ‘sociedade do espetáculo’ tanto como teoria sobre a sociedade, quanto, condição social que se projeta de forma verticalizada sobre a divulgação científica operada em instituições museológicas, implicando diretamente na construção da ciência e seus significados sociais. Tal condicionamento exercido pelo ‘espetáculo’ se sustenta, portanto, em dois vetores ideológicos fundamentais, por um lado, a ‘imagem’ tomada como ‘aparência’, configurando um território linguístico-narrativo pautado na alienação, na naturalização e na universalização. E por outro lado, a ‘historicidade’ como supressão do tempo social – socialmente construído –, delineando um quadro no qual a comunicabilidade é baseada na ausência de processos, na concepção do tempo como mercadoria, no conceito de ‘ideia fora do lugar/tempo’ e no pressuposto da neutralidade (científica). Do ponto de vista empírico, opta por investigar diferentes exposições em quatro museus e centros de ciência interativos, no Brasil e em Portugal, implementando as técnicas da observação e da entrevista fundamentalmente. |
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Souza, Daniel Maurício Viana deBaumgarten, Maíra2016-06-10T02:09:34Z2016http://hdl.handle.net/10183/142489000993559Esta tese objetiva analisar a representação social da ciência resultante das ações de divulgação científica desempenhadas em exposições de museus e centros de ciência interativos. Partindo da premissa de que para a promoção de canais de comunicação pública, democrática e integradora acerca da ciência e sua produção é necessário o entendimento de que tais fenômenos se inserem numa relação de dependência e reciprocidade com demais elementos que compõem o tecido social, discute acerca dos fatores que impossibilitam um diálogo capaz de identificar com clareza que a ciência é, em última instância, socialmente construída. A insistência na adoção de linguagens pautadas em uma historicidade progressivamente retilínea e num superestímulo visual massificador de ‘imagens/aparência’, vem contribuindo para a afirmação de uma ideia universal e homogênea de ciência, ou seja, aprocessual e produtora de conhecimentos irrefutavelmente verdadeiros. Assim considerando, toma aqui a noção de ‘sociedade do espetáculo’ tanto como teoria sobre a sociedade, quanto, condição social que se projeta de forma verticalizada sobre a divulgação científica operada em instituições museológicas, implicando diretamente na construção da ciência e seus significados sociais. Tal condicionamento exercido pelo ‘espetáculo’ se sustenta, portanto, em dois vetores ideológicos fundamentais, por um lado, a ‘imagem’ tomada como ‘aparência’, configurando um território linguístico-narrativo pautado na alienação, na naturalização e na universalização. E por outro lado, a ‘historicidade’ como supressão do tempo social – socialmente construído –, delineando um quadro no qual a comunicabilidade é baseada na ausência de processos, na concepção do tempo como mercadoria, no conceito de ‘ideia fora do lugar/tempo’ e no pressuposto da neutralidade (científica). Do ponto de vista empírico, opta por investigar diferentes exposições em quatro museus e centros de ciência interativos, no Brasil e em Portugal, implementando as técnicas da observação e da entrevista fundamentalmente.This thesis aims to analyze the social representation of science as a result of the actions of scientific divulgation performed in exhibitions from interactive museums and science centres. Starting from the premise that the promotion of public communication channels, democratic and inclusive about science and its production is necessary to the understanding that such phenomena are in a relationship of dependency and reciprocity with other elements that make up the social structure, discusses about the factors that prevent a dialogue capable of identifying with clarity that the science is ultimately, socially constructed. The insistence on adoption of languages based on a rectilinear and progressively historicity and in a super-stimulus visual massive of ‘images/appearance’, has contributed to the affirmation of a universal and homogenous idea of science, in other words, a-processual and producer of irrefutably true knowledge. So considering, here takes the notion of 'society of the spectacle' as much a theory of society, as, social condition that is projected in a vertical way on the scientific divulgation operated in museological institutions, implying directly in the construction of science and their social meanings. This conditioning exercised by the 'spectacle' is based, therefore, on two fundamental ideological vectors, on the one hand, the 'image' as 'appearance', setting up a linguistic and narrative territory based on alienation, naturalization and universalization. And on the other hand, the 'historicity' as suppression of social time - socially constructed - outlining a framework within which the communicability is based on the absence of processes, in the conception of time as a commodity, in the concept of 'idea out of place/time' and the premise of neutrality (scientific). From an empirical point of view, chooses to investigate different exhibitions in four interactive museums and science centres, in Brazil and Portugal, implementing the techniques of observation and interview, fundamentally.application/pdfporDivulgação científicaMuseusCentro de ciênciasCiênciaConstrução socialSociety of the spectacleScientific divulgationInteractive museumsScience centresScienceDivulgação científica em museus e centros de ciência interativos : a construção social de uma ciência-espetáculoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em SociologiaPorto Alegre, BR-RS2016doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000993559.pdf000993559.pdfTexto completoapplication/pdf9794593http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142489/1/000993559.pdf049893ab89c7ac52edb7e264049cb10dMD51TEXT000993559.pdf.txt000993559.pdf.txtExtracted Texttext/plain868071http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142489/2/000993559.pdf.txt0caa7cadb7d7ae578f924652c4aab9dbMD52THUMBNAIL000993559.pdf.jpg000993559.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg983http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142489/3/000993559.pdf.jpge97f3af088255ec97c90b5e17cc8bea4MD5310183/1424892020-09-13 04:01:24.567885oai:www.lume.ufrgs.br:10183/142489Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532020-09-13T07:01:24Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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