Arquitetura e estrutura da placenta equina durante a gestação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Souza, Andreza Morais de
Orientador(a): Mattos, Rodrigo Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/108169
Resumo: A placenta equina é do tipo epiteliocorial microcotiledonária difusa. Os macrovilos coriônicos iniciais começam a se desenvolver e interdigitar no endométrio após os 40 dias de gestação. Muitos estudos descrevem os aspectos do desenvolvimento da placenta, porém em estágios iniciais os dados de microscopia eletrônica de varredura (MEV) são escassos. O objetivo do presente estudo foi descrever algumas das mudanças ocorridas no córion em desenvolvimento durante a gestação. A estrutura microcotiledonária foi estudada no período desde os 62 dias de gestação até próximo ao parto, por MEV e microscopia óptica. As amostras foram coletadas em um abatedouro comercial de equinos. Foram obtidos 28 fetos, os quais foram mensurados quanto ao comprimento (cm) equivalente à distância cefalococcígea (CR) e as idades gestacionais (IDG) estimadas foram: 62, 85, 110, 118, 136, 149, 185, 222, 230, 250 e >300 dias. Nossos resultados revelaram aos 62 dias a presença de macrovilos redondos, os precursores dos microcotilédones, difusamente localizados na superfície coriônica e próximos um do outro. Aos 85 dias de gestação, a superfície coriônica tornara-se ondulada e as microvilosidades foram reconhecíveis. E aos 110 dias, as aréolas foram facilmente identificadas entre os conjuntos vilosos, os quais passaram a ser mais alongados, mas ainda não ramificados. Com 149 dias as vilosidades mostraram as ramificações primárias das hastes que eram curtas até então. Os vilos estão organizados em tufos reunidos para formar a estrutura microcotiledonária. Muitas vilosidades individuais alongadas estão presentes junto daquelas com múltiplas ramificações a partir dos 185 dias; a maioria deles ramificada em "Y". As microvilosidades promoveram ramificações secundária (aos 222 dias) e terciária (aos 250 dias). Além disso, a presença de histotrofo em muitas amostras ao longo da gestação e a formação de novas microvilosidades foram notados mesmo em estágios finais da gestação, sugerindo o desenvolvimento contínuo de células coriônicas, numa clara resposta à continua demanda nutricional do feto em crescimento.
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Foram obtidos 28 fetos, os quais foram mensurados quanto ao comprimento (cm) equivalente à distância cefalococcígea (CR) e as idades gestacionais (IDG) estimadas foram: 62, 85, 110, 118, 136, 149, 185, 222, 230, 250 e >300 dias. Nossos resultados revelaram aos 62 dias a presença de macrovilos redondos, os precursores dos microcotilédones, difusamente localizados na superfície coriônica e próximos um do outro. Aos 85 dias de gestação, a superfície coriônica tornara-se ondulada e as microvilosidades foram reconhecíveis. E aos 110 dias, as aréolas foram facilmente identificadas entre os conjuntos vilosos, os quais passaram a ser mais alongados, mas ainda não ramificados. Com 149 dias as vilosidades mostraram as ramificações primárias das hastes que eram curtas até então. Os vilos estão organizados em tufos reunidos para formar a estrutura microcotiledonária. Muitas vilosidades individuais alongadas estão presentes junto daquelas com múltiplas ramificações a partir dos 185 dias; a maioria deles ramificada em "Y". As microvilosidades promoveram ramificações secundária (aos 222 dias) e terciária (aos 250 dias). Além disso, a presença de histotrofo em muitas amostras ao longo da gestação e a formação de novas microvilosidades foram notados mesmo em estágios finais da gestação, sugerindo o desenvolvimento contínuo de células coriônicas, numa clara resposta à continua demanda nutricional do feto em crescimento.The equine placenta is diffuse epitheliochorial microcotyledonary type. The initial chorionic macrovilli begins to develop and interdigitate in the endometrium after 40 days of pregnancy. Many studies described aspects of placental development; however, on early stages scanning electron microscopy (SEM) data are scant. The aim of present study was to describe some of the changes occurred in a developmental chorion during gestation. The microcotyledon structure was studied in the period since 62 days of gestation until close to term, by SEM and light microscopy. The samples of chorioallantois were collected from 28 mixed breed mares in a commercial equine abattoir. The estimated gestational ages of each sample were 62, 85, 110, 118, 136, 149, 185, 222, 230, 250 and >300 days. Our results revealed round macrovilli, or the forerunners of microcotyledons, diffusely located and close to one another. They are a shallow cluster like a pile of chorionic protruded cells at 62 days of pregnancy. On the 85th day, the chorionic surface becomes undulated and the microvilli are recognizable. They increased in height and begun to acquire single branch appearance. At 110 days the areole are easily recognized between the pools of villi. These are now higher than earlier, still unbranched and present folding of chorionic surface. The single villi promote primary branching as short rods until 149 days. They are located as tufts gathered together and begin to form the microcotyledon. Many elongated single villi are apposed to multibranched ones from the 185 days; most of them branched in a “Y” shape. The microvillus promote secondary (at 222 days) and tertiary (at 250 days) branching. In addition, histotrophe was identified in many samples throughout gestation and new microvilli were noticed even at latter stages of gestation, suggesting the continuous development of chorionic cells into brand new villus, a clear response to the demand of continues fetus growth.application/pdfporClinica veterinaria : EquinosReproducao animal : EquinosPlacentaMicrocotyledonsHistotropheAreolaeArquitetura e estrutura da placenta equina durante a gestaçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPrograma de Pós-Graduação em Medicina Animal: EquinosPorto Alegre, BR-RS2014doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000947901.pdf000947901.pdfTexto completoapplication/pdf4308439http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/108169/1/000947901.pdfcd961b82ec94d96cd38ae6dcb844d38dMD51TEXT000947901.pdf.txt000947901.pdf.txtExtracted Texttext/plain132440http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/108169/2/000947901.pdf.txt4dd20046736ba653f852313368124fd7MD52THUMBNAIL000947901.pdf.jpg000947901.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1077http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/108169/3/000947901.pdf.jpgd689087758644d598274dc0106f79b98MD5310183/1081692018-10-22 08:39:44.841oai:www.lume.ufrgs.br:10183/108169Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-22T11:39:44Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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