Desenvolvimento de Escore de Risco Poligênico para Fenótipos Complexos: Pressão Arterial Sistólica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Souza, Vinicius de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5166/tde-10102022-113334/
Resumo: A hipertensão arterial é uma doença complexa com alta prevalência e representa o principal fator de risco para doenças cardiovasculares. A contribuição genética é importante e se reflete em estimativas de herdabilidade de 25 a 68% em todo o mundo, embora os determinantes genéticos individuais permaneçam desconhecidos, dificultando a estratificação de risco e o manejo clínico racional. Os estudos de associação ampla no genoma (Genome-Wide Association Studies) identificam milhares de marcadores que vêm sendo testados em escores de risco poligênicos, no entanto, a maioria dos estudos são de populações europeias e a generalização dos resultados é limitada. Derivamos e validamos um escore de risco poligênico para pressão arterial sistólica (PAS) com os dados do UK Biobank usando 423 mil variantes que são comuns às encontradas na população brasileira. Encontramos aumento significativo da PAS no decil superior da distribuição de risco para a população de origem e para duas amostras populacionais brasileiras. Além disso, esses indivíduos apresentam risco duas e quatro vezes maior para hipertensão estágio I e II, respectivamente, independentemente da ancestralidade genética e da idade. Em contraste, quando utilizamos as 156 ou 17 variantes genéticas significantes com algum critério de evidência funcional os algoritmos gerados (Genetic Risk Scores) mostraram baixa capacidade preditiva. Em conjunto, demonstramos que a utilização de um conjunto de marcadores comuns a populações com estrutura genética distinta resulta em algoritmos de risco informativos e generalizáveis
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