Perfil biodinâmico de entrada dos trocartes em cirurgias laparoscópicas
Ano de defesa: | 2019 |
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Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Resumo: | INTRODUÇÃO: A técnica laparoscópica tornou-se a via preferencial em grande parte dos procedimentos cirúrgicos, na tentativa de minimizar riscos e melhorar o pósoperatório. No entanto, o entusiasmo dos cirurgiões com a novas técnicas frequentemente omite uma avaliação clara das suas possíveis complicações. A laparoscopia pode oferecer alguns riscos tanto no acesso à cavidade abdominal (com trocartes sendo introduzidos muitas vezes às cegas), quanto na realização de todo o procedimento. Na literatura, poucos estudos compararam os diversos tipos de acesso e de trocartes, utilizando parâmetros objetivos e reprodutíveis do momento da punção. Nessa tese foram comparadas as diferenças no padrão biodinâmico de entrada de cinco diferentes trocartes,em modelos suínos. MÉTODOS: Foram utilizadas 11 porcas (fêmeas) e cinco tipos de trocartes (três marcas com lâmina - M1L, M2L, M3L e 2 sem lâmina - M4SL e M5SL). Todas as punções foram feitas pelo mesmo pesquisador e todos os trocartes eram novos no início do estudo. Realizada incisão bilateral a 4 cm da linha mediana do porco, endereçando toda a parede abdominal, desde as costelas (superiormente) até a crista ilíaca (inferiormente). Utilizado suporte metálico tracionando uma faixa mediana da parede abdominal do animal \"in vivo\" (posição supina). Desta forma, um espaço foi criado afastando a parede abdominal das vísceras e possibilitando a filmagem das punções. Para aferição da força na inserção foi desenvolvido um sensor de mão, ligado a um computador para aquisição dos dados. Avaliado força necessária para perfuração da aponeurose (F1) e do peritônio (F2). Utilizado uma câmera de alta resolução para captura de imagens durante a entrada dos trocartes e realizada análise comparativa da deformação da parede abdominal (Dd), do tempo (TLam) e distância (DLam) percorrida pela lâmina exposta para os cinco tipos de trocartes. Os sítios de punção foram predeterminados na linha mediana do suíno. Realizada análise uni e multivariada. RESULTADOS: Foram analisadas 180 punções, sendo 36 para cada um dos cinco modelos de trocartes. Comparando-se apenas trocartes com e sem lâminas, percebe-se maiores valores para os últimos quanto a força e deformação de parede (todos com p < 0,001). Comparando-se marca a marca temos: Dd (cm) - M1L (5,92) , M2L (5,85) e M3L (6,07) semelhantes entre si, menores que M4SL (8,33) e M5SL (8,15), semelhantes entre si; F1 e F2 (N) - M1L (5,73) e M2L (6,22) semelhantes entre si, menores que M3L (7,69), esse menor que M4SL (8,29) e M5SL (10,24), semelhantes entre si. DLam (cm) - não houve diferença estatística entre os trocartes (p=0,197); TLam (s) - M1L (0,5) e M2L (0,37) semelhantes entre si, menores que M3L (0,87). CONCLUSÕES: Trocartes com lâmina, em comparação aos sem lâmina, possuem menores forças e deformações em sua introdução. Os trocartes laminados cônicos e piramidais (M1L e M2L respectivamente) são semelhantes entre si em todos os parâmetros analisados. No entanto, esses dois tem menores deformações, força de inserção e tempo de lâmina expostos em comparação ao piramidal M3L. A análise da distância de lâmina exposta não mostrou diferença estatística entre os trocartes. Entre os trocartes sem lâmina, M5SL apresentou maiores forças de inserção e mesma deformação em comparação a M4SL |
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Perfil biodinâmico de entrada dos trocartes em cirurgias laparoscópicasBiodynamic profile of entry of trocars in laparoscopic surgeriesAccident preventionAnimaisAnimalsCirurgia geralGeneral surgeryInstrumentos cirúrgicosLaparoscopiaLaparoscopyMortalidadeMortalityPrevenção de acidentesSafetySegurançaSurgical instrumentsINTRODUÇÃO: A técnica laparoscópica tornou-se a via preferencial em grande parte dos procedimentos cirúrgicos, na tentativa de minimizar riscos e melhorar o pósoperatório. No entanto, o entusiasmo dos cirurgiões com a novas técnicas frequentemente omite uma avaliação clara das suas possíveis complicações. A laparoscopia pode oferecer alguns riscos tanto no acesso à cavidade abdominal (com trocartes sendo introduzidos muitas vezes às cegas), quanto na realização de todo o procedimento. Na literatura, poucos estudos compararam os diversos tipos de acesso e de trocartes, utilizando parâmetros objetivos e reprodutíveis do momento da punção. Nessa tese foram comparadas as diferenças no padrão biodinâmico de entrada de cinco diferentes trocartes,em modelos suínos. MÉTODOS: Foram utilizadas 11 porcas (fêmeas) e cinco tipos de trocartes (três marcas com lâmina - M1L, M2L, M3L e 2 sem lâmina - M4SL e M5SL). Todas as punções foram feitas pelo mesmo pesquisador e todos os trocartes eram novos no início do estudo. Realizada incisão bilateral a 4 cm da linha mediana do porco, endereçando toda a parede abdominal, desde as costelas (superiormente) até a crista ilíaca (inferiormente). Utilizado suporte metálico tracionando uma faixa mediana da parede abdominal do animal \"in vivo\" (posição supina). Desta forma, um espaço foi criado afastando a parede abdominal das vísceras e possibilitando a filmagem das punções. Para aferição da força na inserção foi desenvolvido um sensor de mão, ligado a um computador para aquisição dos dados. Avaliado força necessária para perfuração da aponeurose (F1) e do peritônio (F2). Utilizado uma câmera de alta resolução para captura de imagens durante a entrada dos trocartes e realizada análise comparativa da deformação da parede abdominal (Dd), do tempo (TLam) e distância (DLam) percorrida pela lâmina exposta para os cinco tipos de trocartes. Os sítios de punção foram predeterminados na linha mediana do suíno. Realizada análise uni e multivariada. RESULTADOS: Foram analisadas 180 punções, sendo 36 para cada um dos cinco modelos de trocartes. Comparando-se apenas trocartes com e sem lâminas, percebe-se maiores valores para os últimos quanto a força e deformação de parede (todos com p < 0,001). Comparando-se marca a marca temos: Dd (cm) - M1L (5,92) , M2L (5,85) e M3L (6,07) semelhantes entre si, menores que M4SL (8,33) e M5SL (8,15), semelhantes entre si; F1 e F2 (N) - M1L (5,73) e M2L (6,22) semelhantes entre si, menores que M3L (7,69), esse menor que M4SL (8,29) e M5SL (10,24), semelhantes entre si. DLam (cm) - não houve diferença estatística entre os trocartes (p=0,197); TLam (s) - M1L (0,5) e M2L (0,37) semelhantes entre si, menores que M3L (0,87). CONCLUSÕES: Trocartes com lâmina, em comparação aos sem lâmina, possuem menores forças e deformações em sua introdução. Os trocartes laminados cônicos e piramidais (M1L e M2L respectivamente) são semelhantes entre si em todos os parâmetros analisados. No entanto, esses dois tem menores deformações, força de inserção e tempo de lâmina expostos em comparação ao piramidal M3L. A análise da distância de lâmina exposta não mostrou diferença estatística entre os trocartes. Entre os trocartes sem lâmina, M5SL apresentou maiores forças de inserção e mesma deformação em comparação a M4SLINTRODUCTION: Laparoscopic surgery has become a preference for most surgeons, proving to be versatile and applicable to several surgical procedures. However, the enthusiasm of surgeons with new techniques often omits a clear evaluation of their possible complications. Comparative studies of trocars, showing objective and reproducible parameters at the time of puncture, are still lacking in the literature. The objective of this study is to evaluate the biodinamic profile of entry of 5 different trocars in laparoscopic surgeries. METHODS: Using a porcine model, we evaluated the following characteristics in 11 pigs about the insertion of 5 types of trocars (3 bladed and 2 blunt): 1) the force necessary to push trocar through the abdominal wall aponeurosis (F1) and through the peritoneum (F2); 2) the amount of time (in seconds) in which the blade of the trocar is exposed within the peritoneal cavity; 3) the amount of deformity of the abdominal wall (in cm) prior to the blade of trocar cutting through the peritoneum; 4) the distance traveled by the blade within the peritoneal cavity (in cm). All punctures were made by the same researcher. The bilateral incision was performed at 4 cm of the pig\'s median line, addressing the entire abdominal wall, from the ribs (superiorly) to the iliac crest (inferiorly). Metallic support was used by traction of a median range of the abdominal wall of the animal \"in vivo\" (supine position). A space was created by pushing the abdominal wall away from the viscera and allowing the punctures to be filmed. To measure the insertion force was used a mechanical device designed for this, connected to a computer for data acquisition. A high-speed camera made the acquisition of the images. Puncture sites were predetermined at the midline of the pig. RESULTS: A total of 180 punches were analyzed, of which 36 were analyzed for each of the 5 trocar models. Greater deformations forces occurred in non-bladed compared to the bladed one (p < 0.001). Comparing the marks: Dd (cm) - M1L (5,92), M2L (5,85) and M3L (6,07) are similar to each other, smallers than M4SL (8,33) and M5SL (8,15), similar to each other; F1 e F2 (N) - M1L (5,73) and M2L (6,22) are similar to each other, smallers than M3L (7,69), and this smaller than M4SL (8,29) and M5SL (10,24), similar to each other. DLam (cm) - there is no diference between the all trocars (p=0,197); TLam (s) - M1L (0,5) and M2L (0,37) are similar to each other, smallers than M3L (0,87). CONCLUSIONS: The bladed trocars, compared to the non-bladed ones, have lower forces and deformations in their introduction. Conical (M1L) and pyramidal (M2L) trocars showed similar patterns of all analysed parameters. They have lower force and deformation, as well as time and distance of exposed blade in comparision of the pyramidal M3L. There is no diference in distance of exposed blade between the all bladed trocars. As for the non-bladed, the conical model (M5SL) required a greater deformation force than the pyramidal one (M4SL)Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPasserotti, Carlo CamargoMoreno, Danilo Galante2019-03-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5153/tde-23052019-151621/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-06-07T17:55:40Zoai:teses.usp.br:tde-23052019-151621Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-06-07T17:55:40Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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