O impacto da vacinação contra rubéola e as estimativas de proporção de suscetibilidade da população brasileira entre 1999 - 2010

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Segatto, Teresa Cristina Vieira
Orientador(a): Camacho, Luiz Antonio Bastos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24515
Resumo: A rubéola está entre as doenças elimináveis, segundo a Organização Mundial da Saúde. Casos importados são notificados nos países onde a doença foi eliminada e a vigilância epidemiológica integrada do sarampo e rubéola deve ser intensificada para evitar a reintrodução do vírus, bem como a vigilância virológica. A vacina contra a rubéola foi implantada em 1992 para crianças de 1 – 11 anos de idade, posteriormente para mulheres em idade fértil (MIF) em 1998 – 2002 e, em 2008, para homens e mulheres de 20 a 39 anos de idade em todos os estados. Em 1999, os grupos etários de maior risco foram os menores de 1 ano, 1 – 4 anos e 10 - 19 anos de idade para ambos os sexos. Em 2007 houve o deslocamento da infecção dos menores de 1 ano para o grupo etário de 20 - 29 e de 30 - 39 anos de idade para o sexo masculino. Para o sexo feminino, para o grupo de 20 a 39 anos de idade. Em 2007, durante o surto da doença, o risco de adoecer para o sexo masculino foi 2,3 vezes maior do que para as mulheres que haviam sido vacinadas anteriormente. Após a campanha de vacinação em 2008, nenhum caso de rubéola foi confirmado. O êxito na eliminação da rubéola só ocorrerá quando os estratos de imunidade estiverem entre 85 a 90%. O objetivo foi avaliar o impacto da vacinação contra a rubéola na população brasileira entre 1999 – 2010. Método: estudo ecológico com dados agregados da taxa de incidência da rubéola entre 1993 e 2008 por faixa etária e sexo, as estratégias de implantação da vacina tríplice viral, vacinação das MIF e a campanha de vacinação para eliminação da rubéola no país. Realizada revisão da literatura sobre os estudos de soroprevalência da rubéola identificando-se o padrão por faixa etária antes da introdução da vacina (2000) e após a campanha nacional de vacinação em 2008. Dados populacionais do DATASUS, a cobertura vacinal do Programa Nacional de Imunização (PNI) e os casos confirmados de rubéola do SINAN/MS. As variáveis utilizadas foram taxa de incidência por sexo e faixa etária, cobertura vacinal no ano de implantação da vacina tríplice viral e na campanha de vacinação, proporção de suscetibilidade para a rubéola por sexo e faixa etária. Resultados: 18 estados (66,6%) atingiram 95% de cobertura vacinal na implantação da vacina. Após a campanha, a vacina foi disponibilizada na rotina das salas de vacinação aos 15 meses de idade até 2003, quando passou a ser aplicada aos 12 meses (D1) e aos 4 anos de idade (D2). As MIF foram vacinadas entre 1998 e 2002 para acelerar a eliminação da SRC e apenas 13 (48,15%) estados com a cobertura vacinal >95%. Houve redução da circulação viral, porém, insuficiente para sua eliminação, foi necessária a campanha nacional de eliminação da rubéola em 2008 para ambos os sexos no grupo de 20 a 39 anos e de 12 a 39 anos de idade em cinco estados. Desses, 9 (33,3%) atingiram a cobertura vacinal. Em 2010 a proporção de soroprevalência para homens e mulheres chegou a 94,5% e sem a ocorrência de casos confirmados de rubéola. No Brasil, na era pré-vacinal a proporção de soroprevalência encontrada foi semelhante a ocorrida em outros países, variando entre 33% em São Paulo37 e 59% no Ceará42 no grupo etário de 1 – 5 anos de idade. Para os outros grupos etários variou entre 47% para o grupo de 6 e 9 anos e até 100% para o grupo de 30 a 39 anos de idade. No período pós-vacinal, com a mudança no perfil etário do grupo em estudo, as MIF já vacinadas, a proporção de soroprevalência para ambos os sexos elevou-se para 70 a 93%. Mesmo com importante redução da proporção de suscetibilidade para a doença, não se conseguiu evitar os surtos de rubéola em 2007 e 2008. Foi realizada regressão linear e observou-se que ela foi positiva entre o log da proporção de suscetibilidade e o log da taxa de incidência, cujo coeficiente de correlação de Pearson R foi de 0,7349. As taxas de incidência e a proporção de suscetibilidade identificadas no estudo apontam que >5% da população suscetível ocorreram surtos da doença. Conclusões: para a eliminação da rubéola e síndrome da rubéola congênita é necessário manter uma vigilância epidemiológica e virológica ativas integrada ao sarampo, altas e homogêneas coberturas vacinais e análises de estudos de soroprevalência. Manter integrada a vigilância dentro e entre os países das Américas, principalmente no que diz respeito a identificação precoce de casos importados, é o maior desafio diante da ocorrência de eventos de massa entre 2013 a 2016. Palavras Chaves: rubéola, vacina contra a rubéola, vigilância epidemiológica, estudos de soroprevalência, eliminação.
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A vacina contra a rubéola foi implantada em 1992 para crianças de 1 – 11 anos de idade, posteriormente para mulheres em idade fértil (MIF) em 1998 – 2002 e, em 2008, para homens e mulheres de 20 a 39 anos de idade em todos os estados. Em 1999, os grupos etários de maior risco foram os menores de 1 ano, 1 – 4 anos e 10 - 19 anos de idade para ambos os sexos. Em 2007 houve o deslocamento da infecção dos menores de 1 ano para o grupo etário de 20 - 29 e de 30 - 39 anos de idade para o sexo masculino. Para o sexo feminino, para o grupo de 20 a 39 anos de idade. Em 2007, durante o surto da doença, o risco de adoecer para o sexo masculino foi 2,3 vezes maior do que para as mulheres que haviam sido vacinadas anteriormente. Após a campanha de vacinação em 2008, nenhum caso de rubéola foi confirmado. O êxito na eliminação da rubéola só ocorrerá quando os estratos de imunidade estiverem entre 85 a 90%. O objetivo foi avaliar o impacto da vacinação contra a rubéola na população brasileira entre 1999 – 2010. Método: estudo ecológico com dados agregados da taxa de incidência da rubéola entre 1993 e 2008 por faixa etária e sexo, as estratégias de implantação da vacina tríplice viral, vacinação das MIF e a campanha de vacinação para eliminação da rubéola no país. Realizada revisão da literatura sobre os estudos de soroprevalência da rubéola identificando-se o padrão por faixa etária antes da introdução da vacina (2000) e após a campanha nacional de vacinação em 2008. Dados populacionais do DATASUS, a cobertura vacinal do Programa Nacional de Imunização (PNI) e os casos confirmados de rubéola do SINAN/MS. As variáveis utilizadas foram taxa de incidência por sexo e faixa etária, cobertura vacinal no ano de implantação da vacina tríplice viral e na campanha de vacinação, proporção de suscetibilidade para a rubéola por sexo e faixa etária. Resultados: 18 estados (66,6%) atingiram 95% de cobertura vacinal na implantação da vacina. Após a campanha, a vacina foi disponibilizada na rotina das salas de vacinação aos 15 meses de idade até 2003, quando passou a ser aplicada aos 12 meses (D1) e aos 4 anos de idade (D2). As MIF foram vacinadas entre 1998 e 2002 para acelerar a eliminação da SRC e apenas 13 (48,15%) estados com a cobertura vacinal >95%. Houve redução da circulação viral, porém, insuficiente para sua eliminação, foi necessária a campanha nacional de eliminação da rubéola em 2008 para ambos os sexos no grupo de 20 a 39 anos e de 12 a 39 anos de idade em cinco estados. Desses, 9 (33,3%) atingiram a cobertura vacinal. Em 2010 a proporção de soroprevalência para homens e mulheres chegou a 94,5% e sem a ocorrência de casos confirmados de rubéola. No Brasil, na era pré-vacinal a proporção de soroprevalência encontrada foi semelhante a ocorrida em outros países, variando entre 33% em São Paulo37 e 59% no Ceará42 no grupo etário de 1 – 5 anos de idade. Para os outros grupos etários variou entre 47% para o grupo de 6 e 9 anos e até 100% para o grupo de 30 a 39 anos de idade. No período pós-vacinal, com a mudança no perfil etário do grupo em estudo, as MIF já vacinadas, a proporção de soroprevalência para ambos os sexos elevou-se para 70 a 93%. Mesmo com importante redução da proporção de suscetibilidade para a doença, não se conseguiu evitar os surtos de rubéola em 2007 e 2008. Foi realizada regressão linear e observou-se que ela foi positiva entre o log da proporção de suscetibilidade e o log da taxa de incidência, cujo coeficiente de correlação de Pearson R foi de 0,7349. As taxas de incidência e a proporção de suscetibilidade identificadas no estudo apontam que >5% da população suscetível ocorreram surtos da doença. Conclusões: para a eliminação da rubéola e síndrome da rubéola congênita é necessário manter uma vigilância epidemiológica e virológica ativas integrada ao sarampo, altas e homogêneas coberturas vacinais e análises de estudos de soroprevalência. Manter integrada a vigilância dentro e entre os países das Américas, principalmente no que diz respeito a identificação precoce de casos importados, é o maior desafio diante da ocorrência de eventos de massa entre 2013 a 2016. Palavras Chaves: rubéola, vacina contra a rubéola, vigilância epidemiológica, estudos de soroprevalência, eliminação.Rubella is a preventable disease among those considering under elimination according to the World Health Organization. Imported cases have been reported in countries where the disease has been eliminated and integrated epidemiological surveillance of measles and rubella should be intensified to prevent the reintroduction of the virus. The rubella vaccine was introduced in 1992 for children 1-11years old, later for women of childbearing age (1998- 2002) and in 2008 for men and women 20 to 39 years of age in all states. In 1999, the age groups at risk were younger than 1 year, 1-4 years and10-19 years for males and females. In 2007 there was the displacement of infection of less than 1 year for age group 20-39 years for males and females. In 2007, during the outbreak of the disease, the risk of illness for males was 2.3 times higher than for women who had been previously vaccinated. After vaccination campaign in 2008, no case of rubella was confirmed. The success to eliminate rubella only occurs when the layers of immunity are between 85 to 90%. The aim of this study is to evaluate the impact of rubella vaccination in the Brazilian population in1999- 2010. Method: ecological study based on aggregate data of rubella incidence rate between 1993 and 2008 by age group and sex, immunization strategies of MMR, vaccination for women of childbearing age and vaccination campaign for elimination of rubella in the country. Literature review of rubella seroprevalence studies in the world and Brazil were conducted, identifying the pattern of seroprevalence by age group before the introduction of the vaccine (2000) and after the national rubella vaccination campaign in 2008. Population data (DATASUS), vaccination coverage of the National Immunization Program (NIP) and national database of rubella confirmed cases. The variables used were the incidence rate by sex and age, vaccination coverage in the year of implementation of the MMR vaccine and the vaccination campaign, the proportion of susceptibility to rubella by sex and age. Results: 18 states (66.6%) achieved 95% vaccination coverage in the deployment of the vaccine. After the campaign, the vaccine was available at vaccination rooms to children at 15 months of age until 2003, when it began to be applied to 12 months (D1) and at 4 years of age (D2). Women of childbearing age were vaccinated between 1998 and 2002 with the aim of accelerating the elimination of the SRC, for this strategy only 13 (48.15%) states reached 95% vaccination coverage. After this period there was a reduction of viral circulation, but not enough to eliminate the virus circulation, with the need of the national campaign to eliminate rubella in 2008 for the group 20-39 years and 12-39 years of age in five states. Of these, 9 (33.3%) reached the coverage. In 2010 the proportion of seroprevalence for men and women reached 94.5% and without the report of rubella confirmed cases. In Brazil, in the pre-vaccination period the proportion of seroprevalence was similar to that occurred in other countries, ranging between33% in SaoPaulo37and 59% in Ceará42 in the age group 1-5 years old. For other age groups ranged from 47% for group 6 and 9 years and up to 100% for group 30 to 39 years old. In the postvaccine period, there was a shift in the age profile of the study group, where women of childbearing age were vaccinated, thus the ratio of prevalence for both sex ranged between 70 and 93%. Even with a significant reduction in the proportion of susceptibility to the disease, we could not prevent outbreaks of rubella in 2007 and 2008. Linear regression was performed and showed that it was positive the ratio between the log and the log susceptibility incidence rate whose Pearson correlation coefficient R was 0.7349. The incidence rates and the proportion of susceptibility identified in this study indicated that> 5% of the susceptible population launched outbreaks of the disease. Conclusions: to achieve the elimination of rubella and CRS is necessary an epidemiological and virological surveillance integrated to measles, homogeneous and high vaccine coverage and analysis of seroprevalence studies. Keeping integrated surveillance within and between countries in the Americas regarding the early identification of imported cases, is the major challenge considering the mass events that will be occur between 2013 to 2016.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porRubéolaVacina contra a RubéolaVigilância EpidemiológicaEstudos de SoroprevalênciaEliminaçãoRubellaRubella VaccineEpidemiology SurveillanceSeroprevalence StudiesEliminationVacina contra RubéolaRubéola (Sarampo Alemão)/epidemiologiaVigilância EpidemiológicaO impacto da vacinação contra rubéola e as estimativas de proporção de suscetibilidade da população brasileira entre 1999 - 2010The impact of rubella vaccination and estimated proportion of susceptibility of the population between 1999 - 2010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Mestrado Profissional em Epidemiologia em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALve_Teresa_Cristina_ENSP_2012application/pdf921406https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24515/1/ve_Teresa_Cristina_ENSP_20128a1461187d9db3cce91c2ab272f567afMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24515/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT622.pdf.txt622.pdf.txtExtracted texttext/plain136678https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24515/3/622.pdf.txtd4d5c051421a08b5788d7bcef388a2aaMD53icict/245152023-01-19 14:40:38.912oai:www.arca.fiocruz.br:icict/24515Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-19T17:40:38Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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Rubéola (Sarampo Alemão)/epidemiologia
Vigilância Epidemiológica
description A rubéola está entre as doenças elimináveis, segundo a Organização Mundial da Saúde. Casos importados são notificados nos países onde a doença foi eliminada e a vigilância epidemiológica integrada do sarampo e rubéola deve ser intensificada para evitar a reintrodução do vírus, bem como a vigilância virológica. A vacina contra a rubéola foi implantada em 1992 para crianças de 1 – 11 anos de idade, posteriormente para mulheres em idade fértil (MIF) em 1998 – 2002 e, em 2008, para homens e mulheres de 20 a 39 anos de idade em todos os estados. Em 1999, os grupos etários de maior risco foram os menores de 1 ano, 1 – 4 anos e 10 - 19 anos de idade para ambos os sexos. Em 2007 houve o deslocamento da infecção dos menores de 1 ano para o grupo etário de 20 - 29 e de 30 - 39 anos de idade para o sexo masculino. Para o sexo feminino, para o grupo de 20 a 39 anos de idade. Em 2007, durante o surto da doença, o risco de adoecer para o sexo masculino foi 2,3 vezes maior do que para as mulheres que haviam sido vacinadas anteriormente. Após a campanha de vacinação em 2008, nenhum caso de rubéola foi confirmado. O êxito na eliminação da rubéola só ocorrerá quando os estratos de imunidade estiverem entre 85 a 90%. O objetivo foi avaliar o impacto da vacinação contra a rubéola na população brasileira entre 1999 – 2010. Método: estudo ecológico com dados agregados da taxa de incidência da rubéola entre 1993 e 2008 por faixa etária e sexo, as estratégias de implantação da vacina tríplice viral, vacinação das MIF e a campanha de vacinação para eliminação da rubéola no país. Realizada revisão da literatura sobre os estudos de soroprevalência da rubéola identificando-se o padrão por faixa etária antes da introdução da vacina (2000) e após a campanha nacional de vacinação em 2008. Dados populacionais do DATASUS, a cobertura vacinal do Programa Nacional de Imunização (PNI) e os casos confirmados de rubéola do SINAN/MS. As variáveis utilizadas foram taxa de incidência por sexo e faixa etária, cobertura vacinal no ano de implantação da vacina tríplice viral e na campanha de vacinação, proporção de suscetibilidade para a rubéola por sexo e faixa etária. Resultados: 18 estados (66,6%) atingiram 95% de cobertura vacinal na implantação da vacina. Após a campanha, a vacina foi disponibilizada na rotina das salas de vacinação aos 15 meses de idade até 2003, quando passou a ser aplicada aos 12 meses (D1) e aos 4 anos de idade (D2). As MIF foram vacinadas entre 1998 e 2002 para acelerar a eliminação da SRC e apenas 13 (48,15%) estados com a cobertura vacinal >95%. Houve redução da circulação viral, porém, insuficiente para sua eliminação, foi necessária a campanha nacional de eliminação da rubéola em 2008 para ambos os sexos no grupo de 20 a 39 anos e de 12 a 39 anos de idade em cinco estados. Desses, 9 (33,3%) atingiram a cobertura vacinal. Em 2010 a proporção de soroprevalência para homens e mulheres chegou a 94,5% e sem a ocorrência de casos confirmados de rubéola. No Brasil, na era pré-vacinal a proporção de soroprevalência encontrada foi semelhante a ocorrida em outros países, variando entre 33% em São Paulo37 e 59% no Ceará42 no grupo etário de 1 – 5 anos de idade. Para os outros grupos etários variou entre 47% para o grupo de 6 e 9 anos e até 100% para o grupo de 30 a 39 anos de idade. No período pós-vacinal, com a mudança no perfil etário do grupo em estudo, as MIF já vacinadas, a proporção de soroprevalência para ambos os sexos elevou-se para 70 a 93%. Mesmo com importante redução da proporção de suscetibilidade para a doença, não se conseguiu evitar os surtos de rubéola em 2007 e 2008. Foi realizada regressão linear e observou-se que ela foi positiva entre o log da proporção de suscetibilidade e o log da taxa de incidência, cujo coeficiente de correlação de Pearson R foi de 0,7349. As taxas de incidência e a proporção de suscetibilidade identificadas no estudo apontam que >5% da população suscetível ocorreram surtos da doença. Conclusões: para a eliminação da rubéola e síndrome da rubéola congênita é necessário manter uma vigilância epidemiológica e virológica ativas integrada ao sarampo, altas e homogêneas coberturas vacinais e análises de estudos de soroprevalência. Manter integrada a vigilância dentro e entre os países das Américas, principalmente no que diz respeito a identificação precoce de casos importados, é o maior desafio diante da ocorrência de eventos de massa entre 2013 a 2016. Palavras Chaves: rubéola, vacina contra a rubéola, vigilância epidemiológica, estudos de soroprevalência, eliminação.
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