Avaliação de fatores epidemiológicos, micológicos, clínicos e terapêuticos associados à esporotricose

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Freitas, Dayvison Francis Saraiva
Orientador(a): Galhardo, Maria Clara Gutierrez, Oliveira, Rosely Maria Zancope
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12175
Resumo: Esporotricose é uma micose subcutânea causada pelo fungo dimórfico previamente descrito como uma única espécie, Sporothrix schenckii, agora entendido como um complexo de diferentes espécies de interesse clínico. A região metropolitana do Rio de Janeiro constitui área hiperendêmica de esporotricose zoonótica transmitida por gatos desde 1998. Clinicamente tem se caracterizado por formas clínicas pouco usuais, manifestações de hipersensibilidade e um número crescente de pacientes coinfectados com HIV. Este estudo teve como objetivo avaliar fatores epidemiológicos, micológicos, clínicos e terapêuticos associados às diversas formas clínicas de pacientes com esporotricose. Foram utilizados o banco hospitalar de registros de pacientes e o banco de cepas do laboratório de micologia do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC), bem como técnicas de identificação genotípica e laboratoriais clássicas para determinação de virulência e fenótipo dos isolados fúngicos. Foi verificado que a dacriocistite aguda (quatro casos entre 2008 e 2010) é uma manifestação da esporotricose que evolui com complicações (fístula e dacriocistite crônica) necessitando reparação cirúrgica. A Síndrome de Sweet foi observada em três pacientes até 2010 e deve ser incorporada como manifestação de hipersensibilidade da esporotricose. As 12 gestantes com esporotricose entre 2005 e 2010 apresentaram boa evolução com termoterapia local. Na análise clínica e terapêutica de 21 casos de esporotricose e HIV, as formas clínicas variaram com o status imunológico dos pacientes e ocorreu resposta terapêutica em 81% dos casos. A investigação diagnóstica de doença sistêmica em pacientes com linfócitos T CD4+ < 200 células/\03BCL se impõe Na série histórica avaliada, com 48 pacientes com esporotricose e HIV e 3.570 com esporotricose, observamos que pacientes com HIV evoluíram com quadros mais disseminados, hospitalização e óbito. Na avaliação genotípica de 50 isolados, Sporothrix brasiliensis esteve associado às formas pouco usuais e aos casos de hipersensibilidade. O estudo de cinco isolados coletados ao longo de cinco anos em um paciente com quadro de esporotricose disseminada demonstrou aumento de virulência no isolado obtido após 11 anos de infecção (5 anos de tratamento no IPEC), quando utilizado Galleria mellonella como modelo in vivo, sugerindo uma adaptação do fungo ao hospedeiro neste período. Conclui-se que a esporotricose no Rio de Janeiro está relacionada ao surgimento de formas raras e inéditas. Da mesma forma, tem acometido pacientes infectados pelo HIV, com morbimortalidade, devendo ser incorporada como uma infecção oportunística na sua forma disseminada. S. brasiliensis, espécie envolvida na quase totalidade dos casos desta região, pode ter incremento em sua virulência ao longo dos anos, favorecendo sua sobrevida e dificultando a cura do paciente
id CRUZ_31564f81f389c7c98ecf6315572fa2c6
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/12175
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str
spelling Freitas, Dayvison Francis SaraivaValle, Antonio Carlos Francesconi doWanke, BodoNimrichter, LeonardoGremião, Isabella Dib FerreiraPilotto, José Henrique da SilvaPaes, Rodrigo de AlmeidaOliveira, Manoel Marques Evangelista deGalhardo, Maria Clara GutierrezOliveira, Rosely Maria Zancope2015-11-11T12:07:49Z2015-11-11T12:07:49Z2014FREITAS, D. F. S. Avaliação de fatores epidemiológicos, micológicos, clínicos e terapêuticos associados à esporotricose. 2014. 148 f. (Doutorado em Medicina Tropical) - Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2014.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12175Esporotricose é uma micose subcutânea causada pelo fungo dimórfico previamente descrito como uma única espécie, Sporothrix schenckii, agora entendido como um complexo de diferentes espécies de interesse clínico. A região metropolitana do Rio de Janeiro constitui área hiperendêmica de esporotricose zoonótica transmitida por gatos desde 1998. Clinicamente tem se caracterizado por formas clínicas pouco usuais, manifestações de hipersensibilidade e um número crescente de pacientes coinfectados com HIV. Este estudo teve como objetivo avaliar fatores epidemiológicos, micológicos, clínicos e terapêuticos associados às diversas formas clínicas de pacientes com esporotricose. Foram utilizados o banco hospitalar de registros de pacientes e o banco de cepas do laboratório de micologia do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC), bem como técnicas de identificação genotípica e laboratoriais clássicas para determinação de virulência e fenótipo dos isolados fúngicos. Foi verificado que a dacriocistite aguda (quatro casos entre 2008 e 2010) é uma manifestação da esporotricose que evolui com complicações (fístula e dacriocistite crônica) necessitando reparação cirúrgica. A Síndrome de Sweet foi observada em três pacientes até 2010 e deve ser incorporada como manifestação de hipersensibilidade da esporotricose. As 12 gestantes com esporotricose entre 2005 e 2010 apresentaram boa evolução com termoterapia local. Na análise clínica e terapêutica de 21 casos de esporotricose e HIV, as formas clínicas variaram com o status imunológico dos pacientes e ocorreu resposta terapêutica em 81% dos casos. A investigação diagnóstica de doença sistêmica em pacientes com linfócitos T CD4+ < 200 células/\03BCL se impõe Na série histórica avaliada, com 48 pacientes com esporotricose e HIV e 3.570 com esporotricose, observamos que pacientes com HIV evoluíram com quadros mais disseminados, hospitalização e óbito. Na avaliação genotípica de 50 isolados, Sporothrix brasiliensis esteve associado às formas pouco usuais e aos casos de hipersensibilidade. O estudo de cinco isolados coletados ao longo de cinco anos em um paciente com quadro de esporotricose disseminada demonstrou aumento de virulência no isolado obtido após 11 anos de infecção (5 anos de tratamento no IPEC), quando utilizado Galleria mellonella como modelo in vivo, sugerindo uma adaptação do fungo ao hospedeiro neste período. Conclui-se que a esporotricose no Rio de Janeiro está relacionada ao surgimento de formas raras e inéditas. Da mesma forma, tem acometido pacientes infectados pelo HIV, com morbimortalidade, devendo ser incorporada como uma infecção oportunística na sua forma disseminada. S. brasiliensis, espécie envolvida na quase totalidade dos casos desta região, pode ter incremento em sua virulência ao longo dos anos, favorecendo sua sobrevida e dificultando a cura do pacienteSporotrichosis is a subcutaneous mycosis caused by the dimorphic fungus previously described as a single species, Sporothrix schenckii , now understood as a complex of different species of clinical interest. The metropolitan region of Rio de Janeiro is an endemic area of zoonotic sporotrichosis transmitted by cat s since 1998. Clinically , it has been characterized by un usual clinical presentations , manifestations of hypersensitivity and a n increasing number of patients coinfected with HIV. This study aimed to evaluate epidemiological, mycological, clinical and therapeutic factors associated with different clinical aspect s of patients with sporotrichosis. The hospital database of patient records and the stock strains of the laboratory of mycology of Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC) were used , as well as techniques for genotypic identification and classic al laboratory tools for determination of virulence and phenotype of the fungal isolates. It was found that acute dacryocystitis (4 cases between 2008 and 2010) is a manifestation of sporotrichosis which evolves with complications (fistula and chronic dacry ocystitis) requiring surgical repair. Sweet syndrome was observed in three patients until 2010 and should be incorporated as a manifestation of hypersensitivity of sporotrichosis. The 12 pregnant women with sporotrichosis between 2005 and 2010 presented a good evolution with l ocal thermotherapy. In the clinical and therapeutical analysis of the 21 cases of sporotrichosis and HIV, the clinical forms varied with the immunological status of the patients , and a good therapeutic response was seen in 81% of the c ases. T he diagnostic investigation of systemic disease in immunosuppressed patients (CD4 + < 200 cells/ μ L) is required. In the historical series evaluated , with 48 patients with sporotrichosis and HIV , and 3,570 with sporotrichosis, it was seen that patient s with HIV evolved with more disseminated pictures , hospitalization and death. In the genotypic evaluation of 50 isolates, Sporothrix brasiliensis was associated with unusual aspects and cases of hypersensitivity. The study of five isolates collected over five years in a patient with disseminated sporotrichosis demonstrated increased virulence of the isolate obtained after 11 years of infection (5 years of treatment at IPEC) , when Galleria mellonella was used as an in vivo model , suggesting an adaptation of the fungus to the host within this period . In conclusion, sporotrichosis in Rio de Janeiro is related to the emergence of rare and novel aspects . On the same way, it has affect ed HIV - infect ed patients , with morbi mortality , and should be incorporated as an opportunistic infection on its disseminated form. S. brasiliensis , the species involved in almost all cases of this region , may have an increase in virulence over the years, favoring its survival and hindering the healing of the patient.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porAvaliação de fatores epidemiológicos, micológicos, clínicos e terapêuticos associados à esporotricoseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2014-02-28Pós-Graduação em Medicina TropicalFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo CruzRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Medicina TropicalSíndrome de SweetEsporotricoseSinais e SintomasHIVSporothrixEpidemiologiainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALdayvison_freitas_ioc_dout_2014.pdfapplication/pdf5915307https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12175/1/dayvison_freitas_ioc_dout_2014.pdfa8cd2187aedf589e2dda9410eb3318b6MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12175/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTdayvison_freitas_ioc_dout_2014.pdf.txtdayvison_freitas_ioc_dout_2014.pdf.txtExtracted texttext/plain289731https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12175/3/dayvison_freitas_ioc_dout_2014.pdf.txt6f2280c6d6fc3e9ef6c73b57730458afMD53icict/121752023-09-04 11:49:22.367oai:www.arca.fiocruz.br:icict/12175Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-09-04T14:49:22Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Avaliação de fatores epidemiológicos, micológicos, clínicos e terapêuticos associados à esporotricose
title Avaliação de fatores epidemiológicos, micológicos, clínicos e terapêuticos associados à esporotricose
spellingShingle Avaliação de fatores epidemiológicos, micológicos, clínicos e terapêuticos associados à esporotricose
Freitas, Dayvison Francis Saraiva
Síndrome de Sweet
Esporotricose
Sinais e Sintomas
HIV
Sporothrix
Epidemiologia
title_short Avaliação de fatores epidemiológicos, micológicos, clínicos e terapêuticos associados à esporotricose
title_full Avaliação de fatores epidemiológicos, micológicos, clínicos e terapêuticos associados à esporotricose
title_fullStr Avaliação de fatores epidemiológicos, micológicos, clínicos e terapêuticos associados à esporotricose
title_full_unstemmed Avaliação de fatores epidemiológicos, micológicos, clínicos e terapêuticos associados à esporotricose
title_sort Avaliação de fatores epidemiológicos, micológicos, clínicos e terapêuticos associados à esporotricose
author Freitas, Dayvison Francis Saraiva
author_facet Freitas, Dayvison Francis Saraiva
author_role author
dc.contributor.member.none.fl_str_mv Valle, Antonio Carlos Francesconi do
Wanke, Bodo
Nimrichter, Leonardo
Gremião, Isabella Dib Ferreira
Pilotto, José Henrique da Silva
Paes, Rodrigo de Almeida
Oliveira, Manoel Marques Evangelista de
dc.contributor.author.fl_str_mv Freitas, Dayvison Francis Saraiva
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Galhardo, Maria Clara Gutierrez
Oliveira, Rosely Maria Zancope
contributor_str_mv Galhardo, Maria Clara Gutierrez
Oliveira, Rosely Maria Zancope
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv Síndrome de Sweet
Esporotricose
Sinais e Sintomas
HIV
Sporothrix
Epidemiologia
topic Síndrome de Sweet
Esporotricose
Sinais e Sintomas
HIV
Sporothrix
Epidemiologia
description Esporotricose é uma micose subcutânea causada pelo fungo dimórfico previamente descrito como uma única espécie, Sporothrix schenckii, agora entendido como um complexo de diferentes espécies de interesse clínico. A região metropolitana do Rio de Janeiro constitui área hiperendêmica de esporotricose zoonótica transmitida por gatos desde 1998. Clinicamente tem se caracterizado por formas clínicas pouco usuais, manifestações de hipersensibilidade e um número crescente de pacientes coinfectados com HIV. Este estudo teve como objetivo avaliar fatores epidemiológicos, micológicos, clínicos e terapêuticos associados às diversas formas clínicas de pacientes com esporotricose. Foram utilizados o banco hospitalar de registros de pacientes e o banco de cepas do laboratório de micologia do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC), bem como técnicas de identificação genotípica e laboratoriais clássicas para determinação de virulência e fenótipo dos isolados fúngicos. Foi verificado que a dacriocistite aguda (quatro casos entre 2008 e 2010) é uma manifestação da esporotricose que evolui com complicações (fístula e dacriocistite crônica) necessitando reparação cirúrgica. A Síndrome de Sweet foi observada em três pacientes até 2010 e deve ser incorporada como manifestação de hipersensibilidade da esporotricose. As 12 gestantes com esporotricose entre 2005 e 2010 apresentaram boa evolução com termoterapia local. Na análise clínica e terapêutica de 21 casos de esporotricose e HIV, as formas clínicas variaram com o status imunológico dos pacientes e ocorreu resposta terapêutica em 81% dos casos. A investigação diagnóstica de doença sistêmica em pacientes com linfócitos T CD4+ < 200 células/\03BCL se impõe Na série histórica avaliada, com 48 pacientes com esporotricose e HIV e 3.570 com esporotricose, observamos que pacientes com HIV evoluíram com quadros mais disseminados, hospitalização e óbito. Na avaliação genotípica de 50 isolados, Sporothrix brasiliensis esteve associado às formas pouco usuais e aos casos de hipersensibilidade. O estudo de cinco isolados coletados ao longo de cinco anos em um paciente com quadro de esporotricose disseminada demonstrou aumento de virulência no isolado obtido após 11 anos de infecção (5 anos de tratamento no IPEC), quando utilizado Galleria mellonella como modelo in vivo, sugerindo uma adaptação do fungo ao hospedeiro neste período. Conclui-se que a esporotricose no Rio de Janeiro está relacionada ao surgimento de formas raras e inéditas. Da mesma forma, tem acometido pacientes infectados pelo HIV, com morbimortalidade, devendo ser incorporada como uma infecção oportunística na sua forma disseminada. S. brasiliensis, espécie envolvida na quase totalidade dos casos desta região, pode ter incremento em sua virulência ao longo dos anos, favorecendo sua sobrevida e dificultando a cura do paciente
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-11-11T12:07:49Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-11-11T12:07:49Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv FREITAS, D. F. S. Avaliação de fatores epidemiológicos, micológicos, clínicos e terapêuticos associados à esporotricose. 2014. 148 f. (Doutorado em Medicina Tropical) - Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2014.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12175
identifier_str_mv FREITAS, D. F. S. Avaliação de fatores epidemiológicos, micológicos, clínicos e terapêuticos associados à esporotricose. 2014. 148 f. (Doutorado em Medicina Tropical) - Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2014.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12175
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12175/1/dayvison_freitas_ioc_dout_2014.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12175/2/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12175/3/dayvison_freitas_ioc_dout_2014.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv a8cd2187aedf589e2dda9410eb3318b6
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
6f2280c6d6fc3e9ef6c73b57730458af
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798325721128501248