Evolução do padrão alimentar e tendência da mortalidade por câncer de pâncreas nas capitais do Brasil, 1980-1997

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Moraes, Viviane Mukim de
Orientador(a): Mattos, Inês Echenique
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5208
Resumo: Teve como objetivo descrever o padrão de distribuição da mortalidade por câncer de pâncreas nas capitais do Brasil, de 1980-1997, e correlacioná-lo com o consumo médio de alguns grupos de alimentos, bebidas alcoólicas, café e com a prevalência de agismo. Para análise da mortalidade nas capitais brasileiras foram selecionados os óbitos por câncer de pâncreas no sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. As informações populacionais foram obtidas através dos Censos Demográficos e por estimativas do IBGE. Foram calculadas taxas de mortalidade padronizadas por idade. A relação entre a mortalidade por essa neoplasia e o consumo per capita das variáveis referidas foi analisada através da técnica estatística de agrupamento (cluster). Verificou-se um comportamento ascendente das taxas de mortalidade padronizadas por idade para câncer de pâncreas no Brasil (2,56 em 1980-82 e 3,10/100.000 em 1995-97), correspondendo a um incremento médio anual de 1,31 por cento período analisado. Os valores mais elevados foram encontrados nas regiões Sul e Sudeste (7,05/100.000 em Porto Alegre; 4,13/100.000 no Rio de Janeiro). Observou-se um predomínio da mortalidade nas faixas etárias de 60 anos ou mais e no sexo masculino. Porto Alegre foi a capital que apresentou as maiores taxas (9,4 e 5,3/100.000, para homens e mulheres, respectivamente). A análise de agrupamento possibilitou a estratificação das capitais analisadas em 2 grupos: um formado pelas capitais do Centro-Sul e outro pelas capitais das regiões Norte e Nordeste. Analisando as variáveis estudadas observamos que Porto Alegre apresentou um consumo pregresso diferenciado de leite, frutas e vegetais, carnes, bebidas alcoólicas e aco, em relação às demais capitais. A retirada destas variáveis do modelo inicial não interferiu substancialmente na homogeneidade dos grupos, exceto em relação ao consumo médio de leite, cuja exclusão do modelo permitiu a união de Porto Alegre ao grupo do Centro-Sul. Por outro lado, em Belém a variável mais discriminante foi o consumo médio de peixe que ao ser retirada do modelo inicial possibilitou um agregamento mais precoce. Estes resultados são sugestivos de que o papel de certos itens da dieta deveria ser futuramente estudado em maior profundidade para ampliar nosso conhecimento sobre o desenvolvimento do câncer pancreático.
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Foram calculadas taxas de mortalidade padronizadas por idade. A relação entre a mortalidade por essa neoplasia e o consumo per capita das variáveis referidas foi analisada através da técnica estatística de agrupamento (cluster). Verificou-se um comportamento ascendente das taxas de mortalidade padronizadas por idade para câncer de pâncreas no Brasil (2,56 em 1980-82 e 3,10/100.000 em 1995-97), correspondendo a um incremento médio anual de 1,31 por cento período analisado. Os valores mais elevados foram encontrados nas regiões Sul e Sudeste (7,05/100.000 em Porto Alegre; 4,13/100.000 no Rio de Janeiro). Observou-se um predomínio da mortalidade nas faixas etárias de 60 anos ou mais e no sexo masculino. Porto Alegre foi a capital que apresentou as maiores taxas (9,4 e 5,3/100.000, para homens e mulheres, respectivamente). A análise de agrupamento possibilitou a estratificação das capitais analisadas em 2 grupos: um formado pelas capitais do Centro-Sul e outro pelas capitais das regiões Norte e Nordeste. Analisando as variáveis estudadas observamos que Porto Alegre apresentou um consumo pregresso diferenciado de leite, frutas e vegetais, carnes, bebidas alcoólicas e aco, em relação às demais capitais. A retirada destas variáveis do modelo inicial não interferiu substancialmente na homogeneidade dos grupos, exceto em relação ao consumo médio de leite, cuja exclusão do modelo permitiu a união de Porto Alegre ao grupo do Centro-Sul. Por outro lado, em Belém a variável mais discriminante foi o consumo médio de peixe que ao ser retirada do modelo inicial possibilitou um agregamento mais precoce. Estes resultados são sugestivos de que o papel de certos itens da dieta deveria ser futuramente estudado em maior profundidade para ampliar nosso conhecimento sobre o desenvolvimento do câncer pancreático.It aimed to describe the distribution pattern of pancreatic cancer mortality in the Brazilian capitals of 1980-1997 and to correlate it with the average consumption of some groups of foods, alcoholic beverages, coffee, and the prevalence of agism. For mortality analysis in Brazilian capitals, deaths from pancreatic cancer were selected from the Mortality Information System of the Ministry of Health. Population information was obtained through Demographic Census and IBGE estimates. Age-standardized mortality rates were calculated. The relationship between the mortality due to this neoplasm and the per capita consumption of the referred variables was analyzed using the clustering technique. There was an upward trend in age-standardized mortality rates for pancreatic cancer in Brazil (2.56 in 1980-82 and 3.10 / 100,000 in 1995-97), corresponding to an average annual increase of 1.31 per cent analyzed. The highest values ​​were found in the South and Southeast regions (7.05 / 100.000 in Porto Alegre, 4.13 / 100.000 in Rio de Janeiro). There was a predominance of mortality in the age groups of 60 years and older and in the male sex. Porto Alegre was the capital that presented the highest rates (9.4 and 5.3 / 100,000, for men and women, respectively). The clustering analysis made it possible to stratify the capitals analyzed in two groups: one formed by the capitals of the Center-South and the other by the capitals of the North and Northeast regions. Analyzing the studied variables, we observed that Porto Alegre presented a different pre-consumption intake of milk, fruits and vegetables, meat, alcoholic beverages and wine, in relation to the other capitals. The withdrawal of these variables from the initial model did not interfere substantially with the homogeneity of the groups, except in relation to the average milk consumption, whose exclusion from the model allowed the union of Porto Alegre to the Central-South group. On the other hand, in Bethlehem the most discriminating variable was the average fish consumption, which, when removed from the initial model, allowed an earlier aggregation. These results are suggestive that the role of certain items of the diet should be further studied in greater depth in order to broaden our knowledge about the development of pancreatic cancer.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porEvolução do padrão alimentar e tendência da mortalidade por câncer de pâncreas nas capitais do Brasil, 1980-1997Evolution of feeding behavior trends of the mortality the pancreatic neoplasms in Brazil states: 1980-1997info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.MestreRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde PúblicaPancreatic NeoplasmsFeeding BehaviorNeoplasias PancreáticasComportamento Alimentarinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5208/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALve_Viviane_Mukim_ENSP_2002application/pdf1712539https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5208/2/ve_Viviane_Mukim_ENSP_200217437c06dc25233dd2111ea3c8b29c09MD52TEXT467.pdf.txt467.pdf.txtExtracted texttext/plain209839https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5208/5/467.pdf.txt4bcaa1e70ca1e80706ad8c0e35ac29dfMD55ve_Viviane_Mukim_ENSP_2002.txtve_Viviane_Mukim_ENSP_2002.txtExtracted texttext/plain209839https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5208/6/ve_Viviane_Mukim_ENSP_2002.txtaafeb34513c832a19c73dba41da942b2MD56THUMBNAIL467.pdf.jpg467.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1106https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5208/4/467.pdf.jpgb860f07d40f26132f19d4867008d31c7MD54icict/52082023-01-17 14:34:58.749oai:www.arca.fiocruz.br:icict/5208Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-17T17:34:58Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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