Saúde da população carcerária feminina de Marabá (PA)
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/51973 |
Resumo: | Pesquisa realizada com as mulheres privadas de liberdade no município de Marabá (PA), dando enfoque às questões relacionadas à saúde. Teve como objetivo geral analisar as condições de vida e de saúde dessas mulheres, tendo como objetivos específicos: descrever as principais doenças que acometem as mulheres dentro do ambiente prisional no município de Marabá (PA); descrever o perfil sociodemográfico da população estudada, e; investigar a percepção dessas mulheres sobre as condições de acesso aos serviços de saúde prisional. Estudo misto mediante aplicação de questionário com 38 mulheres, seguida de entrevista com roteiro semiestruturado com cinco mulheres. A coleta de dados ocorreu entre outubro de 2020 e julho de 2021. Os dados do questionário foram analisados estatisticamente, utilizando-se o software Statistical Package for the Social Sciences versão 19 (SPSS 19.0), e as entrevistas foram analisadas pela proposta de Bardin (2008) para análise de conteúdo temática. Emergiram três categorias temáticas principais: “A história pregressa”, “O ambiente prisional” e “A saúde das mulheres no sistema prisional”. As principais doenças identificadas que acometem as mulheres dentro do ambiente prisional no município de Marabá (PA) foram frequentes dores no pescoço, costas ou coluna (60,5%), dores de cabeça frequentes e enxaqueca (57,9%), defeito na visão (44,7%), indigestão frequente (28,9%) e constipação frequente (28,9%). Essas mulheres têm média de 32,9 anos, são solteiras (60,5%), declaram-se pardas (71,1%), têm média de 2,7 filhos, e possuem, pelo menos, o nível médio incompleto (52,6%), mantém bom vínculo familiar com sua família (76,3%), sendo a maioria do Pará, 58% estão sob acusação de crimes ligados à morte das vítimas (homicídio e latrocínio), já sentenciadas (60,5%) e com média de 18,8 anos de condenação. O adoecimento mental da população do estudo configura-se como um dos principais achados desta pesquisa: ainda que o CRFM, aparentemente, seja caracterizado como uma unidade prisional próxima do ideal, os sintomas relacionados às doenças mentais se expressam de maneira significativa entre as mulheres que participaram do estudo, e isso pode apontar para uma questão de que o próprio aprisionamento por si só, independente da qualidade de suas condições estruturais, impacta negativamente na saúde mental da população privada de liberdade. Estudos desse tipo são importantes para se conhecer e tentar compreender a forma como essas mulheres vivenciam o aprisionamento nos diferentes lugares do Brasil e, a partir desse diagnóstico situacional, verificar possibilidades de intervenções de melhorias para todos os envolvidos na realidade prisional. |
id |
CRUZ_88adfe41509cefc49edb3e0e73f715b7 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.arca.fiocruz.br:icict/51973 |
network_acronym_str |
CRUZ |
network_name_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
repository_id_str |
|
spelling |
Cossolosso, Emanuelle Helena SantosCampos, Ana Cristina VianaConstantino, Patricia2022-03-31T19:40:40Z2022-03-31T19:40:40Z2022COSSOLOSSO, Emanuelle Helena Santos. Saúde da população carcerária feminina de Marabá (PA). 2022. 167 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2022.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/51973Pesquisa realizada com as mulheres privadas de liberdade no município de Marabá (PA), dando enfoque às questões relacionadas à saúde. Teve como objetivo geral analisar as condições de vida e de saúde dessas mulheres, tendo como objetivos específicos: descrever as principais doenças que acometem as mulheres dentro do ambiente prisional no município de Marabá (PA); descrever o perfil sociodemográfico da população estudada, e; investigar a percepção dessas mulheres sobre as condições de acesso aos serviços de saúde prisional. Estudo misto mediante aplicação de questionário com 38 mulheres, seguida de entrevista com roteiro semiestruturado com cinco mulheres. A coleta de dados ocorreu entre outubro de 2020 e julho de 2021. Os dados do questionário foram analisados estatisticamente, utilizando-se o software Statistical Package for the Social Sciences versão 19 (SPSS 19.0), e as entrevistas foram analisadas pela proposta de Bardin (2008) para análise de conteúdo temática. Emergiram três categorias temáticas principais: “A história pregressa”, “O ambiente prisional” e “A saúde das mulheres no sistema prisional”. As principais doenças identificadas que acometem as mulheres dentro do ambiente prisional no município de Marabá (PA) foram frequentes dores no pescoço, costas ou coluna (60,5%), dores de cabeça frequentes e enxaqueca (57,9%), defeito na visão (44,7%), indigestão frequente (28,9%) e constipação frequente (28,9%). Essas mulheres têm média de 32,9 anos, são solteiras (60,5%), declaram-se pardas (71,1%), têm média de 2,7 filhos, e possuem, pelo menos, o nível médio incompleto (52,6%), mantém bom vínculo familiar com sua família (76,3%), sendo a maioria do Pará, 58% estão sob acusação de crimes ligados à morte das vítimas (homicídio e latrocínio), já sentenciadas (60,5%) e com média de 18,8 anos de condenação. O adoecimento mental da população do estudo configura-se como um dos principais achados desta pesquisa: ainda que o CRFM, aparentemente, seja caracterizado como uma unidade prisional próxima do ideal, os sintomas relacionados às doenças mentais se expressam de maneira significativa entre as mulheres que participaram do estudo, e isso pode apontar para uma questão de que o próprio aprisionamento por si só, independente da qualidade de suas condições estruturais, impacta negativamente na saúde mental da população privada de liberdade. Estudos desse tipo são importantes para se conhecer e tentar compreender a forma como essas mulheres vivenciam o aprisionamento nos diferentes lugares do Brasil e, a partir desse diagnóstico situacional, verificar possibilidades de intervenções de melhorias para todos os envolvidos na realidade prisional.This research general purpose is analyzing the living and health conditions of women incarcerated in the penitentiary system in Marabá, State of Pará. The specific objectives are: to describe the main diseases that affect women within the prison environment; describe the sociodemographic profile of the population studied and to investigate the perception of these women about the conditions of access to prison health services. We conducted this research with female prisoners, focusing on health-related issues. This is a mixed study with the application of a questionnaire to 38 women, followed by an interview with five women with a semi-structured script. Data collection took place between October 2020 and July 2021. We analyzed the questionnaire data statistically using the Statistical Package for the Social Sciences software, version 19 (SPSS 19.0). We analyzed the interviews according to Bardin's (2008) proposal for thematic content analysis. Then, three main thematic categories emerged, namely “The past history”, “The prison environment” and “The health of women in the prison system”. We identified that the main diseases that affect women within the prison environment are: frequent neck, back or spine pain (60.5%), frequent headaches and migraine (57.9%), vision defect (44.7%) %), frequent indigestion (28.9%) and frequent constipation (28.9%). These women have an average age of 32.9 years, are single (60.5%), declare themselves to be brown (71.1%), have an average of 2.7 children, and have at least an incomplete high school education. (52.6%). They maintain good family ties with their families (76.3%), and they are the majority from Pará. Among them, 58% are accused of crimes related to the death of victims (murder and robbery), already sentenced (60.5%) and with an average of 18.8 years of conviction. The mental illness of the study population is one of the main findings of this research: even though the Women's Reeducation Center of Marabá (CRFM) is characterized as a prison unit close to ideal, the symptoms related to mental illnesses are expressed in a significant way among the women who participated in the study, and this may point to the issue that imprisonment itself has a negative impact on the mental health of the population deprived of freedom, regardless of the quality of their structural conditions. Studies like this are important so that we can get to know and try to understand the way these women experience imprisonment in different places in Brazil, in addition to verifying possibilities of interventions for improvement for all those involved in the prison reality.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porMulheresPrisõesSaúdeWomenPrisonsHealthMulheresPrisõesCondições SociaisNível de SaúdeEstudos de Avaliação como AssuntoPesquisa QualitativaEntrevistaSaúde da população carcerária feminina de Marabá (PA)Health of the female prison population of Marabáinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2022-02-24Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/51973/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALemanuelle_helena_santos_cossolosso_ensp_dout_2022.pdfapplication/pdf7025142https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/51973/2/emanuelle_helena_santos_cossolosso_ensp_dout_2022.pdf98a408e8da273784204aa6d2e93dc766MD52icict/519732022-03-31 16:58:52.581oai:www.arca.fiocruz.br:icict/51973Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-03-31T19:58:52Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Saúde da população carcerária feminina de Marabá (PA) |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
Health of the female prison population of Marabá |
title |
Saúde da população carcerária feminina de Marabá (PA) |
spellingShingle |
Saúde da população carcerária feminina de Marabá (PA) Cossolosso, Emanuelle Helena Santos Mulheres Prisões Saúde Women Prisons Health Mulheres Prisões Condições Sociais Nível de Saúde Estudos de Avaliação como Assunto Pesquisa Qualitativa Entrevista |
title_short |
Saúde da população carcerária feminina de Marabá (PA) |
title_full |
Saúde da população carcerária feminina de Marabá (PA) |
title_fullStr |
Saúde da população carcerária feminina de Marabá (PA) |
title_full_unstemmed |
Saúde da população carcerária feminina de Marabá (PA) |
title_sort |
Saúde da população carcerária feminina de Marabá (PA) |
author |
Cossolosso, Emanuelle Helena Santos |
author_facet |
Cossolosso, Emanuelle Helena Santos |
author_role |
author |
dc.contributor.advisorco.none.fl_str_mv |
Campos, Ana Cristina Viana |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Cossolosso, Emanuelle Helena Santos |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Constantino, Patricia |
contributor_str_mv |
Constantino, Patricia |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Mulheres Prisões Saúde |
topic |
Mulheres Prisões Saúde Women Prisons Health Mulheres Prisões Condições Sociais Nível de Saúde Estudos de Avaliação como Assunto Pesquisa Qualitativa Entrevista |
dc.subject.en.pt_BR.fl_str_mv |
Women Prisons Health |
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv |
Mulheres Prisões Condições Sociais Nível de Saúde Estudos de Avaliação como Assunto Pesquisa Qualitativa Entrevista |
description |
Pesquisa realizada com as mulheres privadas de liberdade no município de Marabá (PA), dando enfoque às questões relacionadas à saúde. Teve como objetivo geral analisar as condições de vida e de saúde dessas mulheres, tendo como objetivos específicos: descrever as principais doenças que acometem as mulheres dentro do ambiente prisional no município de Marabá (PA); descrever o perfil sociodemográfico da população estudada, e; investigar a percepção dessas mulheres sobre as condições de acesso aos serviços de saúde prisional. Estudo misto mediante aplicação de questionário com 38 mulheres, seguida de entrevista com roteiro semiestruturado com cinco mulheres. A coleta de dados ocorreu entre outubro de 2020 e julho de 2021. Os dados do questionário foram analisados estatisticamente, utilizando-se o software Statistical Package for the Social Sciences versão 19 (SPSS 19.0), e as entrevistas foram analisadas pela proposta de Bardin (2008) para análise de conteúdo temática. Emergiram três categorias temáticas principais: “A história pregressa”, “O ambiente prisional” e “A saúde das mulheres no sistema prisional”. As principais doenças identificadas que acometem as mulheres dentro do ambiente prisional no município de Marabá (PA) foram frequentes dores no pescoço, costas ou coluna (60,5%), dores de cabeça frequentes e enxaqueca (57,9%), defeito na visão (44,7%), indigestão frequente (28,9%) e constipação frequente (28,9%). Essas mulheres têm média de 32,9 anos, são solteiras (60,5%), declaram-se pardas (71,1%), têm média de 2,7 filhos, e possuem, pelo menos, o nível médio incompleto (52,6%), mantém bom vínculo familiar com sua família (76,3%), sendo a maioria do Pará, 58% estão sob acusação de crimes ligados à morte das vítimas (homicídio e latrocínio), já sentenciadas (60,5%) e com média de 18,8 anos de condenação. O adoecimento mental da população do estudo configura-se como um dos principais achados desta pesquisa: ainda que o CRFM, aparentemente, seja caracterizado como uma unidade prisional próxima do ideal, os sintomas relacionados às doenças mentais se expressam de maneira significativa entre as mulheres que participaram do estudo, e isso pode apontar para uma questão de que o próprio aprisionamento por si só, independente da qualidade de suas condições estruturais, impacta negativamente na saúde mental da população privada de liberdade. Estudos desse tipo são importantes para se conhecer e tentar compreender a forma como essas mulheres vivenciam o aprisionamento nos diferentes lugares do Brasil e, a partir desse diagnóstico situacional, verificar possibilidades de intervenções de melhorias para todos os envolvidos na realidade prisional. |
publishDate |
2022 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-03-31T19:40:40Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-03-31T19:40:40Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2022 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
COSSOLOSSO, Emanuelle Helena Santos. Saúde da população carcerária feminina de Marabá (PA). 2022. 167 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2022. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/51973 |
identifier_str_mv |
COSSOLOSSO, Emanuelle Helena Santos. Saúde da população carcerária feminina de Marabá (PA). 2022. 167 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2022. |
url |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/51973 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) instacron:FIOCRUZ |
instname_str |
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
instacron_str |
FIOCRUZ |
institution |
FIOCRUZ |
reponame_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
collection |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/51973/1/license.txt https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/51973/2/emanuelle_helena_santos_cossolosso_ensp_dout_2022.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 98a408e8da273784204aa6d2e93dc766 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio.arca@fiocruz.br |
_version_ |
1794164219479851008 |